domingo, 18 de maio de 2014

10º Capitulo: “Tens aí o teu gajo e eu é que faço falta?”

- Quem é? – Marco via que Milicent sorria, logo não poderia ser ninguém que trouxesse problemas…em principio.
- É a minha melhor amiga, Marco… - Milicent olhou para ele, sorriu-lhe e retirou o cinto – O que é que ela está aqui a fazer? Ela não me disse que vinha… - abriu a porta do carro saindo do mesmo.
- As pessoas gostam de fazer surpresas, Milicent! – Marco falou um pouco mais alto, do interior do carro para que Milicent ouvisse.
A rapariga começou a caminhar em direcção de Marlene, da sua melhor amiga, a “irmã de outra mãe” como diziam.
- Mare! – Quase nem dava tempo à amiga para se virar para ela, os seus passos foram de tal forma apressados que o abraço entre as duas foi imediato – Que fazes aqui? Porque é que não me disseste que vinhas a Berlim? Ai eu tinha tantas saudades dos teus abraços! Sinto falta de ti! – Milicent quase nem deixava a amiga respirar. Abanava-a e nem dava espaço para que a rapariga respirar.
- Se não me sufocares eu explico-te tudo…
- Ai desculpa – Milicent soltou a amiga, agarrando na mão dela – é das saudades… - uma pequena lágrima escorreu pela bochecha da rapariga, fazendo com que Marlene a limpasse.
- Eu não quero que chores oh tonta…
- Fazes-me tanta falta aqui…
- Não digas asneiras! Tens aí o teu gajo e eu é que faço falta?
- Olha, nem comento – Milicent sabia que Marlene estava a brincar com ela, caso contrário teria ripostado algum tipo de resposta mais torta.
- Tu também fazes muita falta em Dortmund…
- Como é que estão as coisas lá?
- Tudo na mesma…mais seca porque a minha parceira está aqui, mas está tudo bem. Tenho aí umas coisas que os teus avós mandaram.
- Oh obrigada…mas tu vieste porque? Não tens aulas? – Tudo aquilo era estranho na cabeça de Milicent. As aulas só acabariam dentro de uma semana e Marlene não estava de férias.
- Já entreguei todos os trabalhos, fiz todos os testes e safei-me às cadeiras todas…acho que mereço uma semaninha com a minha babe.
- Vais cá ficar uma semana!? – Milicent não conseguia esconder a sua felicidade e abraçou a amiga – A minha mãe vai gostar de ter mais uma menina lá por casa! E eu vou dormir contigo, vamos falar tanto do que aconteceu nos últimos dias!
- Mi…duvido muito disso.
- Porque?
- Vais querer dormir com o Marco e não comigo.
- Podemos sempre dormir os três…e o Marco leva o melhor amigo dele…
- Ai de ti!
- Diz lá que não ias gostar de conhecer o Mario? Ele é cinco estrelas, Mare.
- Olha, mudas-te de opinião sobre ele foi?
- É…mas, espera – Milicent olhou na direcção do carro de Marco, percebendo que ele estava no exterior do mesmo a falar com Mario. Fez sinal ao seu…amante para que fossem ter com elas. Não o trataria como namorado…obvio que não.
- Milicent Werner, o que é que tu estás a pensar fazer?
- Dar-te a conhecer os homens das nossas vidas, Marlene Costa – Marlene é filha de pais portugueses, mas nasceu na Alemanha. Conhece a cultura do país dos pais, sabe falar e percebe o português mas sente-se mais alemã.
Não demorou muito até que os dois rapazes chegassem perto das raparigas. Marco teve a necessidade de ficar do lado de Milicent, colocando a sua mão direita nas costas dela. Milicent sorriu…aquele toque dava-lhe segurança e amor. Apenas o toque de Marco lhe transmitia muitos sentimentos.
- Boa tarde… - Marco e Mario disseram os dois ao mesmo tempo e ficaram, os dois, a olhar para Marlene.
- Boa…tarde – Milicent percebeu que a amiga tinha ficado um pouco contida…a verdade era que, a presença de Mario Götze, baralhava os fusíveis de Marlene.
- Marco, Mario, esta é a Marlene. A minha melhor amiga, a minha irmã de outra mãe. Mare…é o Marco, eu e ele coiso…tu sabes. E é o Mario, o melhor amigo dele – todos acabaram por rir pela forma como Milicent tinha apresentado Marco, a verdade é que até à manhã daquele dia eles eram, apenas, amantes.
Tanto Marco como Mario, cumprimentaram Marlene com dois beijos. Marco, por ter sido o primeiro, já havia regressado para junto de Milicent ficando, desta vez, atrás dela rodeando a cintura dela com os seus braços.
- Vocês…já andam assim em público? – Marlene fazia a pergunta que lhe estava a passar pela cabeça desde que tinha visto o gesto de Marco. Milicent levantou um pouco a cabeça, olhando para Marco sem saber ao certo o que responder.
Nenhum dos dois respondia, e foi Mario que teve a iniciativa de dar resposta a Marlene.
- Não os queiras ver em privado…é só mel. Foram feitos um para o outro, é o que é – Marlene ficara sem saber o que responder…afinal tinha sido Mario a responder-lhe. A pessoa que ela mais admirava. Ao contrário de Milicent, Marlene não tinha ficado tão decepcionada com a saída de Mario do Dortmund…sabia que era para o melhor dele.
- Vocês guardem lá os comentários sobre mim e o Marco para depois…bom, a Mare vai ficar cá uma semana. Fica em minha casa, temos as cenas dela para levar. Jantamos os quatro mais daqui a pouco?
- Por mim… - Marco respondeu fechando mais os seus braços, apertando Milicent para si.
- Eu também estou cá…e conhecer alguém que não tenha só mel…é interessante – respondeu Mario.
- Não uses a minha cena com o Marco para engatares a minha coisinha boa. Ela já é tua…só naquela – os olhos de Marlene estavam mais esbugalhados do que nunca…e Mario também a olhava com espanto marcado no seu semblante. Milicent tinha colocado as coisas em termos pouco acertados – Eu não disse nada, esqueçam o que ouviram. Às oito vamos ter com vocês ao hotel, portem-se bem coisinhas – Milicent começou a caminhar para junto de Marlene, quando Marco a puxou para ele dando-lhe um beijo nos lábios.
- Tens de te habituar a dar-me beijos quando vais embora… - falou baixo, voltando a dar-lhe um beijo.
- Depois falamos sobre isso… - Milicent virou-se para Marlene, pegou-lhe na mão e as duas começaram a andar – Como é que vieste?
- Carro, está por ali – Marlene começou a conduzir Milicent para o sítio onde estava o carro – Porque é que disseste aquilo, Mi?
- Saiu-me…e ele gostou porque bem vi lá um sorriso.
- Mi…isto não é a típica história onde uma começa a namorar com um e a outra com o melhor amigo!
- Não, não é…porque eu e o Marco não somos namorados.
- É…são amigos com benefícios de namorados…trata-te!
- Ele é casado.
- E pediu o divórcio ontem à noite – as duas chegaram ao carro e Marlene deu as chaves à melhor amiga. Seria mais fácil, já que Marlene não sabia onde é que a amiga vivia.
- Mas pronto…desculpa – Milicent começou a conduzir e pediu desculpa à amiga, percebendo que não tinha sido a melhor forma de falar.
- Não faz mal…aquele Götze é tão lindo, Mi!
- Imagina ele a beijar esse teu sinal sexy no pescoço… - Milicent olhou de esgueira para a amiga, referindo-se ao sinal que Marlene tinha no pescoço desde que nasceu.
- Olha…tu metes-te com essas coisas ao jantar e eu corro dali para fora!
- Não…a tua Mi controla-se.


- Meninas, vocês ainda vão chegar atrasadas! – Renae falava junto da porta do quarto da filha.
- Entra mãe! – Milicent olhava-se ao espelho, penteando o cabelo.
- Mili, Mili…ui ui que vão cair os olhos ao rapaz.
- Mãe!
- Eu disse-lhe o mesmo D. Renae! – “Gritou” Marlene da casa de banho. A verdade é que, desde que conheceu Marco, que Milicent se sente mais confiante e pronta para usar roupas mais ousadas, mais femininas. A escolha para o jantar a quatro tinha sido mais uma aposta nesse sentido.


- Fala ela que está ali à mais de meia hora! – Milicent falou no mesmo tom de voz que a amiga esperando alguma resposta. Marlene não falou e saiu da casa de banho – E depois são os olhos do Marco que vão cair, mãe…aquelas pernas ali todas sexys para Mario Götze. Ui ui – a rapariga gostava de ver a sua melhor amiga assim: linda e confiante. Tal e qual como ela é.


- Olha, não vou jantar com vocês!
- Mare…por favor…estás toda sexy!
- Mas não é por causa do Mario!
- Queres ver que é por causa do Marco?! – Milicent fingiu estar chocada e só viu uma almofada vir na sua direcção – Isso é dos nervos…já te passam.
- Vocês continuam as duas iguaizinhas… - comentou Renae ao ver aquilo – E se não se despacharem chegam atrasadas.
- Sim, sim. Vamos lá, senhora Götza – “Götza” forma carinhosa de Milicent tratar a melhor amiga.
- Ai, se tu não fosses a minha melhor amiga levavas porrada!
- Vá, vamos lá – Milicent pegou na mão de Marlene e as duas saíram do quarto.
- Vêm dormir a casa? – Perguntou Renae.
- Sim…é capaz, mãe. Eu aviso-te, não te preocupes.
- Bom jantar meninas!
- Obrigada! – As duas falaram em uníssono, saindo de casa.

- Tenho vontade de ser…a Marlene com eles, Mi… - as duas estavam a sair do carro, quando tal afirmação surgiu por parte de Marlene.
- A…Marlene toda solta e espontânea que não foi à tarde?
- Sim…
- Então…sê apenas tu. Eles são cinco estrelas, super descontraídos e hoje jantamos no quarto. Podes ser espontânea à vontade.
- O Marco faz-te mesmo bem…
- Faz…
- Vê-se…esse sorriso, esse à vontade está de volta. A Mi está de volta, super apaixonada.
- É…é Marco o culpado – Milicent colocou o seu braço em torno do pescoço da melhor amiga e foram até ao hotel.
Como tinha combinado com Marco que iriam jantar no quarto e não na sala de refeições, Milicent dirigiu-se, com a amiga, directamente para lá. Ao chegarem à porta, bateu duas vezes na mesma e esperaram pouco tempo para que a porta se abrisse.
Era Marco quem as esperava, com um sorriso enorme nos lábios e super arranjado.
- Olá meninas, façam favor de entrar – Marlene, por ser a que estava mais à frente entrou primeiro, cumprimentando Marco com dois beijos. Milicent entrou de seguida, fechando a porta.
De imediato, Marco colocou a sua mão direita nas costas de Milicent puxando-a para si. Beijou-a, como se estivessem separados à imenso tempo. Aquele beijo…começava a ir por outros caminhos. A mão livre de Marco deslizou pelo corpo de Milicent, parando na coxa dela por baixo do vestido.
- Vocês controlem-se! Que vergonha…eu não te conhecia assim, Marco Reus! – A voz de Mario fez-se ouvir e, depressa, Milicent largou Marco.
- Olá Mario! – Milicent passou por Marco, cumprimentando Mario.
- Olá Milicent…vocês são frescos são – Milicent riu-se, não lhe estava a apetecer responder…percebeu que Mario e Marlene já se tinham cumprimentado.
- Fica à vontade, Marlene – disse Marco, tanto a sua princesa como Mario estavam já à vontade naquele ambiente. Marlene é que era a mais recente companhia deles.
- Obrigada. Trouxemos vinho…
- Esquecemo-nos do vinho no carro, Mare – só ao ouvir a melhor amiga falar do vinho é que se lembraram dele – Eu vou lá buscar.
- Não, eu vou lá… - disse Marlene.
- Eu é que tenho a chave, eu vou. Eles não te mordem, babe.
- Eu já te avisei, Milicent Werner!
- E eu prometi…desculpa – dito isto, Milicent saiu do quarto de hotel indo até ao carro de Marlene buscar o vinho.
- Então…há quanto tempo é que conheces ali a Milicent? – Mario era quem metia conversa com Marlene, os dois estavam sentados no sofá e Marco na cama, em frente deles.
- Hum…desde sempre. Moramos em frente uma da outra e nascemos quase na mesma altura.
- Então são mesmo melhores amigas…
- Acho que se nota, Mario – Marco meteu-se na conversa que os dois estavam a ter.
- Sim, nota-se. Então e tu ficas por cá quanto tempo?
- Hum…uma semana.
- É como eu…e tu és de Dortmund?
- Puto, pára de chatear a Marlene. Desculpa…ele é chato de natureza.
- Não tem mal…vocês são simpáticos e tu, Marco, fazes muito bem à minha Mi.
- Vês, sou simpático – Mario falou, aproximando-se mais de Marlene – e só estou a tentar arranjar-te uma cunhada.
- Acho que é melhor…procurares lá fora – disse Marlene.
- Tens namorado?
- Não mas…
- Então…e mesmo que tivesses, aquele casou e olha no que deu… - Mario estava numa de insistir com Marlene, a verdade é que não tinha ficado indiferente à beleza da melhor amiga de Milicent. E, pelo que até agora está a conhecer do seu interior, tem uma vontade enorme de a conhecer melhor.

- Ei, Marlene, não ponhas música portuguesa. Assim não entendemos nada…
- Isto é português? – Perguntou Mario quando ouviu o pedido de Milicent. Já tinha jantado e agora estavam a ouvir música. Cada um ia escolhendo as músicas e tinha sido a vez de Marlene. Optou por “Curtição” de Anselmo Ralph.
- Eles também não entendiam o “Nossa, nossa, assim você me mata” e dançavam. E sim, é português de Portugal, minha terra Mario – Marlene sentou-se no sofá e ficou a olhar fixamente para a melhor amiga.
- Que foi?
- Isto é da tua terra…
- Não, é da terra do meu avô. E tu sabes que eu sei muito pouco de português.
- Sim…mas sabes o que é fundamental fazer com esta música.
- Que é…?
- Dançar – Milicent sabia perfeitamente ao que a melhor amiga se referia. Kizomba…aquele estilo de dança quente, sensual, provocador que ela sabe dançar.
- Tu não sabes…e eles muito menos.
- Eu sei dançar! O “Nossa, nossa, assim você me mata” é a minha especialidade – atirou Marco.
- Bebé…isso comparado com o que se pede nesta música…é nada.
- É assim tão difícil?
- É preciso muito pouco movimento de pernas e muito movimento de ancas.
- E…a minha anca não se mexe bem? Anda, ensina-me… - Marco desafiava-a com um certo toque a sedução. Um certo desejo começava a surgir em Milicent…a sua mãe havia-lhe ensinado a dançar kizomba (por ser das poucas coisas que trás do lado do seu pai) quando era muito pequena e, desde sempre, dançar aquele estilo de dança a fascinava. Fazia com que o seu corpo todo se libertasse e os movimentos eram certos.
Nunca arranjou ninguém que dançasse bem, principalmente rapazes. As raparigas ainda se iam arranjando, mas rapazes nenhum.
Marco estava de pé, com a mão estendida na direcção de Milicent. A rapariga levantou-se, agarrou-lhe na mão e foram até ao espaço onde não havia muita mobília que os atrapalhasse.
- Geralmente, as mãos do homem acabam por quase ao pé o rabo da mulher… - Marco olhou-a com alguma estranheza, mas passou os seus braços por entre os de Milicent, colocando as suas duas mãos um pouco acima do rabo de Milicent.
- Assim?
- Sim…com o andar da coisa ainda vais parar mais abaixo – os dois estavam muito próximos um do outro e, ao falarem, quase que sussurravam um para o outro – as pernas…tens de as abrir um bocado, que é para eu conseguir por um bocadinho da minha no meio – Marco seguia as directrizes de Milicent e acabou por puxá-la ainda mais para ele – agora…a ideia é seduzir, movimentares a anca…assim – Milicent colocou uma mão sua por dentro da camisola de Marco agarrando-o com firmeza. A outra mão deixou-a solta, à vontade, e começou a exemplificar o que fazer com a anca.
Como é natural do kizomba, aquilo exigia entrega e sedução. Muitas são as pessoas que dizem que dançar este estilo de dança é quase como fazer amor dançando. Os movimentos são excêntricos, são de sedução, de calor, de entrega.
Marco acabou por separar um pouco a sua testa da de Milicent para olhar a cintura dela, para saber como fazer.
- Não olhes…sente apenas a minha anca – os olhos de Marco voltaram a estar presos nos de Milicent e, em poucos minutos, já os dois estavam em sintonia. Foi então que Milicent começou a prestar atenção à letra da música:

O plano entre nós
Era só uma curtição
E era proibido amar
Ou falar de paixão

- Sabes o que é que a música diz? – Os dois estavam tão embrenhados um no outro que sentiam a respiração ofegante de cada um e não sabiam qual seria a sua.
- O que?
- São duas pessoas que se envolveram…e o plano era só curtirem, não podiam falar de amar ou de paixão…
- E olha o resultado que deu para nós… - Marco percebeu que Milicent estava a referir-se a eles os dois. Puxou Milicent ainda mais para si, levando a sua mão para a coxa dela e os seus lábios para o pescoço da rapariga.
- Se aqueles dois não estivessem cá…isto ia por outros caminhos – Milicent mantinha a sua mão dentro da camisola de Marco e os movimentos da dança aumentavam a intensidade, os olhares enchiam-se de fogo, começavam os beijos mais picantes e as mordidelas mais atrevidas. Não queriam saber que estavam acompanhados, afinal Marlene e Mario já tinham começado a dançar também. Era cada um por si e eles não se importavam de…serem ousados um com o outro naquela dança.
- Estou a ficar louco, Mili…
- Já senti…
- Quero ficar sozinho…contigo, seres só minha, naquela cama.
- Daqui a nada vais é para um banho gelado…
- Se viesses comigo ficava bem quente – Marco subiu a sua mão até à nádega de Milicent, apertando-a.
- Controla-te…eles estão ali – Milicent, por mais que quisesse parecer estar “normal” não conseguiu. Sentiu um certo calor subir-lhe até à cabeça, fechou os olhos mordendo o seu próprio lábio.
A mão de Marco voltou à coxa de Milicent e os dois olharam-se.
- És a mulher da minha vida. Dás-me coisas…que nunca me deram, fazes-me feliz como nunca fui.
- E tu…fizeste-me aprender a amar de verdade. És o melhor que Dortmund e aquela discoteca me podiam ter dado – a música continuava a tocar, mas eles já tinham parado de dançá-la à alguns segundos. Acabaram por se beijar de uma forma completamente apaixonada.
- Mas tu estás doido!? – Os dois quebraram aquele beijo com o elevado tom de voz de Marlene. Marco virou Milicent ao contrário para verem o que se passava com aqueles dois e, um estalo bem no centro da bochecha de Mario apareceu.
- Mare!?
- Ele beijou-me, Mi!
- Sim…e deste-lhe um estalo?
- E…?
- O quarto dele fica ao fundo do corredor – respondeu, desta vez, Marco.
- Faço minhas as palavras do Marco… - Mario sorria…tinha acabado de levar um estalo mas estava a sorrir.
- Vocês querem é ficar os dois a fazerem filhos!
- Dão-nos mais depressa vocês os dois um sobrinho do que nós a vocês – Milicent olhava fixamente para a amiga rindo-se.
- Nem comento… - Marlene pegou na sua mala, nos sapatos e todos pensavam que ela se ia embora.
- Mare…não vás já embora – disse Milicent, ficando assustada porque a amiga poderia ter levado as coisas a mal.
- Eu vou embora vou…para o quarto ao fundo do corredor – sem dizer mais nada, ou olhar para mais ninguém, Marlene saiu do quarto de Marco.
- Bem…portem-se bem – disse Mario, começando a sair do quarto.
- Aqueles dois, amanhã vão aparecer com cara de caso, arranhados e a dizer que querem distância um do outro. Vai uma aposta? – Marco era quem falava, já que Milicent bebia mais um pouco de vinho.
- Não…prefiro apostar em ti, no teu corpo e naquela cama.
Marco nada disse e apenas tomou os lábios de Milicent de assalto. Teriam mais uma noite deles, mais uma noite em que seriam apenas e só um do outro.

6 comentários:

  1. Olá :)
    Amei este capitulo :)
    Eu amo estes dois, este casal de amantes apaixonados descomprometidos *.*
    Marlene e Mário?...isto vai dar boom :P
    Anselmo Ralph?...excelente escolha *.*
    Espero pelo próximo sff
    Bjs

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  2. Consegui ler,consegui ler!! :-P
    Eu estava desejosa de ler este capítulo, os meus palpites estavam todos errados,ahah, mas gostei desta visita da Marlene.
    A relação do Mário e da Marlene é do tipo "quanto mais me bates mais eu gosto de ti", quero ver como é que vai ser a noite deles.
    Adorei, melhor eu amei!!
    Quero o próximo
    Besos

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  3. Olá : )
    Ontem consegui ler os teus 10 capítulos e tenho a dizer que estou a agostar muito desta história. Tem um inicio diferente das que já existem e é muito cativante.
    Espero pelo proximo!
    Posta rápido sim? :p
    Beijinhos
    Ritááá xD

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  4. Olá *.*
    Isto é assim do tipo: viciante, mesmo muito :o
    Muito bonito o capitulo, todo bem fofinho.
    Hoje não estou de muitas palavras mas já sabes bem o que acho de cada capitulo e este não é diferente. Todo bonitinho e maravilhoso como sempre.
    Eles são aquela coisa que era nada e se tornou tudo que lutaram pela relação deles e isso é bem bonito
    Espero o next,
    Beijos *Rita

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  5. Ah meu Deus! Vê se arranjas maneira de nos contares o que vai acontecer no quarto ao fundo do corredor porque eu quero muito saber! Vá, nós sabemos bem o que vai acontecer mas queria mais detalhe da coisa estás a ver? Até porque é a primeira aventura daqueles dois e isso deixa me curiosa!
    Destes dois capítulos não posso deixar de destacar dois momentos marcantes para mim. Primeiro a forma como o marco escolheu dedicar o golo à Mili. Uma mão no rabo e outra na cabeça? Só eu é que ri muito a imaginar aquela posição? Ahahah
    E depois aquela "eu e o marco...coiso, tu sabes" foi a definição de relação mais sincera de sempre xD
    Adorei e espero o próximo!

    Ana Santos

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