segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

51º Capitulo: “Ele vai dar um bom irmão mais velho…”

 - Marten…isso não é para pôr na boca, bebé – Marten estava ao colo da mãe enquanto esta se maquilhava. Tinha conseguido alcançar um dos seus pincéis maiores e, como tudo o que apanhava, levou-o à boca – isto não pode ser, meu amor – Milicent retirou-lhe o pincel das mãos, trocando-o por um dos seus brinquedos próprios para morder – pronto, assim sim.
- Não!
- Marten… - o menino olhou para a mãe, fazendo beicinho – não, não faças beicinho. A mãe deu-te o brinquedo.
- Não! Dá outo – e apontou para o pincel que Milicent lhe tinha acabado de tirar.
- Aquele não. Tem de ser este – Milicent apontou para o que Marten tinha nas mãos – o outro não é para meninos bonitos brincarem – Marten riu-se, levando o brinquedo à boca – assim sim. Onde é que andará o teu pai? – Marten depressa atirou o brinquedo para o meio do chão, tentando colocar-se em pé em cima das pernas da mãe.
- Pai, pai, pai! – Milicent ajudou-o a ficar em pé em cima das suas pernas, ao mesmo tempo que Marten chamava, animado, pelo pai – tá, tá pai! Mã, o pai?
- Chama o pai, Marten. Chama – Milicent limitou-se a ficar a olhar o filho enquanto ele gritava pelo pai – acho que o pai não te ouve, fofinho.
- Pai! – Marten esticou-se no colo de Milicent, vendo o pai entrar no quarto – tás qui!
- Estou aqui, sim senhor. Andavas à minha procura? – Marco colocou-se atrás de Milicent, sentindo as mãos do filho puxarem a sua camisola.
- O Marten tem estado a chamar-te há algum tempo… - Milicent elevou o filho no ar vendo, pelo espelho que tinha na sua frente, Marco fazer caretas para Marten enquanto o pegava ao colo – de certeza que tem mais um dente a nascer… - acabou por dizer, retomando a sua tarefa de terminar a maquilhagem.
- Dentinho – tanto Milicent como Marco se riram assim que viram o filho abrir a boca mostrando o seu único dente.
- Marten diz à mãe para se despachar para irmos ver os tios e o primo, diz – reparou que Marco se tinha sentado ao fundo da cama, com Marten sentado no seu colo.
- Mã, espacha! Tio Mario, tia Lelene – Milicent, cada vez que o ouvir dizer o nome de Marlene ria-se. Era impossível não o fazer – vá, vá.
- Está quase, quase – acabou por lhe dizer – no dia em que ele disser mãe acho que faço uma festa!
- Não sejas ciumenta – Marco riu-se, olhando a namorada – mã é uma expressão muito fofa.
- É, é. Mas a ti foi logo pai! Nem sequer começou com papá ou pá…tiveste direito a pai! – os dois riam-se e Marten, ao vê-los assim, acabava por se rir também. Já andava pelo chão a gatinhar e, sempre que se chegava perto da cama colocava-se de pé caminhando à volta dela – acreditas que ele já tem quase um ano?
- Acho que não.
- O tempo está a passar depressa demais! Acho que temos de pensar…
- Em fazer um irmão? – Marco precipitou-se na direçâo da namorada, colocando as suas mãos sobre os ombros de Milicent – acho que tens toda a razão!
- Não te ponhas com ideias! Eu ia mesmo dizer que tínhamos de pensar em mudar as coisas um bocadinho…
- Hum…acho que não estou a acompanhar – Milicent colocou o batom, levantando-se de forma a ficar em frente do seu namorado.
- Infantário…
- Isso! Achas que é necessário? Ele está tão bem connosco…
- Está. Está muito bem aqui connosco mas…ele precisa de conhecer outros meninos e vai fazer um ano. E eu preciso de começar a procurar o meu trabalho…
- Vamos ter de começar a pensar em mudar as coisas um bocadinho, então – Marco levou as suas mãos ao pescoço da namorada, dando-lhe um curto beijo nos lábios – esse batom é daqueles que não sai?
- É, é. Mas não abuses, esse beijinho já te chegou – Milicent rodeou a cintura do namorado com os braços, mantendo-se a olhar para ele – eu estava tão enganada quando pensava que nunca iria arranjar um homem perfeito…
- Eu não sou nada disso.
- És mais do isso, loirinho.
- Muito obrigado pelo elogio. Mas só sou assim porque tu me fazes ser assim.
- Sou a tua musa queres ver?
- Acho que podemos dizer que sim – Milicent sorriu – é bom ver esse sorriso – levou um dos seus dedos à bochecha da namorada – como é que tu estás?
- Acho que vai ficar tudo melhor quando fechar o capítulo Loresn…por mais que ele já esteja fechado desde que tu apareceste na minha vida, há coisas que eu tenho de esquecer por completo.
- Sabes…esquecer uma pessoa que nos marcou tanto como ele te marcou a ti é complicado…mas nós vamos estar aqui os dois para ti.
- Eu sei disso, meu amor – juntou os seus lábios aos dele, apercebendo-se que Marten passava por eles num passo apressado.
Afastou-se do namorado, vendo o filho meio atrapalhado a correr para a porta do quarto.
- Olha, olha…queres ver que vão começar as correrias aqui por casa? – perguntou Marco, indo atrás do filho. Não o assustou, nem impediu que o menino percorre-se o corredor. Ajudou-o a não cair e a não o deixar ir para as escadas.
Milicent acabou por vestir o seu casaco, pegou na mala saindo do quarto.


- Estou pronta – disse ao chegar ao corredor.
- Vamos embora, então – Marco deu a mão a Marten, olhando para a namorada – estás super gira.
- Marco…
- Só estou a constatar um facto.
- Achas que…é demasiado giro para um funeral?
- Oh, Mili…tu sentes-te bem assim e é o que importa. Não irias aparecer de fato treino, se bem te conheço.
- Tens razão…
- Então pronto. Vamos lá – caminharam até às escadas e Marten depressa se sentou no chão – então? Não tenhas medo, campeão – Marco sentou-se ao lado dele, mantendo a sua mão agarrada à do filho – são só uns degraus, Marten. E o pai ajuda…não podes descer sozinho, mas o pai dá-te a mão.
- Gandi, pai. É tão gandi…
- Anda ao colo, então – Marco abriu os braços, esperando que Marten fosse ter com ele.
- A mã ajuda… - Marten levantou-se dando a mão a Milicent – e tu. Os dois – Marco olhou para a namorada, rindo-se. Levantou-se depressa, dando a mão ao filho – agora?
- Agora só tens de fazer assim – Milicent desceu o primeiro degrau, exemplificando como é que Marten deveria fazer. O menino bem tentou mas o máximo que conseguiu foi saltar todos os degraus até chegar ao fim das escadas.
- Ota vez! – disse, rindo-se à gargalhada assim que chegou ao ultimo degrau.
- Não pode ser…temos de ir ver os tios. Quando voltarmos tentamos outra vez – Milicent baixou-se, dando um beijo na testa do filho – mas só podes descer as escadas com a nossa ajuda, sim?
- Sim.
- Boa – deu-lhe a mão, começando a caminhar para a rua – acho que temos de pôr qualquer coisa lá em cima para ele não descer sozinho.
- E vamos pôr mesmo! Ele vai começar a querer descer sempre…
- Prepara-te…ele vai adorar fazer-te correr por esta casa – os dois riram-se, indo até ao carro.

- Temos de fazer pouco barulho, Marten. O bebé pode estar a dormir.
- Sim. Baxinho – Marten caminhava pelo corredor do hospital de mão dada à mãe, colocando a sua outra mão disponível na boca – baxinho – falava baixinho e tapando a boca para que não o ouvissem.
- Vá, bate à porta devagarinho – informou Marco, parando em frente da porta onde estaria Marlene. Marten fez o que o pai disse e, pouco depois, Mario abriu-lhes a porta.
- Olha quem é ele… - baixou-se um pouco, levantando a sua mão – dá mais cinco ao tio – Marten, rindo-se à gargalhada, bateu com a sua mão na de Mario, abraçando-o – oh meu menino… - Mario pegou-o ao colo, levantando-se – tinhas saudades do tio?
- Muitas.
- Eu também tinha saudades tuas!
- Bebé? – Marten olhou-o envergonhado – tens bebé?
- Tenho, tenho. Tu queres ver o bebé?
- Sim…baxinho – colocou o seu indicador em frente dos lábios, fazendo com que Mario se risse – a tia Lelene? Tem bebé?
- Tem. O bebé é do tio e da tia.
- Meu?
- Também pode ser teu, claro – Mario começou a caminhar para o interior do quarto e Milicent e Marco, que assistiam àquela conversa sem os interromper, caminharam atrás deles – trouxe um visitante! – informou, assim que Marlene os viu.
- Baby da tia! – Marlene depressa esticou as suas mãos para Marten, vendo o menino esticar-se na direção dela – estás tão lindo! Oh meu gordinho – Marlene, assim que o teve nos seus braços, encheu-o de beijos fazendo com que Marten se risse à gargalhada.
- Tem estado numa agitação para vos vir ver – disse Milicent, sentando-se ao fundo da cama.
- Claro! Ele sabe quem é que são os maiores, não é? – Marten abanou a cabeça dizendo que sim, olhando depois para o berço onde estava Erik.
- Bebé? – apontou para o menino e olhou para o seu pai – pequenino bebé?
- É o primo, Marten. Um bebé muito pequenino – respondeu-lhe Marco.
- Pimo – começou a aproximar-se do berço, ao mesmo tempo que Marlene o puxava mais para junto da cama – ó-ó? – olhou para Marlene – bebé faz ó-ó.
- Exatamente. Mas queres dar um beijinho ao bebé?
- Sim – Marten riu-se, olhando para Erik – bejinho – Mario aproximou-se dele, ajudando-o a ficar de pé em cima da cama. Marten passou com a sua mão pela bochecha de Erik que se começou a mexer, assustando-o – não, não! Ó-ó! – Marten voltou a mexer-lhe na bochecha, aproximou-se de Erik dando-lhe um beijinho sobre a mesma bochecha – faz ó-ó.
- Eish… - Mario, para espanto de todos tinha começado a chorar – isto assim não dá!
- Tio! Não choa! – Marten olhou-o, rindo – és bebé!
- Ai eu é que sou bebé? – depressa lhe começou a fazer cócegas, acabando por se distrair.
Milicent tinha visto aquele momento todo super petrificada no filho e no sobrinho. Olhava, agora, para o namorado que estava visivelmente emocionado. Levantou-se, indo ter com ele.
- Que carinha é esta? – colocou as suas mãos sobre a face de Marco, ao mesmo tempo que ele levava as suas mãos à cintura da namorada.
- Ele vai dar um bom irmão mais velho…
- Vai sim. Para todos os irmãos que venha a ter.
- Viste o cuidado dele? Ele tem jeito!
- Deve ter aprendido contigo – Milicent encostou a sua cabeça no peito do namorado, fechando os olhos.
- Não, não tires a camisola – disse Marlene, chamando a atenção de Milicent. Marten já tinha despido o casaco e agora queria tirar uma das suas camisolas.
- Tá calor!
- Mas depois podes ficar doente…
- Não, eu não fico – Marlene olhou para a amiga que lhe fez sinal que sim com a cabeça.
- Vá, então tira – Marlene ajudou-o a tirar a camisola, ficando apenas com uma de mangas cavas.
Passaram as seguintes horas todos ali. Marten já se tinha entretido com os seus brinquedos e ficaria ali com Marlene e Mario enquanto Milicent e Marco iam ao funeral de Loresn.
- Achas que o Marten se vai portar como deve ser…? Eu acho que não o devíamos ter deixado lá… - comentava Milicent, quando já estavam no carro.
- Mas eles insistiram que queriam ficar com ele…
- Eu sei, mas eles precisam de descansar.
- Tenho a certeza que o Marten, não tarda nada está a dormir – Milicent começou a ouvir o seu telemóvel receber imensas notificações, bem como o de Marco – estoirou bomba?
- Não faço ideia – Milicent percorreu essas mesmas notificações, reparando que Mario tinha publicado uma fotografia – o Mario anunciou o nascimento do Erik com a melhor foto que deve ter tirado em toda a sua vida! – Marco olhou-a e Milicent mostrou-lhe a imagem.


- Está muito bonita, sim senhor.
- O Marten parece que está a ficar louro! O que é falso…
- Sim, sim. Ele nunca vai perder o teu toque moreno, fica descansada.
- Não sei se fico…esse teu loiro afetou a criança, de certeza! Olha, o Mario escreveu: “Quando dois primos se conhecem e o mais velho não o quer largar nem por nada. Que sejam assim toda a vossa vida, meus amores”. O Mario está muito emocionado hoje, não está?
- Está. Acho que nunca o vi assim…
- É a paternidade…amadureceu-o!
- Já estava mais do que na hora – Milicent olhou-o, rindo-se um pouco – porque é que te estás a rir?
- Porque a ti a paternidade não te deu grande maturidade…
- Oh meu amor – Marco levou a sua mão à de Milicent – eu já tinha toda a maturidade em mim – Milicent só se conseguiu rir à gargalhada, fazendo com que o namorado se risse também – não estou a perceber o motivo desse gargalhada tão boa, mas vou fingir que não a ouvi!
- Sim, sim. Ainda demoramos a chegar?
- Não. No máximo cinco minutos…
- Não quero nada ter de falar à família dele toda.
- Oh, mas eles vão lá estar.
- Eu sei…mas já não me dou com eles há imenso tempo. E eu venho mais por ele e pela Camile. Mais ninguém.
- Eu sei. Podes falar àqueles que se aproximarem de ti e manter-te mais afastada…
- Vai ser tudo muito estranho. De certeza que vão ficar a olhar para o quão giro o meu namorado é… - Milicent olhou-o, levando a sua mão até à nuca do namorado – obrigada por teres vindo.
- Não precisas de me agradecer, já te disse – Marco levou a mão de Milicent, que ainda agarrava, até aos seus lábios beijando-a – estamos juntos.
- Mais do que nunca, meu amor – Marco parou o carro e Milicent só conseguiu respirar bem fundo antes de sair do carro.
Tinha, cada vez mais, a certeza que era com Marco que o resto da sua vida fazia sentido. Estar ao lado dele, desde o inicio que tem sido uma montanha russa mas cada dia se torna melhor do que o anterior quando se deitam nos braços um do outro. Mais do que o amar, Milicent tem toda a certeza que, por ele, faria qualquer coisa.
- Está ali a Camile – disse Marco, assim que entraram no cemitério. Caminharam lado a lado até que chegaram perto do aglomerado de pessoas que estavam ali. Milicent reconhecia a maior parte dessas pessoas: eram os avós, os tios e alguns amigos…alguns daqueles amigos que o levaram por maus caminhos mas que também se conseguiram safar e ainda o tentaram ajudar.
Deixaram-se ficar um pouco mais afastados. Sendo que Camile já os tinha visto e, num misto de tristeza com as lágrimas que lhe escorriam pela cara, esboçou um pequeno sorriso quase como agradecendo a presença deles ali.
Milicent encostou-se ao namorado, sentindo uma das mãos de Marco irem até às suas costas e a outra à sua barriga. Sentiu-se aconchegada, enquanto toda a cerimónia fúnebre decorreu. Houve a oportunidade para, quem quisesse, se despedir uma última vez de Loresn e Milicent esperou que todos o fizessem antes de tomar ela essa iniciativa. Afastou-se ligeiramente de Marco olhando-o.
- Eu vou…
- Fica à vontade – os dois trocaram um beijo antes de Milicent se dirigir a Camile.
- Minha querida – Milicent apressou-se em abraçá-la, cumprimentando-a com um beijo na face – obrigada por teres vindo.
- Não precisa de me agradecer, Camile – Milicent olhou-a, desviando o seu olhar a seguir para o caixão – acha que…
- Claro, está à vontade – Milicent aguardou ao lado de Camile, até que se pôde dirigir ao caixão.
Depositou uma rosa branca sobre o mesmo, ficando algum tempo em silêncio.
- Nunca pensei que, ver-te naquele jardim fosse o último dia que te visse. E sei que não agi da melhor forma ao recusar ajudar-te…mas eu ajudei. Ajudei e tu sabes disso, Loresn. Mais do que te ajudar desta vez, acho que te fui ajudando o mais que consegui ao longo do tempo em que estivemos juntos – Milicent começava a derramar algumas lágrimas, acabando mesmo por retirar os óculos para as limpar – acho que…chegou o momento em que tudo acaba. Não só tudo aquilo que ainda me atormentava, como aquilo que te fazia mal. Tinhas uma vida pela frente…e tu ias conseguir refazer-te. Eu conheço-te, Loresn – falava baixinho, quase como se estivesse a falar ao seu ouvido – tenho pena que nunca tenhas refeito a tua vida da forma como eu a fiz – Milicent, por algum tempo olhou para Marco. Permanecia no mesmo sítio, de braços cruzados e, por estar de óculos escuros, era impossível perceber o que lhe ia pela cabeça…mas esboçou-lhe um pequeno sorriso, quase como a incentivar para que continuasse – tenho a certeza que, se estivesses totalmente curado, o Marco poderia ser um possível rapaz a entrar no teu círculo de amigos. Se te tivesses curado…acho que poderias ter vindo à nossa procura e poderias ter feito parte das nossas vidas. Eu perdoou-te por tudo o que aconteceu – as lágrimas tornaram-se mais intensas e Milicent sentiu as suas pernas fraquejarem – quero que partas em paz. Gostava de te ter dito isto antes…perdoa-me por não o ter conseguido fazer. Descansa, agora, Loresn e…eu prometo que terei em conta a tua mãe – Milicent meteu os óculos na cara, dirigindo-se a Camile.
Voltou a abraçá-la, dando-lhe um beijo. Iria ter de, pelo menos, ir sabendo como é que ela estava. Camile foi importante em todo o seu relacionamento com Loresn.
Caminhou para junto de Marco, abraçando-o. Não chorava mais e recuperou alguma da força que tinha perdido nos braços do namorado.
- Acabou, Marco…
Terá acabado? Era a pergunta que Marco fazia a ele mesmo. Sabia que, para lá desta Milicent que tinha nos seus braços, desta Milicent que queria acabar com este capítulo da sua vida, havia uma Milicent que poderia não estar assim tão bem. Mas, daqui para a frente, sabe que serão cada vez mais os momentos que passarão juntos. Ela vai querer isso.
Caminharam de novo para o carro, Marco ligeiramente mais à frente e Milicent sempre agarrada à sua mão. Pegou no telemóvel, tirando uma fotografia àquele momento. Entraram no carro e depressa os dois retiraram os óculos escuros.
- Vou declarar-me, Marco – o rapaz olhou-a, vendo-a mexer no telemóvel.
- Hum… - assim que viu que Milicent tinha colocado o telemóvel na mala, pegou ele no dele vendo o que ela tinha acabado de fazer. 

Tudo o que eu sempre quis me pareceu impossível de ter. Tudo aquilo que eu sonhei sempre pareceu distante e impossível de realizar. Estamos juntos há quase dois anos…dois anos em que realizaste, sem saberes, aquilo com que eu sonhava, todos os meus sonhos. Temos estado um para o outro nos bons e nos maus momentos e…eu só espero que me vejas como uma namorada que faz tudo por ti, que te faz feliz porque eu te dou tudo o que tenho de melhor. E pior…
Obrigada por seres o melhor namorado do mundo. Por me amparares quando preciso, por me aturares quando estou de mau humor e por seres o grande amor da minha vida. Ich liebe dich, mein Marco. 
- Obrigado, Mili – a rapariga olhou-o, esboçando um pequeno sorriso.
- Obrigada eu.
- Eu estarei sempre para ti, da mesma forma como tu estás para mim – Marco virou-se para ela, levando as suas mãos ao pescoço da namorada – eu amo-te imenso, meu amor.
- E eu amo-te a ti, Marco – Milicent precisava de ouvir aquilo. Especialmente naquele dia. Precisava do amor de Marco mais do que em qualquer momento.
Milicent sabe. Sabe que Marco é a sua outra metade e que, sem ele, nada mais faz sentido. 



Olá meninas! 
Antes de qualquer coisa, peço imensa desculpa pela falta de capítulos. Iniciei em Setembro uma nova fase da minha vida académica: o último ano do mestrado. E, com ele, vem o estágio que me ocupa algum tempo e, quando tenho algum livre, o que mais me apetece fazer é: NADA! Ou então escrever algo livre que não seja uma das fics que tenho publicada. 
Pois bem, mas hoje a You The One That I'm Loving cumpre 3 anos!!! Nada melhor que um capítulo para marcar a data! 


Muito obrigada a quem, desse lado, continua a ler e a deixar comentários nesta história que ainda hoje me deixa sempre cheia de vontade de escrever! Espero trazer-vos novidades em breve, nem que seja numa mensagem de Natal que explique algumas coisas. 
Um grande beijinho de obrigada, 
Ana Patrícia.