segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Mensagem de Natal

Mais um Natal está a chegar. Já se sente o cheirinho, cada vez está mais perto e é aquela altura do ano em que se sente o amor e o carinho entre as pessoas. Esta é a minha mensagem para vocês. Será curtinha, não quero que se cansem de mim, mas quero desejar-vos a todas um santo e feliz natal. Que estejam junto daqueles que mais amam, daqueles que mais vos amam. Que sorriam, que celebrem, que se sintam felizes nesta época tão bonita. Acreditem no Pai Natal, pelo menos amanhã, e sintam a magia deste tempo. A todas, a todas mesmo, um excelente Natal. 
Terminem 2013 da melhor forma: a sorrir, a amar, a apaixonar, a viver! Vivam as vossas vidas, apaixonem-se e sejam felizes. Que 2014 nos traga coisas boas, nos traga mais amor, mais carinho e que nos mantenhamos juntas. 
A cada comentário vosso depois de cada capitulo publicado, sinto como se a família se tivesse reunido. Pouco a pouco criámos aqui uma família que quero que se mantenha para o ano! E que aumente (se for o caso). 

SEJAM FELIZES! Tudo de bom princesas! 

FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO! 


sábado, 21 de dezembro de 2013

2º Capitulo: “Diz-me que isto não é a tua casa...”

 - Vou começar a sentir-se perseguida... - Milicent não sabia ao certo o que fazer. Por um lado queria sair dali, não queria estar em contacto com ele. Marco baralhou-lhe o sistema, baralhou-lhe as ideias, mexeu no seu coração sem que ela se apercebesse e tudo em fracções de segundos.
- Perseguida porque?
- Apareces vindo não sei de onde. Venho aqui há anos e é precisamente no dia em que não é suposto ver-te que aqui estás.
- Porque dizes que não é suposto?
- Porque não...simples, adeus.
Milicent queria sair dali, estava pronta para o fazer. Levantou-se, passando em frente de Marco pensado que iria embora. Mas não...Marco agarrou a mão de Milicent fazendo a rapariga gelar. Aquele toque e aquela pele fizeram-na congelar. Julgou que o seu coração tinha deixado de bater, julgou estar sem respirar mas, se isso acontecesse estaria caída redonda no chão e ela está em pé.
Olhou Marco, que a olhava. Milicent não suportava o que aqueles olhos verdes lhe estavam a fazer. Pareciam hipnotizá-la, sente-se hipnotizada por Marco, pela forma dele olhar para ela, pela forma como ele lhe toca.
- Podes largar-me?
- Mas...eu pensei que pudéssemos falar um pouco.
- Não há nada para falar Marco. Nada mesmo.
- Há sim! - Marco levantou-se e começou a caminhar com Milicent pela mão. Ela não conseguiu reagir, não o queria fazer, nem sabia como o fazer. Deixou-se ser levada, até que chegaram junto de um carro.
- O que é que vais fazer?
- Eu? Vou tentar ter uma conversa contigo.
- E sabes se, por acaso, eu quero ter essa conversa?
- Acho que precisamos de a ter...
Marco abriu a porta do lado do pendura, olhando para Milicent. Não a iria obrigar a entrar, ela é que o teria de fazer. Cinco segundos. Bastaram cinco segundos para que Milicent entrasse no carro de Marco. Ele sorriu...não por se sentir vitorioso, mas porque iria ter uma oportunidade com ela.
Milicent sabia que aquilo lhe poderia trazer imensos problemas. Poderiam ser vistos juntos, os filmes que se poderiam fazer seriam imensos e ela é que acabaria por sofrer com tudo. Mas arriscou. Como sempre, arriscou mais uma vez. Queria ser capaz de resistir-lhe mas tornava-se impossível. Milicent, tal como Marco, queriam conhecer-se um ao outro.
Assim que Marco entrou no carro o cheiro dele tornou-se mais intenso. O carro em si cheirava a Marco, mas...a entrada dele deixou Milicent perturbada. Queria não sentir-se atraída física e psicologicamente por ele mas no seu coração ninguém manda. Ela própria nunca o conseguiu controlar, sempre que se apaixona há sempre um problema.
O caminho fez-se em silêncio. Ouvia-se as respirações dos dois, Milicent ouvia o seu coração bater depressa demais, como que querendo sair do seu peito. Cerca de quinze minutos depois estavam a entrar pelos portões de uma belíssima mansão.
- Diz-me que isto não é a tua casa...
- Isto é a minha casa sim.
- Deves estar doido só pode! Eu vou embora! - Milicent parecia estar determinada em sair daquele carro mesmo antes de parar.
- Não faças isso! - Marco parou o carro bruscamente travando Milicent. As mãos dos dois estava em contacto, voltaram a tocar-se, ele voltou a mexer com os sentimentos dela e ela a mexer com os dele. Algo fazia com que eles se atraíssem um pelo outro, não sabiam o que.
- Eu não me vou enfiar em tua casa, correndo o risco de a tua mulher aparecer aí! Nem pensar!
- Ela não está cá, e mesmo que apareça nós vamos para a casa da piscina. Não é bem uma zona da casa que seja muito cómoda mas ninguém nos apanha por lá.
- É e depois eu saiu às escondidas que é para ninguém me ver também. Não. Isto tudo não passou de uma grande porcaria que eu fiz.
- Mas porque é que és assim tão difícil?
- Se fosse fácil não tinha piada – eles olharam-se. Quase que se feriram um ao outro, ambos sentiram a chama que existe entre eles, ambos perceberam que não eram indiferentes um ao outro, não conseguiram desgrudar o olhar, não o queriam fazer – eu ainda não sei o que é que estou aqui a fazer... - Milicent acabou por quebrar aquele momento.
- Bem...vamos falar?
- Mas...o que é que há para falar?
- Primeiro, se não fosse pedir muito, eu adorava saber o teu nome – Milicent riu...Marco ainda não sabia o seu nome e falava com ela como se o soubesse.
- Sou a Milicent... - ela respondeu, olhando para as suas mãos, agora entrelaçadas uma na outra.
- É um nome bonito.
- Obrigada...
- Vamos entrando?
- Eu não sei se será mesmo a melhor ideia, Marco.
- Confia...é a melhor ideia do ano. Ter-te aqui.
- Que exagero... - Milicent não gostava que fizessem dela um assunto importante, não gostava mesmo de ser o centro das atenções. Não o queira ser.
- Vamos ou não? Se não quiseres ir eu entendo...
- Ai! Eu não sei...mas devia sentir-me bem ou mal por dizer: vamos?
- Bem... – Marco sorriu, andando com o carro mais uns centímetros para que ficasse ao lado de um outro que ali estava. Desligou o motor e saiu do carro, Milicent também o fez mesmo vendo Marco a dirigir-se para o lado da porta dela.
- Podias ter esperado que eu abrisse a porta...sei ser cavalheiro – disse ele.
- Não é preciso...
- Comigo é...se nos encontrarmos mais vezes tens de me deixar fazer tudo.
- Esquece...isso nunca irá acontecer.
- Nunca digas nunca.
- Porque?
- Porque um dia acabará por acontecer - Milicent sentia-se intimidada com aquele discurso de Marco. Achou-o ainda mais encantador e com uma filosofia um pouco diferente da sua, mas isso ainda fazia que ela se sentisse melhor ao lado dele – Vamos?
- Sim... - pela primeira vez, tinha-o dito sem pensar muito. Apenas disse o que sentia.
Marco colocou a sua mão no cimo das costas de Milicent e os dois começaram a caminhar lado a lado. Não entraram em casa, fizeram o caminho até à parte de trás de casa de Marco pela rua. Milicent teve um impacto imenso ao lá chegar. Estava tudo preparado para o copo de água. Seria ali que iria acontecer a celebração do casamento de Marco e a sua noiva.
Marco sentiu que ela se contraiu. Os passos pareciam ser mais pequenos a um ritmo muito mais lento. Contudo, ele não queria que ela parasse. Fez a sua mão descer pelas costas de Milicent agarrando-a pela cintura. Sentia-se desconfortável, Milicent estava desconfortável pelo que Marco estava a fazer mas, ao mesmo tempo, sentiu-se com uma vontade enorme de se esconder com ele. Queria enfiar-se na tal casa da piscina para esquecer aquilo que viu.
- É já ali – Marco apontou para a pequena estrutura de cimento que se encontrava a poucos metros de distância. Pintada da mesma cor da casa, bege, aquela era a casa da piscina. Os passos de Milicent acompanharam os de Marco, estavam mais apressados, eram certos, pareciam ser contados um a um até à chegada do sitio que os iria esconder naquele momento. Foi Marco que abriu a porta, os dois entraram e ele voltou a fecha-la, trancando-a.
- Tens a certeza de que ninguém vem aqui? - Milicent estava com medo. O que seria normal numa situação como esta.
- Certeza absoluta não tenho, mas quero acreditar que ninguém nos interrompe.
- A conversa...
- Que mais querias que fosse? Lá estás tu a pensar coisas...
- Eu não estou a pensar nada que tu não penses também! - Milicent sentia-se, pela primeira vez junto dele, solta. Percebeu que podia dizer tudo o que lhe apetecia, tudo o que lhe ia pela cabeça sem ser julgada.
- Por agora contento-me com falar e tocar... - Milicent olhou-o sem saber o que ele queria dizer, mas acabou por perceber tais palavras segundos depois. Marco rodeou a cintura de Milicent com os seus braços, deixando a pobre rapariga sem qualquer tipo de reacção. Não sabia como respirar, não sabia como é que o seu coração continuava a bater...não sabia como é que aquela proximidade, aquele contacto a mantinham viva. Mas...é aquela proximidade, aquele contacto que a fazer sentir viva, feliz e, até, desejada. Milicent sentia-se, pela primeira vez, desejada por um homem mais velho que ela.
- Já estás a tocar...que tal a parte de falar avançar?
- Sim. Antes de mais eu quero agradecer-te por teres vindo.
- De nada...
- E também quero dizer que és linda.
- Obrigada...eu nunca gostei assim muito de ti, sempre achei que eras convencido e tal...mas pronto estou a mudar de opinião, mas és bonito...por acaso.
- Produto de Manuela e Thomas Reus – ele surpreendia-a a cada momento que passavam juntos. Era um Marco completamente diferente daquele que ela pensava que ele era. Surpreendia-a pela positiva, muito pela positiva.
- Então eu sou produto de Hinrich e Renae Werner com aperfeiçoamento de Abelard e Jolandi Werner.
- É o que?
- A minha história que não deves querer ouvir agora...
- Estamos aqui qual é o mal em ouvir?
- Ias cansar-te...
- Duvido por isso, se quiseres contar, força.
- Hinrich e Renae são os meus pais mas eles trabalham numa companhia de viagens e praticamente não os vejo. Abelard e Jolandi são os meus avós, quem cuida de mim todos os dias.
- E...não te custa estar longe dos teus pais?
- Já me fui habituando...é sempre bom quando estou com eles porque a saudade às vezes aperta, mas já vivi dias piores sem eles e os meus avós são tudo para mim...e agora é melhor mudar de assunto porque não foi para isto que insistis-te para que eu aqui viesse.
- Oh...eu nem sei para que é que vieste.
- Ai não? Então posso ir embora!
- Não sejas assim... - Marco puxou Milicent ainda mais para junto dele. Aquela proximidade deixava-a sem saber o que fazer. Aquela proximidade era algo que ela desejava, algo que a fazia sentir como se estivesse a viver um daqueles sonhos que tinha.
Milicent nunca antes tinha andado tão próxima de um rapaz, Milicent nunca antes tinha estado assim: descontrolada. Namorados? Tinha-os tido, Milicent sabia o que era estar com um rapaz, sabia o que era estar próxima de um...mas não como com Marco. É, com ele, que Milicent se está a sentir melhor com ela, mais desinibida, com vontade de...ser uma pessoa diferente, no sentido em que vai contra os seus princípios já que Marco se vai casar.
- Queres que seja como?
- Eu quero que sejas assim...és tu e foi isso que me encantou.
- Porque?
- Porque o que?
- Porque é que te encantei?
- Porque...eu nem sei. Olha...não sei! És linda, queria sentir o teu corpo e ele é perfeito. Tens um sorriso brilhante, tu irradias luz. És especial, e não é só pelo exterior. Eu vejo nos teus olhos que sofres...ou sofreste. Mas também vejo que és determinada e que tens uma chama...que me deixa louco por estar contigo.
- Então é tudo por causa de...sexo!
- Não Milicent! Não é nada disso! Eu quero estar contigo, mas assim. Como estamos agora.
- E eu a pensar que podíamos agitar as coisa... - ela olhou-o e os dois riram-se – vá, agora a sério...para estarmos como estamos agora...era difícil porque a tua mulher ia estar sempre aqui. Mas, para sermos amigos, acho que não fazia mal nenhum, desde que te controlasses com a parte do tocar caso ela aparecesse.
- E se eu não casar?
- Estás doido, só pode! Vais casar sim, amanhã. Olha lá...estavas com medo de fazer a despedida de solteiro hoje?
- Porque?
- Porque a fizeste ontem...e é normal ser na noite antes.
- Sim, mas como ninguém é normal no Dortmund, juntaram a despedida de solteiro com o meu aniversário.
- Calma lá! Ninguém é normal no Dortmund? Boa...já percebi que, então, estás só a ter mais uma crise de identidade, não? - mais uma vez, Milicent e Marco riam os dois ao mesmo tempo. A cumplicidade entre eles começava a notar-se. Marco mantinha-se agarrado a Milicent e, por sua vez, Milicent queria estar mais agarrada a Marco. Ela estava agarrada a ele, mas algo lhe dizia que era possível agarrar-se ainda mais a ele – então...fizeste anos ontem...
- Por acaso fiz...
- E eu que não sabia...parabéns.
- Obrigado – Milicent...sentia-se cada vez mais enfeitiçada por Marco. Aqueles olhos verdes enfeitiçavam os seus castanhos, aqueles lábios faziam os dela tremerem e agiu de impulso. Queria que ele soubesse das vontades dela, que soubesse da vontade louca que tinha de o beijar. E beijou. Beijou e foi correspondida. Aconteceu. Porque os dois queriam.
E, por terem esperado tempo demais para o fazer, foi tudo descontrolado. O beijo em si estava carregado de violência. Não, eles não se queriam bater um ao outro, mas simplesmente queriam mais e muito mais. Aquele era um beijo, mas eles queriam que durasse para sempre. Era o beijo...que os ligava para sempre.

Marco encostou Milicent à parede, pegando-a ao colo. A rapariga, que parecia agir de uma forma completamente natural, rodeou a cintura de Marco com as suas pernas, sem nunca desgrudar dos lábios dele. Queria conhecer cada pedaço de pele que aqueles lábios tinham...queria ter a certeza que que nunca os iria esquecer mesmo que, depois disto, tudo acabasse.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

1º Capitulo: “Casamento não me impede de curtir.”

31 de Maio de 2013 - Dortmund

Era mais um dia daqueles que só se estava bem em casa. Milicent, uma rapariga que em tudo se pode comparar com tantas outras, que se pode assemelhar a qualquer outra jovem da sua idade mas que, contudo, é diferente.
Era uma noite que ela podia ter aproveitado para ir sair com as suas amigas e divertir-se...ela saiu de casa, ia estar com as suas amigas num sitio onde pode haver diversão, mas ela tem de trabalhar.
Para conseguir pagar os seus estudos, Milicent arranjou trabalho, tal como muitas outras suas colegas, e a discoteca é o seu ponto de referência às sextas, sábados e domingos. Nunca se imaginou a trabalhar à noite, na noite, mas está a adorar a experiência e sempre é um bom dinheiro ao fim do mês.
Vive com os seus avós paternos, uma vez que os seus pais trabalham numa companhia de viagens e é mais o tempo que estão no ar do que em casa com a filha.
Milicent gosta da vida que tem, gosta de se sentir útil em casa, de se sentir independente mesmo que tenha de demonstrar aos seus avós que podem confiar nela. Este trabalho à noite deu-lhes essa confiança. Desde que tinha começado a trabalhar Milicent tornou-se mais madura, mais responsável.
Hoje, contrariamente a muitas outras noite, queria ter ficado em casa. Estava a ficar doente, tinha dores em todo o corpo e o frio que se fazia sentir na rua não ajudava. Não pode trocar de turno com uma colega, já que todos os empregados da discoteca tinham sido destacados para esta noite. Previa-se uma enchente já que tinha sido reservada a zona VIP para uma despedida de solteiro.
Seria feita a distribuição dos empregados pelas diferentes áreas da discoteca. Uns teriam de ficar no balcão principal e outros nos balcões das diferentes zonas VIP's. Estava a ser dada especial atenção à despedida de solteiro.
- Quero que estejam sempre atentos. Tenham especial atenção às bebidas, podem beber mais do que o normal nestes dias. Não pode faltar nada. No balcão da despedida de solteiro fica o Fagner, a Heike e a Milicent - estava doente e ainda tinha de ficar no sitio com mais trabalho...não era bem o que estava à espera, mas iria fazer o seu melhor.
Foram todos para os seus postos começando a verificar os stok's.
- Devias ter ficado em casa - disse Heike encostando-se ao balcão depois de Milicent se sentar no banquinho que ali tinham.
- Não dá...preciso mesmo do dinheiro.
- Mesmo assim. Se falasses com a D. Carmén (a patroa) ela ia entender.
- Se amanhã não estiver melhor não venho.
- Sim, faz isso que é o melhor.

****
Era quase meia noite. As pessoas da despedida de solteiro já deviam ter chegado, mas o jantar demorou mais e só quando os ponteiros do relógio marcaram as 23h50 é que a zona VIP onde Milicent estava encheu...não estava completamente cheia porque eram cerca de dez rapazes.
Como tinham pedido, uma garrafa de champanhe os esperava, por isso, enquanto eles bebiam a primeira rodada Milicent e os seus colegas tiveram tempo para se colocarem a postos de servir o que lhes fosse pedido.
Heike, que estava a olhar para os rapazes à já algum tempo, muito apressada, vai ter com Milicent que estava a cortar mais limas.
- Já viste quem é que eles são? - perguntou Heike, no ouvido de Milicent já que a música as impedia de terem uma conversa normal.
- Não me digas que está lá Brad Pitt? - Milicent riu-se, olhando para Heike.
- Melhor! Está ali o meu Lewandowski!
- A sério? Se estiver lá o Götze, vou gozar tanto com a Marlene!
- Ele está! - naquele momento Milicent olha para o grupo de rapazes que ali estavam. Ela conhecia-os, eram todos jogadores do seu clube. Eram todos jogadores do Borussia Dortumund.
Iria "gozar" com Marlene, a sua melhor amiga, a sua amiga de infância. Marlene gosta de Götze e teve a oportunidade de ir trabalhar com Milicent, contudo preferiu um trabalho de dia.
Ao olhar para os jogadores sabia perfeitamente quem era o noivo: Marco Reus. Aquele jogador que ela tanto...detesta. Não consegue, nem por muitos golos que ele marque, gostar dele. O ar de menino inocente, que não parte um prato não a atrai. Não a atrai porque, para ela, ele não é assim. Não existe um Marco Reus bonzinho, que é certinho. O Marco Reus é um "vai com todas" e que só quer é festas e noitadas. Segundo Milicent, este casamento vai existir só por uma razão: a gaja está grávida.
Continuou a fazer o seu trabalho, preparou limas até que os rapazes se começaram a dirigir ao balcão. Depois de satisfazerem alguns pedidos, quando Milicent pensava que poderia descansar um pouco, para seu espanto, a "abelha-mor da equipa" (é assim que Milicent trata Marco) coloca-se junto do balcão a olhar para ela:
- Deseja alguma coisa? - perguntou Milicent.
- Voltar atrás no tempo.
- Isso não servimos aqui.
- Se servissem podias dizer-me onde te encontrar, assim não me comprometia com quem vou casar.
- Isso é tão certo como eu ser a Angelina Jolie.
- Estavas à espera de encontrar aqui o Brad Pitt? - aquilo estava a irritá-la! Aquela voz sexy mas absolutamente irritante, aqueles olhos lindos mas profundamente atiradiços!
- Se ele me aparecesse aqui hoje testava-o.
- Podes sempre testar-me a mim.
- Era preciso que mudasse completamente de atitude. Além do mais... - Milicent inclinou-se sobre o balcão ficando perto dele - vais casar daqui a dois dias.
- Casamento não me impede de curtir.
- Trata-te! Faz lá a tua mulher muito feliz e façam muitos bebés. Se não queres beber nada eu vou continuar o meu trabalho.
- Podes levar uma rodada de shots de mel e vodka à mesa?
- Mel e vodka? Já lá vou levar.
- Obrigado.
"A sério? Mel e vodka? Esta abelha é mesmo...ai que eu odeio-o!" - Milicent estava frustrada aquele gajo dava-lhe uma pica que nem ela sabia que poderia ter, ele tinha um charme que a atraia mas ela não queria! Não queria porque ele é um vai com todas.
Preparou os shot's indo levá-los à mesa. Deixou o tabuleiro em cima da mesa, olhando para Marco. Milicent não queria estar a olhar mas, a verdade é que o estava a fazer. Como é que uma pessoa que ela tanto despreza a pode chamar tanto à atenção?

****
Era uma noite para "esquecer", segundo Milicent. O facto de ter, constantemente, o seu olhar preso no de Marco deixava-a desconcentrada. Ela não queria, simplesmente, mudar de opinião sobre ele. Não queria porque ele está noivo e tinha-se atirado a ela! É mesmo um vai com todas.
Tinha terminado o seu trabalho e ia para casa. Cinco da manhã e a única coisa que ela não tem é sono.
Estava a caminhar até à paragem do autocarro, quando percebe que um carro pára ao seu lado. Assustou-se. A estas horas, por vezes, tem medo de sair da discoteca sozinha. A janela do lado do pendura abriu-se e, se fosse por vontade de Milicent, mais valia que fosse o Brad Pitt.
- Precisas de boleia? - perguntou Marco.
- Para ir parar ao hospital? Se bebeste tudo o que os teus amigos pediram até eu, que ainda não tenho carta, deveria conduzir melhor.
- Fica sabendo que eu não bebi quase nada e...podia levar-te para um quarto de hotel.
- O melhor mesmo é tentares arranjar outra rapaz. Essas coisas comigo nunca pegam.
- Porque é que pensas sempre que eu me estou a meter contigo porque quero sexo? - Marco era super frontal com Milicent, nem o nome dela sabia mas estava encantado com a pessoa que ela demonstra ser. Saiu do carro, indo na direcção dela.
- Pode vir aí a polícia e o carro ir à vida... - acabou Milicent por dizer.
- Se isso significar que fica tudo esclarecido entre nós.
- Mas o que é que há para esclarecer?
- Que eu não quero ir para a cama contigo!
- Não...pois não. Isso é tão certo como eu ser...
- A Angelina Jolie?
- Alguém!
- Mas a sério...acredita, eu não sei nada sobre ti, nem o teu nome, mas chamas-me à atenção. Há qualquer coisa em ti que mexe comigo e que me fez pensar se casar é a melhor opção.
- Isso é o álcool a falar.
- Não. Sou mesmo eu. Queres ou não ir comigo para um quarto de hotel? Podíamos tomar o pequeno-almoço.
- A serio...? - Milicent estava completamente perdida. Nunca foi rapariga de ser impulsiva, sempre pensou muito bem no que fazer, no que dizer e neste momento só quer ser impulsiva. Aventurar-se e ver o que dá - vais casar daqui a dois dias e queres ir para um hotel com uma gaja qualquer?
- Eu vou ser brutalmente sincero contigo.
- Tenho medo!
- Eu não mordo...
- Mas podias! - ficaram os dois a olhar um para o outro, acabando por se rirem.
- Mas eu não te mordo...por enquanto.
- Ias ser...sincero...
- Sim. Achei-te parecida comigo. Estavas no teu canto a trabalhar mas, aos olhos dos meus amigos, és uma vai com todos. Quando fui ter contigo, foi para lhes provar que estavam errados. E eu estava certo. Somos parecidos. Aposto que pensas que eu sou um vai com todas.
- É verdade...
- Mas é mentira. A mulher com quem me vou casar foi a terceira mulher com quem me envolvi. Não me perguntes porque, mas tu...fazes-me pensar que tu serás a quarta e a última.
- O casamento é uma coisa séria, é um compromisso com uma pessoa que espera fidelidade, que espera amizade, amor e uma vida repleta de momentos a dois. E, se foi a essa mulher que pediste em casamento, é essa mulher que te faz pensar isso.
- Quero conhecer-te. Quero estar contigo, mostrar-te que não sou um vai com todas. Vens comigo para o hotel?
- Não. Vou para minha casa porque é o mais correcto a fazer. Foi bom falar contigo, mas não passará disso.
- É a tua última palavra?
- É. Adeus Marco – Milicent preferia ficar a pensar o dia todo que tinha recusado uma proposta para conhecer melhor Marco, mas preferia ter a sua consciência tranquila. Preferia que aquele casamento acontecesse porque ela não é a pessoa que destrói relações.
Seguiu o seu caminho, chegando a casa dos seus avós sã e salva. Era cedo e nenhum deles estava acordado, Milicent foi até ao seu quarto deitou-se mesmo sem tirar a roupa e adormeceu. O sono tinha chegado e estava na hora de dormir.
Jolandi, avó de Milicent, acordou eram 9 da manhã. Foi até ao quarto da neta e constatou que ela já estava em casa. Tinha orgulho na sua pequena, na sua única neta. Cada dia que passava Milicent deixava a sua avó cada vez mais orgulhosa.
Enquanto a sua pequena dormia, Jolandi tratou de preparar o pequeno-almoço para ela e o seu marido, Abelard. Os dois mantiveram uma manhã normal. Era cerca das onze e meia quando Milicent apareceu na sala, meio despenteada, com um maço de lenços de papel na mãos.
- Bom dia – disse ela, dando um beijo a cada um dos avós.
- Bom dia – os dois falaram ao mesmo tempo, animados.
- Como é que correu a noite? - perguntou Abelard.
- Foi...normal.
- Estás a ficar doente, Milicent – constatou a avó.
- Eu sei...mas isto já passa. Um cházinho e um comprimido?
- Anda lá comigo – Jolandi colocou o seu braço em torno da cintura da neta, indo com ela até à cozinha. Enquanto a água para o chá fervia, avó e neta mantiveram-se à mesa.
- Avó? Preciso de lhe perguntar uma coisa...
- Diz minha querida.
- Eu conheci um rapaz...
- Pretendente a meu neto?
- Não...
- Não é isso que vejo nos teus olhos.
- Mas não deve ver nada de especial...
- Vejo que essa tua cabecinha anda a pensar em muita coisa e ainda agora acordas-te – Milicent sabia que a sua avó a conhecia como as palmas das mãos. Milicent sente que a sua avó é a sua mãe, nunca tem a sua por perto mais que dois dias e a avó sempre a compreendeu desde pequena.
- Digamos que...é um rapaz que trás problemas.
- Problemas?
- Sim...eu detestava-o...até o conhecer melhor. Não sei mas...ele ontem estava na discoteca e...foi estranho porque era a despedida de solteiro dele.
- Calma...ele vai casar?
- Sim avó...eu estou atraída por um rapaz que se casa amanhã.
- Minha querida...
- E é uma figura pública... - Jolandi queria falar, amparar a sua neta, queria dar-lhe aquelas palavras que ela espera, aqueles conselhos que a fazem pensar e pensar.
- Eu não quero saber quem ele, só quero que me expliques o que é que se passou para estares nesse estado...tão indeciso.
- Nós quase nem falámos à noite, praticamente foram olhares...que me fizeram mudar de opinião. Antes de vir para casa, ele quis que eu fosse com ele para nos conhecermos melhor...eu quis...avó eu quis ir com ele, mesmo sabendo que se vai casar.
- Eu não sei o que dizer...não esperava isso de ti.
- Eu sei avó, eu sei...nem eu esperava isto de mim. Devo te-la desiludido por causa deste desabafo, mas agora não o devo voltar a ver...e mesmo que o veja, porque haveria de existir algo? Ele vai casar!
- Milicent...não me desiludiste, quando disse que não esperava isso de ti é no sentido de te ver assim...apaixonada! Tu estás apaixonada, com aquele brilho no olhar, com aquele sorriso...tu estás a sorrir pela manhã, uma coisa que eu não via à meses!
Milicent sabia que a sua avó estava certa. Ela, podia só ter percebido agora, mas estava a sorrir desde que acordou. E tudo culpa de Marco.
- Mas...eu não posso avó. Não por ele...
- Que tal ires dar uma volta? Vai até Fredenbaum, mas agasalha-te – Fredenbaum, o jardim preferido de Milicent, ia lá quando precisava de estar sozinha, quando precisava de pensar e quando queria correr.
- Se calhar vou...
- Primeiro o chá, torrada e o comprimido!

****
Milicent caminhava já há algum tempo. Não estava assim tanto frio, mas mesmo assim sentia o seu nariz congelado. Aquele jardim dava-lhe paz. Todas aquelas flores, aquelas árvores e o barulho do rio faziam-na sonhar.





Sentou-se num dos bancos junto do rio, mirando os movimentos calmos que quase passavam despercebidos que este fazia. Milicent só tinha uma pessoa na sua cabeça: Marco. Queria esquece-lo. Será sempre uma boa recordação, de uma boa noite, mas nada mais que isso. Nunca irá ser mais nada. Milicent poderia gostar de estar com ele, não sabe, não tem certezas, mas que ele mexeu com ela...isso não pode negar.
- Não esperava ver-te tão cedo... - aquela voz, Milicent tinha sonhado com aquela voz. Tinha-a ouvido já algumas vezes, mas nunca tinha significado tanto como na noite passada e no dia de hoje. Marco...Marco estava ali, sentado ao lado de Milicent, olhando o rio.

Apresentação

Olá meninas! 
Muitas de vocês já me conhecem e acho que não vale a pena estar a falar de mim. Vamos ao que realmente importa que é esta história que...surgiu um pouco de repente.
Algumas de vocês devem saber que eu "apadrinhei" a vinda da Mahina Kareem para o mundo das fics. Ela escreve as fics I Will Wait For You e Boundless Love (duas histórias maravilhosamente perfeitas que recomendo sem duvidar por um segundo!). Posso dizer, então, que ela e a Boundless Love são as responsáveis pela existência de You The One That I'm Loving. 
Esta história é sobre o Marco Reus e, para quem lê a fic dela, percebe que é um dos personagens masculinos que entram nessa história. A verdade é que, de ouvir, ler e ver coisas sobre ele, me fui encantando e começaram a surgir imensas ideias para esta nova história. 
Inicialmente não a queria publicar porque acho que tenho muitas fics e sempre achei que não iria começar mais nenhuma sem acabar uma das outras. Verdade é que fui recebendo conselhos (dos bons!) e ela vai para público! 

Para além da Mahina, a Sofia Martins e a Ana Rita Pereira já sabiam desta história. Elas têm acompanhado os primeiros passos deste novo projecto e têm sido, as três, os meus pilares no que toca às minhas inseguranças. Muchas gracias meninas! 

A história em si...será diferente daquilo que tenho escrito. Para começar será na terceira pessoa (é como se voltasse à primeira fic que escrevi), terá um conteúdo mais...diferente :D não o sei descrever...é diferente, ousado, secreto, depois vão-me dando adjectivos para o caracterizar, vale? No separador das personagens podem ficar a conhecer melhor quem irá fazer parte da narrativa, acho que é o melhor do que eu estar aqui a contar tudo. 

Conto convosco desse lado? Espero o vosso feedback a esta primeira mensagem e, muito provavelmente, ainda hoje sairá o primeiro capitulo. 

Beijinhos.
Ana Patrícia Moreira.