-
Quem é? – Marco via que Milicent sorria,
logo não poderia ser ninguém que trouxesse problemas…em principio.
-
É a minha melhor amiga, Marco… - Milicent
olhou para ele, sorriu-lhe e retirou o cinto – O que é que ela está aqui a
fazer? Ela não me disse que vinha… - abriu a porta do carro saindo do
mesmo.
-
As pessoas gostam de fazer surpresas, Milicent! – Marco falou um pouco mais alto, do interior do carro
para que Milicent ouvisse.
A rapariga começou a caminhar em direcção de Marlene,
da sua melhor amiga, a “irmã de outra mãe” como diziam.
-
Mare! – Quase nem dava tempo à amiga para
se virar para ela, os seus passos foram de tal forma apressados que o abraço
entre as duas foi imediato – Que fazes aqui? Porque é que não me disseste
que vinhas a Berlim? Ai eu tinha tantas saudades dos teus abraços! Sinto falta
de ti! – Milicent quase nem deixava a amiga respirar. Abanava-a e nem dava
espaço para que a rapariga respirar.
-
Se não me sufocares eu explico-te tudo…
-
Ai desculpa – Milicent soltou a amiga, agarrando
na mão dela – é das saudades… - uma pequena lágrima escorreu pela
bochecha da rapariga, fazendo com que Marlene a limpasse.
-
Eu não quero que chores oh tonta…
-
Fazes-me tanta falta aqui…
-
Não digas asneiras! Tens aí o teu gajo e eu é que faço falta?
-
Olha, nem comento – Milicent sabia
que Marlene estava a brincar com ela, caso contrário teria ripostado algum tipo
de resposta mais torta.
-
Tu também fazes muita falta em Dortmund…
-
Como é que estão as coisas lá?
-
Tudo na mesma…mais seca porque a minha parceira está aqui, mas está tudo bem.
Tenho aí umas coisas que os teus avós mandaram.
-
Oh obrigada…mas tu vieste porque? Não tens aulas? – Tudo aquilo era estranho na cabeça de Milicent. As
aulas só acabariam dentro de uma semana e Marlene não estava de férias.
-
Já entreguei todos os trabalhos, fiz todos os testes e safei-me às cadeiras
todas…acho que mereço uma semaninha com a minha babe.
-
Vais cá ficar uma semana!? – Milicent
não conseguia esconder a sua felicidade e abraçou a amiga – A minha mãe vai
gostar de ter mais uma menina lá por casa! E eu vou dormir contigo, vamos falar
tanto do que aconteceu nos últimos dias!
-
Mi…duvido muito disso.
-
Porque?
-
Vais querer dormir com o Marco e não comigo.
-
Podemos sempre dormir os três…e o Marco leva o melhor amigo dele…
-
Ai de ti!
-
Diz lá que não ias gostar de conhecer o Mario? Ele é cinco estrelas, Mare.
-
Olha, mudas-te de opinião sobre ele foi?
-
É…mas, espera – Milicent olhou
na direcção do carro de Marco, percebendo que ele estava no exterior do mesmo a
falar com Mario. Fez sinal ao seu…amante para que fossem ter com elas. Não o
trataria como namorado…obvio que não.
-
Milicent Werner, o que é que tu estás a pensar fazer?
-
Dar-te a conhecer os homens das nossas vidas, Marlene Costa – Marlene é filha de pais portugueses, mas nasceu na
Alemanha. Conhece a cultura do país dos pais, sabe falar e percebe o português mas
sente-se mais alemã.
Não demorou muito até que os dois rapazes chegassem
perto das raparigas. Marco teve a necessidade de ficar do lado de Milicent,
colocando a sua mão direita nas costas dela. Milicent sorriu…aquele toque
dava-lhe segurança e amor. Apenas o toque de Marco lhe transmitia muitos
sentimentos.
-
Boa tarde… - Marco e Mario disseram os dois ao
mesmo tempo e ficaram, os dois, a olhar para Marlene.
-
Boa…tarde – Milicent percebeu que a amiga
tinha ficado um pouco contida…a verdade era que, a presença de Mario Götze,
baralhava os fusíveis de Marlene.
-
Marco, Mario, esta é a Marlene. A minha melhor amiga, a minha irmã de outra
mãe. Mare…é o Marco, eu e ele coiso…tu sabes. E é o Mario, o melhor amigo dele –
todos acabaram por rir pela forma
como Milicent tinha apresentado Marco, a verdade é que até à manhã daquele dia
eles eram, apenas, amantes.
Tanto Marco como Mario, cumprimentaram Marlene com
dois beijos. Marco, por ter sido o primeiro, já havia regressado para junto de
Milicent ficando, desta vez, atrás dela rodeando a cintura dela com os seus
braços.
-
Vocês…já andam assim em público? – Marlene
fazia a pergunta que lhe estava a passar pela cabeça desde que tinha visto o
gesto de Marco. Milicent levantou um pouco a cabeça, olhando para Marco sem
saber ao certo o que responder.
Nenhum dos dois respondia, e foi Mario que teve a
iniciativa de dar resposta a Marlene.
-
Não os queiras ver em privado…é só mel. Foram feitos um para o outro, é o que é
– Marlene ficara sem saber o que
responder…afinal tinha sido Mario a responder-lhe. A pessoa que ela mais
admirava. Ao contrário de Milicent, Marlene não tinha ficado tão decepcionada
com a saída de Mario do Dortmund…sabia que era para o melhor dele.
-
Vocês guardem lá os comentários sobre mim e o Marco para depois…bom, a Mare vai
ficar cá uma semana. Fica em minha casa, temos as cenas dela para levar.
Jantamos os quatro mais daqui a pouco?
-
Por mim… - Marco respondeu fechando mais os
seus braços, apertando Milicent para si.
-
Eu também estou cá…e conhecer alguém que não tenha só mel…é interessante – respondeu Mario.
-
Não uses a minha cena com o Marco para engatares a minha coisinha boa. Ela já é
tua…só naquela – os olhos de
Marlene estavam mais esbugalhados do que nunca…e Mario também a olhava com
espanto marcado no seu semblante. Milicent tinha colocado as coisas em termos
pouco acertados – Eu não disse nada, esqueçam o que ouviram. Às oito vamos
ter com vocês ao hotel, portem-se bem coisinhas – Milicent começou a
caminhar para junto de Marlene, quando Marco a puxou para ele dando-lhe um
beijo nos lábios.
-
Tens de te habituar a dar-me beijos quando vais embora… - falou baixo, voltando a dar-lhe um beijo.
-
Depois falamos sobre isso… - Milicent
virou-se para Marlene, pegou-lhe na mão e as duas começaram a andar – Como é
que vieste?
-
Carro, está por ali – Marlene começou
a conduzir Milicent para o sítio onde estava o carro – Porque é que disseste
aquilo, Mi?
- Saiu-me…e
ele gostou porque bem vi lá um sorriso.
-
Mi…isto não é a típica história onde uma começa a namorar com um e a outra com
o melhor amigo!
-
Não, não é…porque eu e o Marco não somos namorados.
-
É…são amigos com benefícios de namorados…trata-te!
-
Ele é casado.
-
E pediu o divórcio ontem à noite – as duas
chegaram ao carro e Marlene deu as chaves à melhor amiga. Seria mais fácil, já
que Marlene não sabia onde é que a amiga vivia.
-
Mas pronto…desculpa – Milicent começou
a conduzir e pediu desculpa à amiga, percebendo que não tinha sido a melhor
forma de falar.
-
Não faz mal…aquele Götze é tão lindo, Mi!
-
Imagina ele a beijar esse teu sinal sexy no pescoço… - Milicent olhou de esgueira para a amiga,
referindo-se ao sinal que Marlene tinha no pescoço desde que nasceu.
-
Olha…tu metes-te com essas coisas ao jantar e eu corro dali para fora!
-
Não…a tua Mi controla-se.
-
Meninas, vocês ainda vão chegar atrasadas! – Renae falava
junto da porta do quarto da filha.
-
Entra mãe! – Milicent olhava-se ao espelho,
penteando o cabelo.
-
Mili, Mili…ui ui que vão cair os olhos ao rapaz.
-
Mãe!
- Eu disse-lhe o mesmo D. Renae! –
“Gritou”
Marlene da casa de banho. A verdade é que, desde que conheceu Marco, que
Milicent se sente mais confiante e pronta para usar roupas mais ousadas, mais
femininas. A escolha para o jantar a quatro tinha sido mais uma aposta nesse
sentido.
-
Fala ela que está ali à mais de meia hora! – Milicent
falou no mesmo tom de voz que a amiga esperando alguma resposta. Marlene não
falou e saiu da casa de banho – E depois são os olhos do Marco que vão cair,
mãe…aquelas pernas ali todas sexys para Mario Götze. Ui ui – a rapariga
gostava de ver a sua melhor amiga assim: linda e confiante. Tal e qual como ela
é.
- Olha,
não vou jantar com vocês!
-
Mare…por favor…estás toda sexy!
-
Mas não é por causa do Mario!
-
Queres ver que é por causa do Marco?! – Milicent
fingiu estar chocada e só viu uma almofada vir na sua direcção – Isso é dos
nervos…já te passam.
-
Vocês continuam as duas iguaizinhas… - comentou
Renae ao ver aquilo – E se não se despacharem chegam atrasadas.
-
Sim, sim. Vamos lá, senhora Götza – “Götza”
forma carinhosa de Milicent tratar a melhor amiga.
-
Ai, se tu não fosses a minha melhor amiga levavas porrada!
-
Vá, vamos lá – Milicent pegou
na mão de Marlene e as duas saíram do quarto.
-
Vêm dormir a casa? – Perguntou Renae.
-
Sim…é capaz, mãe. Eu aviso-te, não te preocupes.
-
Bom jantar meninas!
-
Obrigada! – As duas falaram em uníssono,
saindo de casa.
-
Tenho vontade de ser…a Marlene com eles, Mi… - as duas estavam a sair do carro, quando tal
afirmação surgiu por parte de Marlene.
-
A…Marlene toda solta e espontânea que não foi à tarde?
-
Sim…
-
Então…sê apenas tu. Eles são cinco estrelas, super descontraídos e hoje
jantamos no quarto. Podes ser espontânea à vontade.
-
O Marco faz-te mesmo bem…
-
Faz…
-
Vê-se…esse sorriso, esse à vontade está de volta. A Mi está de volta, super
apaixonada.
-
É…é Marco o culpado – Milicent colocou
o seu braço em torno do pescoço da melhor amiga e foram até ao hotel.
Como tinha combinado com Marco que iriam jantar no
quarto e não na sala de refeições, Milicent dirigiu-se, com a amiga,
directamente para lá. Ao chegarem à porta, bateu duas vezes na mesma e
esperaram pouco tempo para que a porta se abrisse.
Era Marco quem as esperava, com um sorriso enorme
nos lábios e super arranjado.
-
Olá meninas, façam favor de entrar – Marlene,
por ser a que estava mais à frente entrou primeiro, cumprimentando Marco com
dois beijos. Milicent entrou de seguida, fechando a porta.
De imediato, Marco colocou a sua mão direita nas
costas de Milicent puxando-a para si. Beijou-a, como se estivessem separados à
imenso tempo. Aquele beijo…começava a ir por outros caminhos. A mão livre de
Marco deslizou pelo corpo de Milicent, parando na coxa dela por baixo do
vestido.
-
Vocês controlem-se! Que vergonha…eu não te conhecia assim, Marco Reus! – A voz de Mario fez-se ouvir e, depressa, Milicent
largou Marco.
-
Olá Mario! – Milicent passou por Marco,
cumprimentando Mario.
-
Olá Milicent…vocês são frescos são – Milicent
riu-se, não lhe estava a apetecer responder…percebeu que Mario e Marlene já se
tinham cumprimentado.
-
Fica à vontade, Marlene – disse Marco,
tanto a sua princesa como Mario estavam já à vontade naquele ambiente. Marlene
é que era a mais recente companhia deles.
-
Obrigada. Trouxemos vinho…
-
Esquecemo-nos do vinho no carro, Mare – só ao
ouvir a melhor amiga falar do vinho é que se lembraram dele – Eu vou lá buscar.
-
Não, eu vou lá… - disse
Marlene.
-
Eu é que tenho a chave, eu vou. Eles não te mordem, babe.
-
Eu já te avisei, Milicent Werner!
-
E eu prometi…desculpa – dito isto,
Milicent saiu do quarto de hotel indo até ao carro de Marlene buscar o vinho.
-
Então…há quanto tempo é que conheces ali a Milicent? – Mario era quem metia conversa com Marlene, os dois
estavam sentados no sofá e Marco na cama, em frente deles.
-
Hum…desde sempre. Moramos em frente uma da outra e nascemos quase na mesma
altura.
-
Então são mesmo melhores amigas…
-
Acho que se nota, Mario – Marco meteu-se
na conversa que os dois estavam a ter.
-
Sim, nota-se. Então e tu ficas por cá quanto tempo?
-
Hum…uma semana.
-
É como eu…e tu és de Dortmund?
-
Puto, pára de chatear a Marlene. Desculpa…ele é chato de natureza.
-
Não tem mal…vocês são simpáticos e tu, Marco, fazes muito bem à minha Mi.
-
Vês, sou simpático – Mario falou,
aproximando-se mais de Marlene – e só estou a tentar arranjar-te uma
cunhada.
-
Acho que é melhor…procurares lá fora – disse Marlene.
-
Tens namorado?
-
Não mas…
-
Então…e mesmo que tivesses, aquele casou e olha no que deu… - Mario estava numa de insistir com Marlene, a verdade
é que não tinha ficado indiferente à beleza da melhor amiga de Milicent. E,
pelo que até agora está a conhecer do seu interior, tem uma vontade enorme de a
conhecer melhor.
-
Ei, Marlene, não ponhas música portuguesa. Assim não entendemos nada…
-
Isto é português? – Perguntou
Mario quando ouviu o pedido de Milicent. Já tinha jantado e agora estavam a
ouvir música. Cada um ia escolhendo as músicas e tinha sido a vez de Marlene.
Optou por “Curtição” de Anselmo Ralph.
-
Eles também não entendiam o “Nossa, nossa, assim você me mata” e dançavam. E
sim, é português de Portugal, minha terra Mario – Marlene sentou-se no sofá e ficou a olhar fixamente
para a melhor amiga.
-
Que foi?
-
Isto é da tua terra…
-
Não, é da terra do meu avô. E tu sabes que eu sei muito pouco de português.
-
Sim…mas sabes o que é fundamental fazer com esta música.
-
Que é…?
-
Dançar – Milicent sabia perfeitamente ao
que a melhor amiga se referia. Kizomba…aquele estilo de dança quente, sensual,
provocador que ela sabe dançar.
-
Tu não sabes…e eles muito menos.
-
Eu sei dançar! O “Nossa, nossa, assim você me mata” é a minha especialidade – atirou Marco.
-
Bebé…isso comparado com o que se pede nesta música…é nada.
-
É assim tão difícil?
-
É preciso muito pouco movimento de pernas e muito movimento de ancas.
-
E…a minha anca não se mexe bem? Anda, ensina-me… - Marco desafiava-a com um certo toque a sedução. Um
certo desejo começava a surgir em Milicent…a sua mãe havia-lhe ensinado a
dançar kizomba (por ser das poucas coisas que trás do lado do seu pai) quando
era muito pequena e, desde sempre, dançar aquele estilo de dança a fascinava.
Fazia com que o seu corpo todo se libertasse e os movimentos eram certos.
Nunca arranjou ninguém que dançasse bem,
principalmente rapazes. As raparigas ainda se iam arranjando, mas rapazes
nenhum.
Marco estava de pé, com a mão estendida na direcção
de Milicent. A rapariga levantou-se, agarrou-lhe na mão e foram até ao espaço
onde não havia muita mobília que os atrapalhasse.
-
Geralmente, as mãos do homem acabam por quase ao pé o rabo da mulher… - Marco olhou-a com alguma estranheza, mas passou os
seus braços por entre os de Milicent, colocando as suas duas mãos um pouco
acima do rabo de Milicent.
-
Assim?
-
Sim…com o andar da coisa ainda vais parar mais abaixo – os dois estavam muito próximos um do outro e, ao
falarem, quase que sussurravam um para o outro – as pernas…tens de as abrir
um bocado, que é para eu conseguir por um bocadinho da minha no meio – Marco
seguia as directrizes de Milicent e acabou por puxá-la ainda mais para ele –
agora…a ideia é seduzir, movimentares a anca…assim – Milicent colocou uma
mão sua por dentro da camisola de Marco agarrando-o com firmeza. A outra mão
deixou-a solta, à vontade, e começou a exemplificar o que fazer com a anca.
Como é natural do kizomba, aquilo exigia entrega e
sedução. Muitas são as pessoas que dizem que dançar este estilo de dança é
quase como fazer amor dançando. Os movimentos são excêntricos, são de sedução,
de calor, de entrega.
Marco acabou por separar um pouco a sua testa da de
Milicent para olhar a cintura dela, para saber como fazer.
-
Não olhes…sente apenas a minha anca – os olhos
de Marco voltaram a estar presos nos de Milicent e, em poucos minutos, já os
dois estavam em sintonia. Foi então que Milicent começou a prestar atenção à
letra da música:
O plano entre nós
Era só uma curtição
E era proibido amar
Ou falar de paixão
- Sabes o que é que a música diz? – Os dois
estavam tão embrenhados um no outro que sentiam a respiração ofegante de cada
um e não sabiam qual seria a sua.
- O que?
- São duas pessoas que se envolveram…e o plano era
só curtirem, não podiam falar de amar ou de paixão…
- E olha o resultado que deu para nós… - Marco
percebeu que Milicent estava a referir-se a eles os dois. Puxou Milicent ainda
mais para si, levando a sua mão para a coxa dela e os seus lábios para o
pescoço da rapariga.
- Se aqueles dois não estivessem cá…isto ia por
outros caminhos – Milicent mantinha a sua mão dentro da camisola de
Marco e os movimentos da dança aumentavam a intensidade, os olhares enchiam-se
de fogo, começavam os beijos mais picantes e as mordidelas mais atrevidas. Não
queriam saber que estavam acompanhados, afinal Marlene e Mario já tinham
começado a dançar também. Era cada um por si e eles não se importavam de…serem
ousados um com o outro naquela dança.
-
Estou a ficar louco, Mili…
-
Já senti…
-
Quero ficar sozinho…contigo, seres só minha, naquela cama.
-
Daqui a nada vais é para um banho gelado…
-
Se viesses comigo ficava bem quente – Marco subiu
a sua mão até à nádega de Milicent, apertando-a.
-
Controla-te…eles estão ali – Milicent,
por mais que quisesse parecer estar “normal” não conseguiu. Sentiu um certo
calor subir-lhe até à cabeça, fechou os olhos mordendo o seu próprio lábio.
A mão de Marco voltou à coxa de Milicent e os dois
olharam-se.
-
És a mulher da minha vida. Dás-me coisas…que nunca me deram, fazes-me feliz
como nunca fui.
- E
tu…fizeste-me aprender a amar de verdade. És o melhor que Dortmund e aquela
discoteca me podiam ter dado – a música
continuava a tocar, mas eles já tinham parado de dançá-la à alguns segundos.
Acabaram por se beijar de uma forma completamente apaixonada.
-
Mas tu estás doido!? – Os dois
quebraram aquele beijo com o elevado tom de voz de Marlene. Marco virou
Milicent ao contrário para verem o que se passava com aqueles dois e, um estalo
bem no centro da bochecha de Mario apareceu.
-
Mare!?
-
Ele beijou-me, Mi!
-
Sim…e deste-lhe um estalo?
-
E…?
-
O quarto dele fica ao fundo do corredor – respondeu,
desta vez, Marco.
-
Faço minhas as palavras do Marco… - Mario
sorria…tinha acabado de levar um estalo mas estava a sorrir.
-
Vocês querem é ficar os dois a fazerem filhos!
-
Dão-nos mais depressa vocês os dois um sobrinho do que nós a vocês – Milicent olhava fixamente para a amiga rindo-se.
-
Nem comento… - Marlene pegou
na sua mala, nos sapatos e todos pensavam que ela se ia embora.
-
Mare…não vás já embora – disse Milicent,
ficando assustada porque a amiga poderia ter levado as coisas a mal.
-
Eu vou embora vou…para o quarto ao fundo do corredor – sem dizer mais nada, ou olhar para mais ninguém, Marlene
saiu do quarto de Marco.
-
Bem…portem-se bem – disse Mario,
começando a sair do quarto.
-
Aqueles dois, amanhã vão aparecer com cara de caso, arranhados e a dizer que
querem distância um do outro. Vai uma aposta? – Marco era quem falava, já que Milicent bebia mais um
pouco de vinho.
-
Não…prefiro apostar em ti, no teu corpo e naquela cama.
Marco nada disse e apenas tomou
os lábios de Milicent de assalto. Teriam mais uma noite deles, mais uma noite
em que seriam apenas e só um do outro.