domingo, 19 de fevereiro de 2017

52º Capitulo: “Posso fazer-te uma proposta?”

- Está, finalmente, a dormir – disse Milicent, chegando à sala. Sentou-se no sofá, deitando de seguida a sua cabeça sobre as pernas de Marco – o Mario?
- Eu acho que ele está a tomar banho.
- Ainda bem que ele veio connosco, ele está super cansado. Desde que acabou o jogo ainda não deve ter tido um bocado para se deitar numa cama…
- Não é que ele merecesse – Milicent olhou o namorado que acabou por se rir – mas, sim, ainda bem que ele veio. Assim descansa, a Marlene também e amanhã já pode ir mais fresco buscá-la.
- Será que eles vão ficar por cá muito tempo? – virou-se de barriga para baixo, ficando com a sua cabeça sobre a barriga de Marco – a Marlene e o Erik…
- Não sei. O Mario vai embora amanhã à noite e eu duvido que ela vá aguentar por aqui muito tempo sozinha.
- Ela não está sozinha – Marco levou a sua mão ao cabelo da namorada, misturando os seus dedos com os fios de cabelo de Milicent – ela tem os pais, tem-nos a nós…
- Mili. Nenhuma mãe pela primeira vez vai querer passar os primeiros dias do bebé sem o pai da criança – Milicent, por breves segundos desviou o seu olhar do de Marco voltando logo de seguida a olhá-lo – aposto que também não irias estar tão bem se eu não estivesse cá quando o Marten nasceu…
- Mas era diferente…
- Não é assim tão diferente – Marco agarrou a mão da namorada, entrelaçando-a com a sua – eu ia para outro continente e o Mario vai estar noutro lado do país. Da mesma forma que tu ias sentir a minha ausência, a Marlene vai sentir a ausência do Mario.
- Andas tão… - Milicent não sabia qual a palavra certa para o descrever naquele momento e Marco começou a rir-se – não te rias! Eu não estou a conseguir achar a palavra!
- Não precisas de a achar. Eu só estou a ser sincero…e acho que era o que ias acabar por sentir, não?
- Acho que sim. Fez-me muita confusão ter-te visto a sair do hospital e depois não te ver mais? Claro que fez…
- Então tu entendes a Marlene. Vais compreender que ela, assim que possa, vá ter com o pai da criança.
- Sim…eu sei. Mas acho que os queria por cá mais tempo, sabes? Eu tenho saudades de sair de casa e simplesmente ir a casa da Marlene a correr porque precisava de lhe contar alguma coisa.
- Eu percebo. Também é difícil não ter o Mario por cá…nós também éramos mais ou menos assim.
- Então tu entendes, isso é bom. Eu só queria mesmo mais tempo com ela…sabes, quando saíres de Dortmund vai ser um dia super triste – Milicent mudou completamente de assunto de um momento para o outro, vendo uma expressão completamente confusa na cara de Marco – eu sei, mudei de assunto depressa demais não foi?
- Um bocado…mas triste?
- Sim. Os miúdos adoram-te, os mais velhos adoram-te…tu és um ídolo para muitos dos meninos que tentam o futebol como profissão. Vai ser triste quando saíres daqui.
- Tu vens comigo nesse dia? – Milicent esboçou, logo de seguida, um sincero e bonito sorriso.
- Claro que vou. Seria demasiado burra em deixar-te ir sozinho e, além do mais…iria pôr tudo o que tínhamos criado em espera. E eu não quero fazer isso com o que temos. É demasiado importante. Vais ter é de aceitar as minhas escapadelas para visitar toda a família de vez em quando…
- Acho que consigo lidar com essas escapadelas, sim – Marco depositou um beijo na testa da namorada, sorrindo-lhe.
- Querem ver que vim interromper os preliminares? – a voz de Mario fez-se ouvir na sala e, tanto Milicent como Marco acabaram por rir – já vi que não – Milicent sentou-se como deve ser no sofá, reparando que Mario se sentava do outro lado junto a Marco.
- Não me digas que tinhas assim tantas saudades do meu esposo?
- Casaram e não me disseram nada?
- Claro que casamos! Convidamos toda a gente menos a tua pessoa – Marco só se ria e Milicent acabou por fazer o mesmo – é quase esposo, vai dar ao mesmo.
- Que eu saiba ainda nem sequer fiz o pedido – atirou Marco para espanto da namorada.
- E não te ponhas com ideias para o fazeres, sim? Temos tempo! O Mario é que está com saudades tuas – Marco passou o seu braço por cima dos ombros de Mario, puxando Milicent para junto dele.
- Este deve achar que é bom – Mario depressa lhe deu uma palmada na barriga, olhando para Milicent – faz lá cafunés à tua namorada e outras coisas que eu não preciso.
- És pobre e mal agradecido, tu! – comentou Milicent – só não te despromovo de padrinho porque parece mal.
- Serias incapaz de tal coisa!
- Pois seria – acabou por confessar – e, agora que aqui estás… - sentou-se como deve ser no sofá, olhando para ele – o que é que achas de o Marten ir para o infantário?
- Eu não sou o pai da criança! Eu não tenho nada a ver com isso, sabes?
- Oh, nós só queremos uma opinião – acabou por dizer Marco – tanto eu como a Milicent já começamos a pensar nisso. Ele vai fazer um ano dentro de um mês e uns dias, começava em Setembro e era bom para conhecer outros meninos.
- E eu retomava a procura de trabalho, de iniciar a minha carreira em pediatria a sério – acrescentou Milicent.
- Vocês estão tão crescidos! Eu acho, então, que devem avançar com isso. Enquanto estiveste em Munique a trabalhar…tu chegavas a casa tão feliz que nos fazias feliz a nós, Mi. E tu tens jeito com as crianças, estás mais do que preparada para começar a sério e, quem sabe, ainda te vamos eleger como a pediatra do nosso Erik… - Milicent esticou-se na direção de Mario, abraçando-o.
- Obrigada.
- De nada, Mi – Mario abraçou-a mas muito depressa a viu chegar-se para trás de volta ao seu lugar.
- Eu vou ter de começar a mandar emails e a experimentar coisas. Queria muito estar num dos hospitais mais centrais aqui em Dortmund mas vou ter de esperar e ver o que me acontece.
- De certeza que vai conseguir – disse Marco, levando a sua mão às costas de Milicent – e vai ser, finalmente, a minha oportunidade de te ver de bata branca!
- Não me digas que tens um fetiche oculto por médicas e nunca lhe pediste que te satisfizesse? – perante aquela pergunta de Mario não conseguiram fazer outra coisa, se não rir. Tudo à volta de Milicent começava a ganhar forma, começava a ganhar um rumo e com pessoas maravilhosas do seu lado.


- Mas vocês despacham-se ou não? – perguntava Marlene, fazendo com que todos se rissem. Tinham ido buscá-la ao hospital e a jovem mostrava-se impaciente – não sei do que é que se estão a rir…eu estou desejosa de chegar a casa!
- Eu sei o que isso é, sei – acabou por confessar Milicent agarrando o filho pela mão e colocando as malas de Marlene ao ombro.
- A tua chegada a casa foi bem dolorosa… - Milicent olhou para Mario, lembrando-se daquele exato momento.

- O Marco? – Milicent, com alguma dificuldade, sentava-se no sofá com a ajuda da mãe e da avó.
- Querida, o Marco está no jogo como sabes.
- Liguem a televisão – tanto Jolandi como Renae não estavam a conseguir entender aquela preocupação que viam nos olhos de Milicent – liguem a televisão, por favor. Eu acho que lhe aconteceu alguma coisa – eu só espero que isto seja um pressentimento errado. Estava com a sensação de que tinha acontecido alguma coisa com Marco, no momento em que entrou em casa sentiu que algo não estava bem.
- Onde é que têm o comando?
- Não sei, avó. Mas ligue só a televisão, talvez o comando esteja por aí – Milicent apontou para o pequeno móvel olhando para Marten que dormia sossegado na sua alcofa. A viagem do hospital até casa não era longa mas ele tinha adormecido. Milicent sentia-se tranquila a olhar para Marten, mas o som da televisão…quebrou toda a tranquilidade.
- …poderá ser uma enorme perda para a selecção. Vamos ter de aguardar por mais informações, mas não nos parece que seja algo pequeno – eram os comentadores do jogo que falavam e Milicent olhou para o televisor. Tinha sido intervalo do jogo.
Tinha a avó e a mãe especadas a olhar para ela e Milicent focou-se no televisor. Estavam a dar o resumo da primeira parte…e ela viu o pé esquerdo de Marco sofrer a entorse, viu o Marco cair no chão agarrado ao pé e as lágrimas escorriam-lhe pela cara ao ver o sofrimento em que Marco estava.
- Eu não acredito…
- Mili, tem calma, filha – Renae ajoelhou-se à frente da filha, levando as suas mãos até à cara de Milicent.
- Mãe…é o Marco. Não, não, não isto não lhe pode estar a acontecer. Ele lutou tanto para estar ali, trabalhou e desafiou-se a ele mesmo. Como é que pode acabar tudo assim? Sem ele ir para o Brasil, sem ele ter a hipótese de jogar o Mundial? Como? – Milicent estava completamente atónita. Não conseguia encontrar qualquer força dentro de si para acreditar que poderia ser algo pouco grave. O estado em que se viu que o pé de Marco estava…era grave demais para ser algo pequeno.
- Não sei que te diga, querida. Mas nós temos de ser fortes…pelo Marco. Temos de encontrar aquela força e esperança para acreditar que ele está bem.
- O que é que eu faço aqui sentada? Ele está a precisar de alguém…lá. Os pais dele ficaram comigo, as irmãs também…era suposto elas irem ter com ele amanhã, antes de ele apanhar o avião. Mãe, o Marco precisa de alguém ao pé dele!

As lágrimas tinham-se apoderado de Milicent ao relembrar aquele dia que tanto a tinha marcado.
- Ei… - Marco depressa se aproximou da namorada, levando a sua mão até à cintura de Milicent que, logo de seguida, pousou a sua cabeça no peito do namorado – então, meu amor?
- Mã bebé! – os dois não resistiram e acabaram por se rir com aquela saída de Marten.
- Já viste? – Marco baixou-se, pegando no filho ao colo – a mãe é um bebé a chorar assim, não é?
- Bebé, mã! – Milicent riu-se, limpando as lágrimas que teimavam em cair-lhe pela cara.
- Ai eu é que sou o bebé? – passou a sua mão para a barriga do filho, fazendo-lhe cócegas – tu é que és o bebé.
- Do pai! – Milicent viu o filho abraçar Marco que piscou o olho à namorada.
- Ai é do pai? Então não te dou mais miminho!
- Tá.
- Eu estou feita ao bife com este rapaz! – cada vez mais era percetível a personalidade super vincada de Marten. Tinha muita mistura dos dois: a teimosia, sem dúvida, era dos dois mas foi buscar um lado meigo de Marco e aquela vontade de não parar quieto de Milicent. Mas começavam a perceber aquela vontade louca dele dizer tudo o que lhe apeteça.
- Vá, vamos – Marco deu a mão a Milicent e os dois saíram do quarto, encontrando-se com os amigos a meio do corredor.
- Já fizeste a rapariga chorar, Marco? – questionou Marlene depois de olhar para a amiga.
- Eu? Alguma vez? Foi o teu namorado que a fez lembrar do dia em que chegou a casa!
- Só fazes asneira, Mario Götze! – todos se riram, saindo do hospital. Estranharam não haver uma resposta de Mario mas ia tão entretido a olhar para o babycoque onde ia o filho que, o mais provável, seria não ter ouvido.
Milicent foi com o namorado e o filho até ao carro para, de seguida, se encaminharem para casa de Marlene.
- Achas que, depois, dá para dar um saltinho a casa dos meus avós? – perguntou Milicent, olhando para o namorado através do retrovisor.
- Claro. Já não os vemos há algum tempo…
- Queria falar com a minha avó sobre as opções que tenho em cima da mesa.
- Acho que fazes muito bem! Ela saberá aconselhar-te melhor do que ninguém.
- Pode ser que ela me conte mais alguma história de quando eras pequeno e ias ao médico… - os dois riram-se e Milicent percebeu que Marten tinha adormecido – acho impressionante como é que ele adormece tão depressa!
- Muita sorte temos nós! Não nos dá noites muito complicadas.
- É um anjinho este menino!
- Que sejam assim os próximos – os dois voltaram a olhar-se e Milicent parecia estar mais apreensiva do que Marco – que foi?
- Já queres pensar no próximo?
- Não…não é que tenha pressa mas é algo que quero. Tu não?
- Claro que é – passou a sua mão para o peito do namorado, sempre a olhá-lo – temos é de marcar para uma altura que não haja euros nem mundiais! – os dois riram-se e depressa chegaram a casa de Marlene – agora está este rapaz a dormir… - saiu do carro, indo até à outra porta para conseguir tirar o filho da cadeirinha. Assim que o teve nos seus braços, sentiu Marco a abraçá-la por trás – olha…o que é que me queres pedir?
- Eu? Nada – Marco depositou-lhe um beijo no pescoço – não posso dar miminho, é?
- Podes, podes…
- Posso fazer-te uma proposta?
- Eu sabia! – virou-se para Marco, vendo-o rir à gargalhada – não te rias! Eu conheço-te como as palmas das minhas mãos, rapazinho!
- Eu sei – aproximou-se rápido da namorada, roubando-lhe um beijo super rápido.
- Diz lá, vá. Rápido antes que percas a oportunidade!
- Ainda não é nada em concreto mas…o Marcel vai lançar uma marca de roupa – Milicent ficou surpreendida com aquela afirmação de Marco – é eu também tive essa reação – os dois acabaram por se rir – ele pediu-me para ser um dos modelos masculinos a usar a roupa para a campanha…
- Oh…mas é roupa mesmo? Ou roupa interior?
- Hum! – Marco levou as suas mãos até ao rabo da namorada, puxando-a para junto dele – se fosse roupa interior ias ter ciúmes?
- Claro! Eu posso muito bem partilhar o meu homem com cartazes gigantes por Dortmund mas em roupa interior o assunto muda de figura…
- Se fosse de roupa interior eu não teria esta proposta para te fazer – Marco piscou-lhe o olho – aceitas pensar, já que só em Julho é que ele vai avançar com tudo, em seres a modelo feminina?
- Não! Eu? Porquê eu? Vocês podem ir buscar modelos lindíssimas alemãs que fazem melhor figura que eu – Milicent falava tão depressa que Marco a teve de calar com um beijo super demorado e calmo.
- Sabes eu já disse ao Marcel que eras tu… - disse Marco assim que interrompeu aquele beijo.
- Se eu não tivesse as mãos ocupadas com este bebé, levavas já uma palmada! Isso não pode ser assim…eu não sou modelo, eu não tenho qualquer tipo de à vontade nessas coisas!
- E achas que eu tenho?
- Mais do que eu deves ter de certeza!
- Eu acho que te irias safar muito bem! E, além do mais, vais estar comigo…
- Vou pensar no teu caso!
- Mas pensa com carinho… - levou as suas mãos ao pescoço da namorada, dando-lhe mais um beijo.
- Vais andar a subornar-me com beijos e coisinhas queridas até que diga que sim, estou mesmo a ver – os dois riram-se, acabando por ir até à porta de casa de Marlene.
Seria ali que ela iria ficar durante os próximos dias, mesmo que Mario se fosse embora no final daquele dia. Assim que entraram em casa de Marlene viram-na logo junto de Erik.
- Olha outra que fica petrificada a olhar para o filho… - disse Marco, fazendo com que Marlene lhe atirasse logo uma almofada – eh lá que ela é violenta!
- Meteste-te com ela é o que dá! – Milicent sentou-se no sofá, com Marten nos seus braços a dormir, olhando para a amiga que estava no chão – ela está apaixonada, não há nada que possamos fazer – Marlene olhou-a.
- Até parece que vocês não são assim ainda hoje!
- São, são! – interrompeu Mario – ontem, antes de irem dormir, ficaram a olhar para o Marten os dois parados à porta do quarto de menino.
- Vês Marco Reus? – Marlene olhou-o – eu sabia!
- Eu também sempre soube que o teu namorado era um cusco de primeira – todos se riram e Marlene voltou a fixar o seu olhar no filho.
- Os teus pais? – perguntou Milicent, fotografando aquilo que tinha na sua frente.
- Assim que chegaram foram buscar a minha avó para ela ver o Erik.
- Então…nós podíamos ir até casa da minha avó, Marco – Milicent olhou-o – assim eles ficam sozinhos durante um bocadinho!
- A tua namorada às vezes pensa – tanto Milicent como Marlene olharam para Mario que se riu – eu estou a brincar, caramba!
- Estás, estás – Milicent levantou-se, indo até junto do namorado – nós depois voltamos, queridos! – voltaram a sair de casa, fechando a porta – desculpa…mas eles, provavelmente, precisam deste bocadinho para eles, não achas?
- Acho sim senhora! – Marco passou o seu braço para cima dos ombros de Milicent – queres que o leve?
- Não. Ele não é assim tão pesado…e a casa da minha avó é já ali – desde pequenas que sempre viveram assim. Perto uma da outra e todas estas mudanças tinham atingido Milicent de uma forma que nem ela se tinha apercebido.
Fizeram o percurso até à sua antiga casa, tocando à campainha assim que chegaram à porta. Não demorou muito até que se abrisse, era Abelard. O avô.
- Vejam só quem são eles! – logo aí, Milicent soube que já estava em falha com os avós há algum tempo – entrem! – Abelard deu-lhes passagem e, antes de irem até à sala, os dois o cumprimentaram – Jolandi! Temos visitas! – falou na direção da cozinha – sentem-se! – os dois sentaram-se lado a lado, vendo o avô sentar-se à frente deles – então?! Já cá não vinham há muito tempo!
- Pois não…e temos de pedir desculpa por isso mas tem sido uma loucura os últimos tempos.
- Então e o rapaz adormeceu? – perguntou, olhando para o bisneto.
- Desde que saímos da maternidade para ir buscar a Marlene – respondeu Marco – o que ele mais faz é dormir em viagens – os três riram-se e, nesse momento, Jolandi chega à sala.
- Oh meus queridos! – Marco levantou-se de imediato para cumprimentar Jolandi que, de seguida, se sentou ao lado da neta – estava a ver que nunca mais nos visitavam!
- Avó, desculpa… - Milicent encostou a sua cabeça no ombro da avó – com tudo o que se tem passado…
- Já soube do Loresn…como é que está a Camile?
- Acho que se vai aguentando como pode…também lhe devia ir fazer uma visita.
- Fico muito contente que tenham cá vindo – Jolandi passou um dos seus braços para as costas da neta, levando a sua outra mão à face de Marten – está tão bonito o nosso menino.
- Cada vez mais parecido com a mãe! Então na teimosia… - atirou Marco, fazendo com que Milicent o olhasse – não me olhes assim! A personalidade desse rapaz é a fotocópia da tua!
- Já que nas parecenças físicas foi buscar tudo ao pai – Jolandi riu-se e Milicent acabou por se afastar da avó.
- Menos o cabelo, sim? – todos se riram e Milicent viu logo o seu avô começar a falar com Marco sobre o Borussia – avó, podemos falar?
- Claro, querida, aconteceu alguma coisa?
- Não, não…vou começar a ponderar todos os hospitais na área. Quero começar a trabalhar na minha área lá para Agosto ou Setembro.
- Isso é tão bom – Jolandi passou a sua mão pela cara da neta, beijando-lhe a testa de seguida – e porquê só nessa altura?
- O Marten só faz ano dentro de umas semanas e ainda queria aproveitar as férias do Marco com ele. E, depois, também pensamos que o Marten poderia ir para o infantário em Setembro também…
- Já? Ele ainda é tão pequeno, Mi – Milicent olhou para o filho – eu entendo o que queres fazer. Que queiras deixá-lo com alguém responsável, num sitio onde ele possa conviver com meninos da idade dele. Mas, ambas sabemos, que os miminhos dos avós são sempre melhores – Milicent riu-se olhando para a avó.
- O que é que estás a sugerir?
- Que o vás deixando connosco, com os teus pais e os do Marco. Tenho quase a certeza que todos seriam de acordo com essa ideia.
- Tenho de falar com o Marco…mas nós não queremos sobrecarregar ninguém. Não parece justo para nós que fiquem com ele.
- Esta conversa que estás a ter comigo só a precisas de ter com todos. E ver o que te dizem. Já sabes a minha opinião.
- Obrigada… - Milicent sorriu – outra coisa. De todas as opções que tenho em Dortmund, no que diz respeito à pediatria, qual é a melhor?
- Hum. Por experiência própria o hospital central tem a melhor ala de pediatria do país! – Jolandi não tinha sido apenas médica em Dortmund. Antes de se fixar nesta cidade, andou por Berlim, Estugarda e Munique – mas também tens o centro pediátrico que é muito bom. Ambas são ótimas opções e, se precisares de ajuda, eu posso fazer uns contatos.
- Não… - disse muito prontamente – eu quero fazer as coisas à minha maneira, avó. Pelo meu currículo e não pelos contatos.
- Eu já sabia que ias dizer isso – Jolandi sorriu, voltando a beijar a testa da neta – vou fazer um lanchinho! – Milicent não poderia contrariar a avó. Ela iria insistir e levar a ideia dela em diante.

Aproveitou que Marten ainda dormia e Marco ainda falava com o avô para publicar a fotografia que tinha tirado há pouco a Marlene e Erik. 

A mãe e bebé mais espetaculares do mundo!


Olá meninas! 
Eu sei, eu sei. Já há algum tempo que não trazia capítulos. Seja nesta fic, ou nas outras que tenho. Mas, se querem que vos diga, tem sido complicado arranjar inspiração para pegar nestas histórias. Este capítulo já é um dos que tinha de reserva e, por isso, é que está aqui. Espero que seja apenas uma fase, até porque quero terminar com a Veo Que Te Debo Tanto y Lo Siento este ano. 
Espero pelos vossos comentários! 
Beijinhos, 
Ana Patrícia. 

1 comentário:

  1. Olá :)
    Finalmente consegui ler ahahah
    Não tenho muito a dizer, sinceramente, talvez porque não tenho tido dias fáceis (uns problemas), só posso dizer que gostei e quero mais :)
    E espero que não desistas das fic's ;)
    Beijos :*

    ResponderEliminar