segunda-feira, 5 de setembro de 2016

49º Capitulo: “Tu não vais aguentar até ao fim do jogo”

- Estava a ver que ias ficar eternamente com o teu rapaz! – disse Marlene, assim que Milicent chegou perto dela.
- Não, não mas acabei de assistir a uma cena que nunca pensei ser possível – Milicent sentou-se ao lado da amiga e Marten, de imediato, começou a esticar os seus braços na direcção de Marlene – já está a querer fugir de mim, sou assim tão chata que nem o meu filho aguenta comigo?
- Nada disso, ele quer testar o meu colo – Marlene pegou em Marten ao colo, colocando o menino sentado de frente para si – e também deve achar piada a esta barriga gigantesca! – sim, Marten tinha ido para o colo de Marlene e a primeira coisa que fazia ela mexer na barriga dela – boa, Marten, continua com isso pode ser que acalmes o teu companheiro do futuro.
- Continua assim tão agitado?
- Continua...mas ele que aguente mais uma semana! Não dava muito jeito nascer em Dortmund.
- Eu acho que ele vai querer nascer no sitio mais bonito da Alemanha  - Marlene olhou para a amiga, quase chocada com o que ela disse – estou a ser sincera! Não me parece que vás conseguir sair de Dortmund sem que ele nasça.
- Não digas isso! Eu não sei se estou preparada para que ele nasça já.
- Claro que estás. Tu tens imensa prática com bebés! Basta ver a tua relação com o Marten...e se nascer aqui, já viste a quantidade de pessoas que tinhas para te ajudar?
- Eu não quero que o meu filho nasça num estádio, Milicent! – perante a afirmação da amiga, Milicent não teve outra reacção a não ser rir-se. Estava a tentar acalmá-la, coisa que não estava a resultar muito bem – vamos esquecer o nascimento do Erik, o que é que tu viste que não esperavas?
- Isto! – Milicent pegou no seu telemóvel, mostrando a imagem que tinha tirado à pouco menos de dez minutos.
- Acho que devias publicar essa imagem e envergonhá-los! Nota-se que estão apaixonados, oh Mi! – Marlene riu-se e Marlene aconchegou Marten nos seus braços – porque é que eles se abraçaram?
- Foi a primeira vez que estiveram juntos desde toda a situação que me envolve...então queriam pedir desculpa um ao outro e, olha, eu não consegui ouvir a conversa mas eles ainda falaram por algum tempo.
- O Marco faz-nos um resumo intensivo dessa conversa! Ai vai fazer, vai.
- É bom que eles resolvam as coisas. Ou que, pelo menos, falem delas...eu sei que o que fiz não é certo – Milicent olhou para Marlene...pois! O único que sabia do relacionamento todo entre Milicent e Thiago era Mario – eu não devia ter dado esperanças ao Thiago – Milicent não queria que a amiga soubesse desse pormenor, pelo menos por agora – e que coloquei o Marco numa situação complicada. Mas tu sabes que eu sou uma pessoa que procura ter e dar afeto...e quando eu fui para Munique tanto eu como o Thiago precisávamos disso.
- Ninguém te poderá criticar por isso...
- É complicado, Marlene.
- Houve mais do que aquilo que eu sei, não houve? – Milicent não conseguia não sentir-se envergonhada ao ouvir aquela pergunta. Acabou por olhar para as suas mãos, reparando que Marlene se riu – eu sabia. O Mario bem pode ter feito um esforço enorme para não me contar, mas eu sabia que tu já tinhas falado com ele. Aquele almoço teve de ter alguma razão para além da minha gravidez. Mi – Marlene agarrou as mãos da amiga, fazendo com que Milicent a olhasse – posso apenas perguntar-te se alguma vez tiveste duvidas em voltar para o Marco?
- Não. Isso nunca esteve em causa. Eu amo-o e...amo tudo o que temos criado até hoje.
- Arrependeste?
- Não sei. Eu estava frágil, ele também e...eu não sei Marlene. E eu não sei como e quando contar isto ao Marco. Eu quero fazê-lo mas não quero estragar nada do que temos.
- Acho que só te posso dizer uma coisa...não lhe contares até agora foi uma boa decisão. Com as lesões e tudo, isso só iria destabilizar mais a vossa relação e, sinceramente, olha eu nem sei. O que é que o Mario te disse?
- Que ia guardar segredo, que tinha sido sexo de reconforto e que não poderia esconder por muito tempo. O Mario não berrou comigo, como eu esperava, nem tu o estás a fazer.
- Não o fazemos porque sabemos o que sentes por ele e o que se passa com o Thiago. Por isso, só podemos estar a teu lado e, olha, quando lhe contares eu espero que corra tudo bem.
- Obrigada, Mare...a sério – Milicent não resistiu e acabou mesmo por abraçar a amiga.
- De nada. Mas publica essa maravilhosa imagem que tens no teu telemóvel! É bastante reveladora das vontades do teu namorado e do Thiago – as duas riram-se e tomaram atenção ao jogo que estaria prestes a começar.

Antes de se dedicar apenas ao jogo e àquele momento, Milicent não resistiu mesmo em publicar e em brincar com aquela situação. 

Aquele momento em que descobres quem é o teu amor.

Com o golo de Lewandowski para o Bayern aos 35 minutos, o jogo tornou-se disputado mas sem grandes hipóteses de golos para ambas as partes. Milicent e Marlene passaram, até, mais tempo a falar uma com a outra do que concentradas a ver o jogo. Aplausos fizeram-se ouvir no estádio do Dortmund, capturando a atenção das duas raparigas. Não havia ninguém a ser substituído, não tinha sido golo...
- O que é que se está a passar? Será que o Klopp caiu e eu não vi? – perguntava Marlene.
- Muito provavelmente – as duas riram-se e as palmas abrandaram a sua intensidade.
- Olha! – Marlene, muito empolgada, começou a bater no ombro de Milicent apontando para o relvado.
- Sim...
- Não vês?
- Vejo. Jogadores do Bayern a aquecer...
- Está ali o Thiago! Olha ali – Marlene agarrou a cabeça de Milicent fazendo-a olhar para um ponto específico. E, sim, lá estava Thiago a aquecer. As palmas tinham sido para ele, quase de certeza – é ele não é?
- É Mare... – Milicent pouco conseguia dizer. Sabia o quanto significaria aquele momento, o quanto Thiago se deveria estar a sentir emocionado e nervoso.
Aguardou pela entrada de Thiago para o aplaudir, para, também ela, se emocionar.
- Um ano sem jogar deve ser do pior para eles... – comentou Marlene, depois de as duas se sentarem.
- Acho que ninguém estará preparado para os ajudar. O Thiago perdeu muita coisa com a lesão – Milicent olhou para Marlene – se do Marco foi o que foi...um ano de constantes tratamentos, dores, avanços e recuos deve ser horrível.
- O importante é que ele esteja de volta. Tanto ele como o nosso Marco – Marlene agarrou a mão de Marten que estava sentado ao colo de Milicent a dormir – estou cheia de dores, Mi – num tom de voz mais baixo mas audível para Milicent, Marlene acabou por fazer aquela confissão.
- Como assim dores, Mare?
- Não sei. Eram só às vezes mas estão a tornar-se cada vez mais.
- Tu estás com contracções. E eu tenho de te levar ao hospital...estás a controlar o espaço de tempo entre essas dores?
- Deixei de o fazer quando passaram a ser tão constantes.
- Então vá, toca a andar. Temos de nos pôr a milhas daqui.
- Mas o jogo ainda não acabou.
- Sim, sim, Marlene. Tu não vais aguentar até ao fim do jogo – Milicent levantou-se, olhando para a amiga que permanecia sentada a olhar para ela – eu não estou a brincar, temos mesmo de ir.
- Estás demasiado calma. Pensei que fosses ficar toda eufórica neste momento.
- Eu também, acredita. Mas aprendi que devemos ter calma nestes momentos e fazer as coisas com calma. Vá, anda – Milicent estendeu a sua mão na direcção da amiga, sorrindo-lhe.
As duas saíram do estádio, dirigindo-se para o carro de Milicent. Enquanto Marlene se apressou em ir sentar no lugar do pendura, Milicent colocou Marten no banco traseiro começando a conduzir de seguida.
- Temos de os avisar.
- Fazemos isso quando chegarmos ao hospital.
- Estás mesmo muito calma, miúda!
- Acho que não irias gostar de ter uma futura tia toda exaltada e ansiosa... – Milicent conduzia mais depressa do que o habitual e Marten, depois de uma curva mais acentuada, começou a rir-se na sua cadeirinha – quem diria que éramos nós a levar a tia para ter o Erik, não era? – Milicent falou diretamente para o filho, fazendo com que ele se voltasse a rir – pois é, bebé. Vamos conhecer o Erik hoje!
- Agora sim, agora estás a ficar animada e nervosa – sim, estava. Marlene conhecia melhor a amiga do que ninguém e, para estar a falar tanto e tão seguido, Milicent estaria a ficar mesmo animada e nervosa – eu não vou ter o meu médico cá...
- Não te preocupes, calma! Pega aí o meu telemóvel – Milicent entregou a sua mala para Marlene que, com calma, procurou o telemóvel de Milicent.
- Está aqui.
- Procura por Rose e começa a chamada em alta voz, por favor – Marlene fez o que a amiga pediu e, em pouco tempo, Rose atendeu a chamada.
- Milicent, está tudo bem?
- Olá Rose, sim está tudo bem. Desculpa estar, provavelmente, a incomodar...
- Não tem problema. Estava na minha pausa para lanche...
- Então, estás no hospital ou na clínica?
- Hoje estou no hospital, porquê? Não me digas que vem aí o bebé número dois?
- Vem, vem. Mas não é dentro de mim. A Marlene, a minha melhor amiga, ela entrou em trabalho de parto. Ela é de Munique e não tem cá o médico...
- Quanto tempo demoram a chegar às urgências?
- Mais...dez minutos, provavelmente. Ou menos, eu acho que estou a conduzir depressa – todas se riram e Milicent acabou por desviar o seu olhar, por momentos, para Marlene.
- Vou estar à vossa espera para cuidar da tua amiga e do bebé dela.
- Oh Rose, obrigada! O que seria de mim sem a melhor obstetra do planeta!?
- Não exageres. Vou terminar o meu lanche e tu tem cuidado com as curvas. Isso poderá acelerar o parto!
- Ok, ok. Mais uma vez, muito obrigada Rose!
- De nada foi Rose quem desligou a chamada, fazendo com que Marlene voltasse a colocar o telemóvel na mala da amiga.
- Fica descansada, a Rose é tipo a melhor pessoa que eu conheci para trazer bebés ao mundo!
- Obrigada, Mi.
- De nada. Eu tenho de começar a exercer o meu papel de madrinha, não é? Não posso deixar que falte uma peça tão importante para o nascimento do meu afilhado.
Milicent acabou por demorar os exatos 10 minutos a chegar ao hospital, tal como tinha dito a Rose. E, como combinado, tinha a sua obstetra à espera na entrada do hospital.
- Rose, obrigada! – Milicent precipitou-se em cumprimentá-la, olhando depois para Marlene – é a Marlene, que tem umas contrações um bocadinho estranhas! Mare é a Rose, a melhor obstetra do mundo!
- Exagerada! – comentou Rose, olhando para Marlene – como é que as contrações são estranhas?
- Pararam assim que começamos a dirigir-nos para cá – respondeu Marlene.
- Ainda deves estar no início. Vamos entrar e ver como é que isto vai correr daqui para a frente – tanto Milicent como Marlene seguiram Rose para o interior do hospital e, enquanto a médica tratou de ir observar e colocar Marlene o mais confortável possível, Milicent tratou de preencher todos os papéis para a inscrição de Marlene nas urgências do hospital.
Quando estava despachada daquele procedimento, reparou que, àquelas horas, já o jogo teria acabado. Pegou no seu telemóvel, ligando para Marco. Pouco tempo bastou para que ele atendesse.
- Eu já estou quase despachado, calma.
- É bom que estejas é! Vim com a Marlene para o hospital, é provável que o Erik nasça nas próximas horas!
- A sério?!
- Achas que eu brincaria com uma situação destas? Óbvio que não! Nós estamos no hospital, ela está a ser observada pela Rose e, bom, avisas o Mario ou queres que lhe ligue?
- Eu vou ter com ele agora. E levo-o para aí. Estão no mesmo hospital de sempre?
- Sim. Achei melhor virmos para aqui, está cá a Rose e...já a conhecemos, não é?
- Claro, claro. Fizeste bem, nós vamos para aí assim que eu encontrar o Mario.
- Ok. Quando chegares diz – antes de desligar, Milicent ainda ouviu um “está bem” do outro lado da linha. Marten começava a ficar irrequieto, estaria na hora do biberão – vamos ter de encontrar a tia para pousar as coisas e dar-te comida, Marten – o menino riu-se e Milicent acabou por se rir com ele.
Encontrou uma enfermeira no corredor, perguntando-lhe se sabia onde estava a sua amiga e, depois de uma pequena espera, conseguiu saber que Marlene teria sido enviada para um quarto. Meio apressada, percorreu os corredores daquele hospital até que encontrou aquele onde estava Marlene. Bateu à porta, abrindo-a de seguida.
- Cá estás tu!
- E mais valia não termos vindo para cá – Milicent, pela resposta que Marlene lhe dava, percebeu que a amiga estava um pouco alterada – isto vai demorar, ainda tenho pouca dilatação! Dava perfeitamente para termos ido para Munique que o Erik nascia lá!
- Achas mesmo que eu te ia deixar ir num avião assim?
- Oh! – Milicent colocou a sua mala, bem como a de Marten em cima do cadeirão azul ao lado da cama de Marlene, colocando o menino junto da amiga.
- Pensa assim, vamos ter imenso tempo para falar e cuidar do Marten as duas.
- E eu morrer de dores! – Marlene colocou Marten mais junto dela e o menino acabou por se aconchegar a ela – o que é que ele tem?
- Para começar, tem fome. E deve estar com sono para se estar a aninhar a ti. Normalmente ele faz isso com o Marco.
- É bom saber que ele me vê como um pai! – as duas riram-se e Marten ficou a olhar para a mãe, mexendo as suas mãos como que a pedir o seu colo.
- Mã! Dá, dá!
- A mãe dá, dá.
- Agora quer colo? – perguntou Marlene.
- Não, ele quer comer – Milicent tirou da mala de Marten tudo o que ia precisar – só não sei como ferver a água...
- De certeza que a enfermeira ajuda – Marlene tocou no botão cor de laranja e, pouco depois, uma enfermeira entra no quarto.
- Chamou? Sente alguma dor?
- Não, não. Por agora eu estou bem, obrigada. Mas, como vê, temos aqui um bebé e ele precisa de comer...há alguma forma de nos ajudar a ferver a água?
- Claro, é para leite ou papa?
- É para papa – respondeu Milicent, mostrando o que tinha nas mãos.
- Eu ajuda-a – a enfermeira pegou na taça que Milicent tinha na mão, ausentando-se a seguir.
- Já liguei ao Marco – avisou Milicent, olhando para a amiga – não tarda nada estão eles aí.
- Dois para chatear! O Mario não pode ficar...ele tem de ir para Munique. Isto vai demorar horas, imensas horas!
- Não sejas tola – Milicent percebia que a amiga começava a pensar demasiado no que estaria para acontecer. Alguém bateu à porta com alguma violência, assustando-as.
- De certeza que foi o Mario! – as duas riram-se e Milicent foi abrir a porta. Sim, era mesmo Mario e Marco – o que é que eu disse? Deves estar com pressa, Mario.
- Cala-te! – depressa se juntou a Marlene, dando-lhe um beijo na testa – estás com muitas dores? Queres que te vá buscar alguma coisa?
- Vamos esclarecer aqui uma coisa: não te ponhas com tantas perguntas, assim não corres o risco de ser corrido daqui ao pontapé!
- Ah, boa. O nosso filho vai nascer e tu estás de mau humor, adoro! Isto vai correr tão bem... – Milicent e Marco riram-se, capturando a atenção dos dois – e vocês estão a rir-se não sei porquê! Lá porque a Milicent não tem destas mudanças não quer dizer que tenham o direito de se rir – Marlene deu-lhe uma palmada no braço, fazendo com que Mario a olhasse.
- Eu não tenho mudanças, está bem? Eu...só estou com medo!
- Não tenhas medo, pipoquinha! Tens aí um parceiro a teu lado – apontou para Marten que permanecia encostado a Marlene a chuchar no dedo – tens-nos a nós. Vai correr tudo bem.
- Sim, sim. Isso é tudo muito bonito mas quem tem as dores sou eu – Milicent sentiu as mãos de Marco irem ao encontro da sua barriga e todo seu corpo ser puxado de encontro ao dele.
- Ela tem estado sempre assim?
- Mais ou menos...acho que é um misto de animação com nervosismo. É normal – virou-se para Marco, colocando as suas mãos sobre o peito do namorado – a enfermeira foi ferver água para fazer a papa ao Marten, depois podíamos ir até casa, arrumávamos umas coisinhas dele e deixávamos o menino com a tua mãe? Achas que ela se importaria?
- Claro que não. E, sim, podemos fazer isso, o Marten aqui não tem grande influência na matéria.
- Só se for para influenciar o Erik a sair depressa – os dois riram-se e Milicent encostou a sua cabeça ao peito de Marco – eu não sei o que falaste com o Thiago...mas foi bonito de se ver.
- E de publicar nas redes sociais! Já vi o que andaste a dizer – os dois riram-se e acabaram por se olhar – foi bom que ele voltasse a jogar.
- Foi mesmo – todos foram interrompidos pela entrada da enfermeira no quarto, com a taça de Milicent na mão – oh, muito obrigada!
- De nada, querida. Qualquer coisa que precisem é só dizer.
Depois de agradecer mais uma vez, Milicent preparou a papa para Marten que, assim que viu o que a mãe fazia, nunca mais parou quieto.
- Posso ser eu a dar-lhe? – perguntou Mario.
- Tu? Ainda vais engasgar o miúdo! Eu se fosse a vocês não o deixava – comentou Marlene, olhando para Milicent.
- Ela não sabe o que diz, deve ser efeito dos analgésicos. Posso?
- Claro – respondeu Milicent, entregando-lhe a taça – vais ter de arranjar uma estratégia para o manteres quieto.
- Isso é fácil! – Mario olhou para Marten que se mantinha atento a olhar para a taça – tu queres disto não queres? – o menino riu-se fazendo com que Mario também se risse – então vais parar quieto, ficar sentadinho que eu dou-te, pode ser?
- Como se ele fosse cumprir o que tu lhe pedes...
- Shiu, Marlene. Vocês não sabem mas nós temos uma relação muito intima – Mario ajeitou Marten para que o menino ficasse sentado e encostado a Marlene. Enquanto Mario lhe deu o comer, Marten nunca se mexeu estando sempre a olhar para ele e a rir-se enquanto Mario lhe ia fazendo algumas caretas – vocês todos queriam que ele comesse sempre assim, admitam.
- Estás com sorte, apenas isso – afirmou Marco.
- Cala-te, loirinho.
- Nós, a seguir, vamos até casa – informou Milicent – vamos juntar umas coisinhas do Marten, trocar de roupa e deixá-lo com a Manuela. Não sabemos quanto tempo demorará até que o Erik nos venha conhecer e, assim, ele fica mais sossegado com a avó.
- Oh! Ele ia gostar tanto de estar com o padrinho, não era meu gordo? – Mario deu um beijo na bochecha de Marten, acabando por levar com uma palmada do menino na bochecha – ah eu dou-te comida, beijinhos e levo com uma chapada? Saíste mesmo aos teus pais! – Marten riu-se, fazendo com que todos se rissem também.

- Ele adormeceu, Marco...
- Assim já não lhe damos banho – Marco olhou através do retrovisor reparando que Milicent também o olhava – estás muito bonita hoje, sabias?
- Acredita que tu também, querido namorado! Ao teres sido tão querido, pode ser que tenhas conseguido ganhar alguma coisa...
- Ai ganhei...
- Desde que não demoremos, acho que sim – os dois riram-se e Marco parou o carro em frente do portão de sua casa – aquela é...
- A Camile...
Camile, a mãe do Loresn...o que é que isto poderia querer dizer? Tanto Milicent como Marco ficaram sem saber se saiam do carro ou não. Ficaram sem saber o que pensar ou o que dizer. Mas tinham de fazer alguma coisa, tinham de agir. 


Olá meninas!
Cá está mais um capítulo! Espero que seja do vosso agrado e que estejam a gostar do rumo desta história. Sei que não publico há quase três meses mas o fim de mais um ano de faculdade e as férias não mo possibilitaram. Devo confessar que também espero por comentários para perceber qual é a vossa opinião. 
Espero que continuem desse lado porque eu aqui estou deste.
Beijinhos, 
Ana Patrícia.