Mais um Natal está a chegar. Já se sente o cheirinho, cada vez está mais perto e é aquela altura do ano em que se sente o amor e o carinho entre as pessoas. Esta é a minha mensagem para vocês. Será curtinha, não quero que se cansem de mim, mas quero desejar-vos a todas um santo e feliz natal. Que estejam junto daqueles que mais amam, daqueles que mais vos amam. Que sorriam, que celebrem, que se sintam felizes nesta época tão bonita. Acreditem no Pai Natal, pelo menos amanhã, e sintam a magia deste tempo. A todas, a todas mesmo, um excelente Natal.
Terminem 2013 da melhor forma: a sorrir, a amar, a apaixonar, a viver! Vivam as vossas vidas, apaixonem-se e sejam felizes. Que 2014 nos traga coisas boas, nos traga mais amor, mais carinho e que nos mantenhamos juntas.
A cada comentário vosso depois de cada capitulo publicado, sinto como se a família se tivesse reunido. Pouco a pouco criámos aqui uma família que quero que se mantenha para o ano! E que aumente (se for o caso).
SEJAM FELIZES! Tudo de bom princesas!
FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO!
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
sábado, 21 de dezembro de 2013
2º Capitulo: “Diz-me que isto não é a tua casa...”
- Vou começar a sentir-se perseguida... - Milicent não sabia ao
certo o que fazer. Por um lado queria sair dali, não queria estar em
contacto com ele. Marco baralhou-lhe o sistema, baralhou-lhe as
ideias, mexeu no seu coração sem que ela se apercebesse e tudo em fracções de segundos.
- Perseguida porque?
- Apareces vindo não sei de onde. Venho aqui há anos e é
precisamente no dia em que não é suposto ver-te que aqui estás.
- Porque dizes que não é suposto?
- Porque não...simples, adeus.
Milicent queria sair dali, estava pronta para o fazer. Levantou-se,
passando em frente de Marco pensado que iria embora. Mas não...Marco
agarrou a mão de Milicent fazendo a rapariga gelar. Aquele toque e
aquela pele fizeram-na congelar. Julgou que o seu coração tinha
deixado de bater, julgou estar sem respirar mas, se isso acontecesse
estaria caída redonda no chão e ela está em pé.
Olhou Marco, que a olhava. Milicent não suportava o que aqueles
olhos verdes lhe estavam a fazer. Pareciam hipnotizá-la, sente-se
hipnotizada por Marco, pela forma dele olhar para ela, pela forma
como ele lhe toca.
- Podes largar-me?
- Mas...eu pensei que pudéssemos falar um pouco.
- Não há nada para falar Marco. Nada mesmo.
- Há sim! - Marco levantou-se e começou a caminhar com Milicent
pela mão. Ela não conseguiu reagir, não o queria fazer, nem sabia
como o fazer. Deixou-se ser levada, até que chegaram junto de um
carro.
- O que é que vais fazer?
- Eu? Vou tentar ter uma conversa contigo.
- E sabes se, por acaso, eu quero ter essa conversa?
- Acho que precisamos de a ter...
Marco abriu a porta do lado do pendura, olhando para Milicent. Não a
iria obrigar a entrar, ela é que o teria de fazer. Cinco segundos.
Bastaram cinco segundos para que Milicent entrasse no carro de Marco.
Ele sorriu...não por se sentir vitorioso, mas porque iria ter uma
oportunidade com ela.
Milicent sabia que aquilo lhe
poderia trazer imensos problemas. Poderiam ser vistos juntos, os
filmes que se poderiam fazer seriam imensos e ela é que acabaria por
sofrer com tudo. Mas arriscou. Como sempre, arriscou mais uma vez.
Queria ser capaz de resistir-lhe mas tornava-se impossível.
Milicent, tal como Marco, queriam conhecer-se um ao outro.
Assim que Marco entrou no carro o cheiro dele tornou-se mais intenso.
O carro em si cheirava a Marco, mas...a entrada dele deixou Milicent perturbada. Queria não sentir-se atraída física e psicologicamente
por ele mas no seu coração ninguém manda. Ela própria nunca o
conseguiu controlar, sempre que se apaixona há sempre um problema.
O caminho fez-se em silêncio. Ouvia-se as respirações dos dois,
Milicent ouvia o seu coração bater depressa demais, como que
querendo sair do seu peito. Cerca de quinze minutos depois estavam a
entrar pelos portões de uma belíssima mansão.
- Diz-me que isto não é a tua casa...
- Isto é a minha casa sim.
- Deves estar doido só pode! Eu vou embora! - Milicent parecia estar
determinada em sair daquele carro mesmo antes de parar.
- Não faças isso! - Marco parou o carro bruscamente travando
Milicent. As mãos dos dois estava em contacto, voltaram a tocar-se,
ele voltou a mexer com os sentimentos dela e ela a mexer com os dele.
Algo fazia com que eles se atraíssem um pelo outro, não sabiam o
que.
- Eu não me vou enfiar em tua casa, correndo o risco de a tua mulher
aparecer aí! Nem pensar!
- Ela não está cá, e mesmo que apareça nós vamos para a casa da
piscina. Não é bem uma zona da casa que seja muito cómoda mas
ninguém nos apanha por lá.
- É e depois eu saiu às escondidas que é para ninguém me ver
também. Não. Isto tudo não passou de uma grande porcaria que eu
fiz.
- Mas porque é que és assim tão difícil?
- Se fosse fácil não tinha piada – eles olharam-se. Quase que se
feriram um ao outro, ambos sentiram a chama que existe entre eles,
ambos perceberam que não eram indiferentes um ao outro, não
conseguiram desgrudar o olhar, não o queriam fazer – eu ainda não
sei o que é que estou aqui a fazer... - Milicent acabou por quebrar
aquele momento.
- Bem...vamos falar?
- Mas...o que é que há para falar?
- Primeiro, se não fosse pedir muito, eu adorava saber o teu nome –
Milicent riu...Marco ainda não sabia o seu nome e falava com ela
como se o soubesse.
- Sou a Milicent... - ela respondeu, olhando para as suas mãos,
agora entrelaçadas uma na outra.
- É um nome bonito.
- Obrigada...
- Vamos entrando?
- Eu não sei se será mesmo a melhor ideia, Marco.
- Confia...é a melhor ideia do ano. Ter-te aqui.
- Que exagero... - Milicent não gostava que fizessem dela um assunto
importante, não gostava mesmo de ser o centro das atenções. Não o
queira ser.
- Vamos ou não? Se não quiseres ir eu entendo...
- Ai! Eu não sei...mas devia sentir-me bem ou mal por dizer: vamos?
- Bem... – Marco sorriu, andando com o carro mais uns centímetros
para que ficasse ao lado de um outro que ali estava. Desligou o motor
e saiu do carro, Milicent também o fez mesmo vendo Marco a
dirigir-se para o lado da porta dela.
- Podias ter esperado que eu abrisse a porta...sei ser cavalheiro –
disse ele.
- Não é preciso...
- Comigo é...se nos encontrarmos mais vezes tens de me deixar fazer
tudo.
- Esquece...isso nunca irá acontecer.
- Nunca digas nunca.
- Porque?
- Porque um dia acabará por acontecer - Milicent sentia-se
intimidada com aquele discurso de Marco. Achou-o ainda mais
encantador e com uma filosofia um pouco diferente da sua, mas isso
ainda fazia que ela se sentisse melhor ao lado dele – Vamos?
- Sim... - pela primeira vez, tinha-o dito sem pensar muito. Apenas
disse o que sentia.
Marco colocou a sua mão no cimo das costas de Milicent e os dois
começaram a caminhar lado a lado. Não entraram em casa, fizeram o
caminho até à parte de trás de casa de Marco pela rua. Milicent
teve um impacto imenso ao lá chegar. Estava tudo preparado para o
copo de água. Seria ali que iria acontecer a celebração do
casamento de Marco e a sua noiva.
Marco sentiu que ela se contraiu. Os passos pareciam ser mais
pequenos a um ritmo muito mais lento. Contudo, ele não queria que
ela parasse. Fez a sua mão descer pelas costas de Milicent
agarrando-a pela cintura. Sentia-se desconfortável, Milicent estava
desconfortável pelo que Marco estava a fazer mas, ao mesmo tempo,
sentiu-se com uma vontade enorme de se esconder com ele. Queria
enfiar-se na tal casa da piscina para esquecer aquilo que viu.
- É já ali – Marco apontou para a pequena estrutura de cimento
que se encontrava a poucos metros de distância. Pintada da mesma cor
da casa, bege, aquela era a casa da piscina. Os passos de Milicent
acompanharam os de Marco, estavam mais apressados, eram certos,
pareciam ser contados um a um até à chegada do sitio que os iria
esconder naquele momento. Foi Marco que abriu a porta, os dois
entraram e ele voltou a fecha-la, trancando-a.
- Tens a certeza de que ninguém vem aqui? - Milicent estava com
medo. O que seria normal numa situação como esta.
- Certeza absoluta não tenho, mas quero acreditar que ninguém nos
interrompe.
- A conversa...
- Que mais querias que fosse? Lá estás tu a pensar coisas...
- Eu não estou a pensar nada que tu não penses também! - Milicent
sentia-se, pela primeira vez junto dele, solta. Percebeu que podia
dizer tudo o que lhe apetecia, tudo o que lhe ia pela cabeça sem ser
julgada.
- Por agora contento-me com falar e tocar... - Milicent olhou-o sem
saber o que ele queria dizer, mas acabou por perceber tais palavras
segundos depois. Marco rodeou a cintura de Milicent com os seus
braços, deixando a pobre rapariga sem qualquer tipo de reacção. Não
sabia como respirar, não sabia como é que o seu coração
continuava a bater...não sabia como é que aquela proximidade,
aquele contacto a mantinham viva. Mas...é aquela proximidade, aquele
contacto que a fazer sentir viva, feliz e, até, desejada. Milicent
sentia-se, pela primeira vez, desejada por um homem mais velho que
ela.
- Já estás a tocar...que tal a parte de falar avançar?
- Sim. Antes de mais eu quero agradecer-te por teres vindo.
- De nada...
- E também quero dizer que és linda.
- Obrigada...eu nunca gostei assim muito de ti, sempre achei que eras
convencido e tal...mas pronto estou a mudar de opinião, mas és
bonito...por acaso.
- Produto de Manuela e Thomas Reus – ele surpreendia-a a cada
momento que passavam juntos. Era um Marco completamente diferente
daquele que ela pensava que ele era. Surpreendia-a pela positiva,
muito pela positiva.
- Então eu sou produto de Hinrich e Renae Werner com aperfeiçoamento
de Abelard e Jolandi Werner.
- É o que?
- A minha história que não deves querer ouvir agora...
- Estamos aqui qual é o mal em ouvir?
- Ias cansar-te...
- Duvido por isso, se quiseres contar, força.
- Hinrich e Renae são os meus pais mas eles trabalham numa companhia
de viagens e praticamente não os vejo. Abelard e Jolandi são os
meus avós, quem cuida de mim todos os dias.
- E...não te custa estar longe dos teus pais?
- Já me fui habituando...é sempre bom quando estou com eles porque
a saudade às vezes aperta, mas já vivi dias piores sem eles e os
meus avós são tudo para mim...e agora é melhor mudar de assunto
porque não foi para isto que insistis-te para que eu aqui viesse.
- Oh...eu nem sei para que é que vieste.
- Ai não? Então posso ir embora!
- Não sejas assim... - Marco puxou Milicent ainda mais para junto
dele. Aquela proximidade deixava-a sem saber o que fazer. Aquela
proximidade era algo que ela desejava, algo que a fazia sentir como
se estivesse a viver um daqueles sonhos que tinha.
Milicent nunca antes tinha andado tão próxima de um rapaz, Milicent
nunca antes tinha estado assim: descontrolada. Namorados? Tinha-os
tido, Milicent sabia o que era estar com um rapaz, sabia o que era
estar próxima de um...mas não como com Marco. É, com ele, que
Milicent se está a sentir melhor com ela, mais desinibida, com
vontade de...ser uma pessoa diferente, no sentido em que vai contra
os seus princípios já que Marco se vai casar.
- Queres que seja como?
- Eu quero que sejas assim...és tu e foi isso que me encantou.
- Porque?
- Porque o que?
- Porque é que te encantei?
- Porque...eu nem sei. Olha...não sei! És linda, queria sentir o
teu corpo e ele é perfeito. Tens um sorriso brilhante, tu irradias
luz. És especial, e não é só pelo exterior. Eu vejo nos teus
olhos que sofres...ou sofreste. Mas também vejo que és determinada
e que tens uma chama...que me deixa louco por estar contigo.
- Então é tudo por causa de...sexo!
- Não Milicent! Não é nada disso! Eu quero estar contigo, mas
assim. Como estamos agora.
- E eu a pensar que podíamos agitar as coisa... - ela olhou-o e os
dois riram-se – vá, agora a sério...para estarmos como estamos
agora...era difícil porque a tua mulher ia estar sempre aqui. Mas,
para sermos amigos, acho que não fazia mal nenhum, desde que te
controlasses com a parte do tocar caso ela aparecesse.
- E se eu não casar?
- Estás doido, só pode! Vais casar sim, amanhã. Olha lá...estavas
com medo de fazer a despedida de solteiro hoje?
- Porque?
- Porque a fizeste ontem...e é normal ser na noite antes.
- Sim, mas como ninguém é normal no Dortmund, juntaram a despedida
de solteiro com o meu aniversário.
- Calma lá! Ninguém é normal no Dortmund? Boa...já percebi que,
então, estás só a ter mais uma crise de identidade, não? - mais
uma vez, Milicent e Marco riam os dois ao mesmo tempo. A cumplicidade entre eles começava a notar-se. Marco mantinha-se agarrado a
Milicent e, por sua vez, Milicent queria estar mais agarrada a Marco.
Ela estava agarrada a ele, mas algo lhe dizia que era possível
agarrar-se ainda mais a ele – então...fizeste anos ontem...
- Por acaso fiz...
- E eu que não sabia...parabéns.
- Obrigado – Milicent...sentia-se cada vez mais enfeitiçada por
Marco. Aqueles olhos verdes enfeitiçavam os seus castanhos, aqueles
lábios faziam os dela tremerem e agiu de impulso. Queria que ele
soubesse das vontades dela, que soubesse da vontade louca que tinha
de o beijar. E beijou. Beijou e foi correspondida. Aconteceu. Porque
os dois queriam.
E, por terem esperado tempo demais para o fazer, foi tudo
descontrolado. O beijo em si estava carregado de violência. Não,
eles não se queriam bater um ao outro, mas simplesmente queriam mais
e muito mais. Aquele era um beijo, mas eles queriam que durasse para
sempre. Era o beijo...que os ligava para sempre.
Marco encostou Milicent à parede, pegando-a ao colo. A rapariga, que
parecia agir de uma forma completamente natural, rodeou a cintura de
Marco com as suas pernas, sem nunca desgrudar dos lábios dele.
Queria conhecer cada pedaço de pele que aqueles lábios
tinham...queria ter a certeza que que nunca os iria esquecer mesmo
que, depois disto, tudo acabasse.
quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
1º Capitulo: “Casamento não me impede de curtir.”
31
de Maio de 2013 - Dortmund
Era mais um dia
daqueles que só se estava bem em casa. Milicent, uma rapariga que
em tudo se pode comparar com tantas outras, que se pode assemelhar a
qualquer outra jovem da sua idade mas que, contudo, é diferente.
Era uma noite que
ela podia ter aproveitado para ir sair com as suas amigas e
divertir-se...ela saiu de casa, ia estar com as suas amigas num sitio
onde pode haver diversão, mas ela tem de trabalhar.
Para conseguir pagar
os seus estudos, Milicent arranjou trabalho, tal como muitas outras
suas colegas, e a discoteca é o seu ponto de referência às sextas,
sábados e domingos. Nunca se imaginou a trabalhar à noite, na noite,
mas está a adorar a experiência e sempre é um bom dinheiro ao fim
do mês.
Vive com os seus
avós paternos, uma vez que os seus pais trabalham numa companhia de
viagens e é mais o tempo que estão no ar do que em casa com a
filha.
Milicent gosta da
vida que tem, gosta de se sentir útil em casa, de se sentir
independente mesmo que tenha de demonstrar aos seus avós que podem
confiar nela. Este trabalho à noite deu-lhes essa confiança. Desde
que tinha começado a trabalhar Milicent tornou-se mais madura, mais
responsável.
Hoje, contrariamente
a muitas outras noite, queria ter ficado em casa. Estava a ficar
doente, tinha dores em todo o corpo e o frio que se fazia sentir na
rua não ajudava. Não pode trocar de turno com uma colega, já que
todos os empregados da discoteca tinham sido destacados para esta
noite. Previa-se uma enchente já que tinha sido reservada a zona VIP
para uma despedida de solteiro.
Seria feita a distribuição dos empregados pelas diferentes áreas da discoteca. Uns
teriam de ficar no balcão principal e outros nos balcões das
diferentes zonas VIP's. Estava a ser dada especial atenção à
despedida de solteiro.
- Quero que estejam
sempre atentos. Tenham especial atenção às bebidas, podem beber mais
do que o normal nestes dias. Não pode faltar nada. No balcão da
despedida de solteiro fica o Fagner, a Heike e a Milicent - estava
doente e ainda tinha de ficar no sitio com mais trabalho...não era
bem o que estava à espera, mas iria fazer o seu melhor.
Foram todos para os
seus postos começando a verificar os stok's.
- Devias ter ficado
em casa - disse Heike encostando-se ao balcão depois de Milicent se
sentar no banquinho que ali tinham.
- Não dá...preciso
mesmo do dinheiro.
- Mesmo assim. Se
falasses com a D. Carmén (a patroa) ela ia entender.
- Se amanhã não
estiver melhor não venho.
- Sim, faz isso que
é o melhor.
****
Era quase meia
noite. As pessoas da despedida de solteiro já deviam ter chegado,
mas o jantar demorou mais e só quando os ponteiros do relógio
marcaram as 23h50 é que a zona VIP onde Milicent estava encheu...não
estava completamente cheia porque eram cerca de dez rapazes.
Como tinham pedido,
uma garrafa de champanhe os esperava, por isso, enquanto eles bebiam
a primeira rodada Milicent e os seus colegas tiveram tempo para se
colocarem a postos de servir o que lhes fosse pedido.
Heike, que estava a
olhar para os rapazes à já algum tempo, muito apressada, vai ter
com Milicent que estava a cortar mais limas.
- Já viste quem é
que eles são? - perguntou Heike, no ouvido de Milicent já que a
música as impedia de terem uma conversa normal.
- Não me digas que
está lá Brad Pitt? - Milicent riu-se, olhando para Heike.
- Melhor! Está ali
o meu Lewandowski!
- A sério? Se
estiver lá o Götze, vou gozar tanto com a Marlene!
- Ele está! -
naquele momento Milicent olha para o grupo de rapazes que ali
estavam. Ela conhecia-os, eram todos jogadores do seu clube. Eram
todos jogadores do Borussia Dortumund.
Iria "gozar"
com Marlene, a sua melhor amiga, a sua amiga de infância. Marlene
gosta de Götze e teve a oportunidade de ir trabalhar com Milicent,
contudo preferiu um trabalho de dia.
Ao olhar para os
jogadores sabia perfeitamente quem era o noivo: Marco Reus. Aquele
jogador que ela tanto...detesta. Não consegue, nem por muitos golos
que ele marque, gostar dele. O ar de menino inocente, que não parte
um prato não a atrai. Não a atrai porque, para ela, ele não é
assim. Não existe um Marco Reus bonzinho, que é certinho. O Marco
Reus é um "vai com todas" e que só quer é festas e
noitadas. Segundo Milicent, este casamento vai existir só por uma
razão: a gaja está grávida.
Continuou a fazer o
seu trabalho, preparou limas até que os rapazes se começaram a
dirigir ao balcão. Depois de satisfazerem alguns pedidos, quando
Milicent pensava que poderia descansar um pouco, para seu espanto, a
"abelha-mor da equipa" (é assim que Milicent trata Marco)
coloca-se junto do balcão a olhar para ela:
- Deseja alguma
coisa? - perguntou Milicent.
- Voltar atrás no
tempo.
- Isso não servimos
aqui.
- Se servissem
podias dizer-me onde te encontrar, assim não me comprometia com quem
vou casar.
- Isso é tão certo
como eu ser a Angelina Jolie.
- Estavas à espera
de encontrar aqui o Brad Pitt? - aquilo estava a irritá-la! Aquela
voz sexy mas absolutamente irritante, aqueles olhos lindos mas
profundamente atiradiços!
- Se ele me
aparecesse aqui hoje testava-o.
- Podes sempre
testar-me a mim.
- Era preciso que
mudasse completamente de atitude. Além do mais... - Milicent
inclinou-se sobre o balcão ficando perto dele - vais casar daqui a
dois dias.
- Casamento não me
impede de curtir.
- Trata-te! Faz lá
a tua mulher muito feliz e façam muitos bebés. Se não queres beber
nada eu vou continuar o meu trabalho.
- Podes levar uma
rodada de shots de mel e vodka à mesa?
- Mel e vodka? Já
lá vou levar.
- Obrigado.
"A sério? Mel
e vodka? Esta abelha é mesmo...ai que eu odeio-o!" - Milicent
estava frustrada aquele gajo dava-lhe uma pica que nem ela sabia que
poderia ter, ele tinha um charme que a atraia mas ela não queria!
Não queria porque ele é um vai com todas.
Preparou os shot's
indo levá-los à mesa. Deixou o tabuleiro em cima da mesa, olhando
para Marco. Milicent não queria estar a olhar mas, a verdade é que
o estava a fazer. Como é que uma pessoa que ela tanto despreza a
pode chamar tanto à atenção?
****
Era uma noite para
"esquecer", segundo Milicent. O facto de ter,
constantemente, o seu olhar preso no de Marco deixava-a
desconcentrada. Ela não queria, simplesmente, mudar de opinião
sobre ele. Não queria porque ele está noivo e tinha-se atirado a
ela! É mesmo um vai com todas.
Tinha terminado o
seu trabalho e ia para casa. Cinco da manhã e a única coisa que ela
não tem é sono.
Estava a caminhar
até à paragem do autocarro, quando percebe que um carro pára ao
seu lado. Assustou-se. A estas horas, por vezes, tem medo de sair da
discoteca sozinha. A janela do lado do pendura abriu-se e, se fosse
por vontade de Milicent, mais valia que fosse o Brad Pitt.
- Precisas de
boleia? - perguntou Marco.
- Para ir parar ao
hospital? Se bebeste tudo o que os teus amigos pediram até eu, que
ainda não tenho carta, deveria conduzir melhor.
- Fica sabendo que
eu não bebi quase nada e...podia levar-te para um quarto de hotel.
- O melhor mesmo é
tentares arranjar outra rapaz. Essas coisas comigo nunca pegam.
- Porque é que
pensas sempre que eu me estou a meter contigo porque quero sexo? -
Marco era super frontal com Milicent, nem o nome dela sabia mas
estava encantado com a pessoa que ela demonstra ser. Saiu do carro,
indo na direcção dela.
- Pode vir aí a
polícia e o carro ir à vida... - acabou Milicent por dizer.
- Se isso significar
que fica tudo esclarecido entre nós.
- Mas o que é que
há para esclarecer?
- Que eu não quero
ir para a cama contigo!
- Não...pois não.
Isso é tão certo como eu ser...
- A Angelina Jolie?
- Alguém!
- Mas a
sério...acredita, eu não sei nada sobre ti, nem o teu nome, mas
chamas-me à atenção. Há qualquer coisa em ti que mexe comigo e
que me fez pensar se casar é a melhor opção.
- Isso é o álcool
a falar.
- Não. Sou mesmo
eu. Queres ou não ir comigo para um quarto de hotel? Podíamos tomar
o pequeno-almoço.
- A serio...? -
Milicent estava completamente perdida. Nunca foi rapariga de ser
impulsiva, sempre pensou muito bem no que fazer, no que dizer e neste
momento só quer ser impulsiva. Aventurar-se e ver o que dá - vais
casar daqui a dois dias e queres ir para um hotel com uma gaja
qualquer?
- Eu vou ser
brutalmente sincero contigo.
- Tenho medo!
- Eu não mordo...
- Mas podias! -
ficaram os dois a olhar um para o outro, acabando por se rirem.
- Mas eu não te
mordo...por enquanto.
- Ias
ser...sincero...
- Sim. Achei-te
parecida comigo. Estavas no teu canto a trabalhar mas, aos olhos dos
meus amigos, és uma vai com todos. Quando fui ter contigo, foi para
lhes provar que estavam errados. E eu estava certo. Somos parecidos.
Aposto que pensas que eu sou um vai com todas.
- É verdade...
- Mas é mentira. A
mulher com quem me vou casar foi a terceira mulher com quem me
envolvi. Não me perguntes porque, mas tu...fazes-me pensar que tu
serás a quarta e a última.
- O casamento é uma
coisa séria, é um compromisso com uma pessoa que espera fidelidade,
que espera amizade, amor e uma vida repleta de momentos a dois. E, se
foi a essa mulher que pediste em casamento, é essa mulher que te faz
pensar isso.
- Quero
conhecer-te. Quero estar contigo, mostrar-te que não sou um vai com
todas. Vens comigo para o hotel?
- Não. Vou para
minha casa porque é o mais correcto a fazer. Foi bom falar contigo,
mas não passará disso.
- É a tua última
palavra?
- É. Adeus Marco –
Milicent preferia ficar a pensar o dia todo que tinha recusado uma
proposta para conhecer melhor Marco, mas preferia ter a sua
consciência tranquila. Preferia que aquele casamento acontecesse
porque ela não é a pessoa que destrói relações.
Seguiu o seu
caminho, chegando a casa dos seus avós sã e salva. Era cedo e
nenhum deles estava acordado, Milicent foi até ao seu quarto
deitou-se mesmo sem tirar a roupa e adormeceu. O sono tinha chegado
e estava na hora de dormir.
Jolandi, avó de
Milicent, acordou eram 9 da manhã. Foi até ao quarto da neta e
constatou que ela já estava em casa. Tinha orgulho na sua pequena,
na sua única neta. Cada dia que passava Milicent deixava a sua avó
cada vez mais orgulhosa.
Enquanto a sua
pequena dormia, Jolandi tratou de preparar o pequeno-almoço para
ela e o seu marido, Abelard. Os dois mantiveram uma manhã normal.
Era cerca das onze e meia quando Milicent apareceu na sala, meio
despenteada, com um maço de lenços de papel na mãos.
- Bom dia – disse
ela, dando um beijo a cada um dos avós.
- Bom dia – os
dois falaram ao mesmo tempo, animados.
- Como é que
correu a noite? - perguntou Abelard.
- Foi...normal.
- Estás a ficar
doente, Milicent – constatou a avó.
- Eu sei...mas isto
já passa. Um cházinho e um comprimido?
- Anda lá comigo –
Jolandi colocou o seu braço em torno da cintura da neta, indo com
ela até à cozinha. Enquanto a água para o chá fervia, avó e
neta mantiveram-se à mesa.
- Avó? Preciso de
lhe perguntar uma coisa...
- Diz minha
querida.
- Eu conheci um
rapaz...
- Pretendente a meu
neto?
- Não...
- Não é isso que
vejo nos teus olhos.
- Mas não deve ver
nada de especial...
- Vejo que essa tua
cabecinha anda a pensar em muita coisa e ainda agora acordas-te –
Milicent sabia que a sua avó a conhecia como as palmas das mãos.
Milicent sente que a sua avó é a sua mãe, nunca tem a sua por
perto mais que dois dias e a avó sempre a compreendeu desde
pequena.
- Digamos que...é
um rapaz que trás problemas.
- Problemas?
- Sim...eu
detestava-o...até o conhecer melhor. Não sei mas...ele ontem
estava na discoteca e...foi estranho porque era a despedida de
solteiro dele.
- Calma...ele vai
casar?
- Sim avó...eu
estou atraída por um rapaz que se casa amanhã.
- Minha querida...
- E é uma figura
pública... - Jolandi queria falar, amparar a sua neta, queria
dar-lhe aquelas palavras que ela espera, aqueles conselhos que a
fazem pensar e pensar.
- Eu não quero
saber quem ele, só quero que me expliques o que é que se passou
para estares nesse estado...tão indeciso.
- Nós quase nem
falámos à noite, praticamente foram olhares...que me fizeram mudar
de opinião. Antes de vir para casa, ele quis que eu fosse com ele
para nos conhecermos melhor...eu quis...avó eu quis ir com ele,
mesmo sabendo que se vai casar.
- Eu não sei o que
dizer...não esperava isso de ti.
- Eu sei avó, eu
sei...nem eu esperava isto de mim. Devo te-la desiludido por causa
deste desabafo, mas agora não o devo voltar a ver...e mesmo que o
veja, porque haveria de existir algo? Ele vai casar!
- Milicent...não
me desiludiste, quando disse que não esperava isso de ti é no
sentido de te ver assim...apaixonada! Tu estás apaixonada, com
aquele brilho no olhar, com aquele sorriso...tu estás a sorrir pela
manhã, uma coisa que eu não via à meses!
Milicent sabia que
a sua avó estava certa. Ela, podia só ter percebido agora, mas
estava a sorrir desde que acordou. E tudo culpa de Marco.
- Mas...eu não
posso avó. Não por ele...
-
Que tal ires dar uma volta? Vai até
Fredenbaum,
mas agasalha-te – Fredenbaum, o jardim preferido de Milicent, ia
lá quando precisava de estar sozinha, quando precisava de pensar e
quando queria correr.
-
Se calhar vou...
-
Primeiro o chá, torrada e o comprimido!
****
Milicent
caminhava já há algum tempo. Não estava assim tanto frio, mas
mesmo assim sentia o seu nariz congelado. Aquele jardim dava-lhe
paz. Todas aquelas flores, aquelas árvores e o barulho do rio
faziam-na sonhar.
Sentou-se
num dos bancos junto do rio, mirando os movimentos calmos que quase
passavam despercebidos que este fazia. Milicent só tinha uma pessoa
na sua cabeça: Marco. Queria esquece-lo. Será sempre uma boa recordação, de uma boa noite, mas nada mais que isso. Nunca irá ser
mais nada. Milicent poderia gostar de estar com ele, não sabe, não
tem certezas, mas que ele mexeu com ela...isso não pode negar.
-
Não esperava ver-te tão cedo... - aquela voz, Milicent tinha
sonhado com aquela voz. Tinha-a ouvido já algumas vezes, mas nunca
tinha significado tanto como na noite passada e no dia de hoje.
Marco...Marco estava ali, sentado ao lado de Milicent, olhando o rio.
Apresentação
Olá meninas!
Muitas de vocês já me conhecem e acho que não vale a pena estar a falar de mim. Vamos ao que realmente importa que é esta história que...surgiu um pouco de repente.
Algumas de vocês devem saber que eu "apadrinhei" a vinda da Mahina Kareem para o mundo das fics. Ela escreve as fics I Will Wait For You e Boundless Love (duas histórias maravilhosamente perfeitas que recomendo sem duvidar por um segundo!). Posso dizer, então, que ela e a Boundless Love são as responsáveis pela existência de You The One That I'm Loving.
Esta história é sobre o Marco Reus e, para quem lê a fic dela, percebe que é um dos personagens masculinos que entram nessa história. A verdade é que, de ouvir, ler e ver coisas sobre ele, me fui encantando e começaram a surgir imensas ideias para esta nova história.
Inicialmente não a queria publicar porque acho que tenho muitas fics e sempre achei que não iria começar mais nenhuma sem acabar uma das outras. Verdade é que fui recebendo conselhos (dos bons!) e ela vai para público!
Para além da Mahina, a Sofia Martins e a Ana Rita Pereira já sabiam desta história. Elas têm acompanhado os primeiros passos deste novo projecto e têm sido, as três, os meus pilares no que toca às minhas inseguranças. Muchas gracias meninas!
A história em si...será diferente daquilo que tenho escrito. Para começar será na terceira pessoa (é como se voltasse à primeira fic que escrevi), terá um conteúdo mais...diferente :D não o sei descrever...é diferente, ousado, secreto, depois vão-me dando adjectivos para o caracterizar, vale? No separador das personagens podem ficar a conhecer melhor quem irá fazer parte da narrativa, acho que é o melhor do que eu estar aqui a contar tudo.
Conto convosco desse lado? Espero o vosso feedback a esta primeira mensagem e, muito provavelmente, ainda hoje sairá o primeiro capitulo.
Beijinhos.
Ana Patrícia Moreira.
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