domingo, 16 de outubro de 2016

50º Capitulo: “Vens comigo…ao funeral dele?”

 - Camile… - viu a senhora dirigir-se na direção dela, recebendo um forte abraço da mãe do seu ex-namorado. Camile apertava-a com uma força tal, que Milicent soube que algo não deveria estar bem – que se passa? – levou as suas mãos às costas de Camile, aconchegando-a naquele abraço.
Marco, depressa saiu do carro aproximando-se delas. Milicent fez-lhe sinal que deveriam entrar e, assim que o namorado abriu o portão de casa, começou a caminhar lado a lado com a mãe de Loresn.
- Que se passa, Camile?
- É o meu filho…
- Ele fez-lhe alguma coisa? – pelo choro continuo de Camile desde o momento em que a tinha abraçado, Milicent só pensou que Loresn pudesse ter feito alguma coisa à própria mãe – o Loresn magoou-a, Camile?
- Não… - Milicent abriu a porta de casa, encaminhando-se até à sala com Camile – ele não aparecia em casa há dois dias – confessou Camile, sentada ao lado de Milicent e olhando-a sempre com as lágrimas a escorrerem-lhe pela cara. Milicent via que no rosto daquela senhora havia muito sofrimento, havia muita tristeza – há dois dias que não tinha noticias dele e…Milicent ele morreu – Milicent, por breves segundos, sentiu as lágrimas querem sair-lhe pelos olhos de imediato. Sentiu-se triste, entendendo que, por mais coisas más que tenha vivido com Loresn, não conseguia esquecer tudo de bom que tinha vivido com ele – a policia veio hoje a minha casa, com os pertences dele…encontraram-no junto de um bar e desconfiam que tenha sido alguma coisa relacionada com as drogas – Milicent puxou Camile para si, abraçando-a.
- Eu…eu sinto muito, Camile – naquele momento, Marco aparece na sala ficando a olhar para a sua Milicent. Assim como ela o olhava e, sem serem precisas quaisquer palavras, de imediato percebeu que o seu namorado tinha ouvido o que Milicent tinha acabado de ouvir. Fez-lhe sinal que iria para o andar de cima com Marten e, quando não estava mais sob o alcance do olhar de Milicent, a rapariga olhou para Camile – eu sei que nada o poderá trazer de volta…mas, se precisar de alguma coisa poderá contar comigo.
- Obrigada, querida. Eu quis vir dizer-te isto pessoalmente…apesar de tudo o que ele te fez passar, eu sei que te preocupavas com ele. Que sempre foste uma grande namorada e não o deixaste quando mais precisou de ti…não queria incomodar, mas achei que o deverias saber.
- Claro, claro. E fez muito bem. O seu filho…ele foi o primeiro namorado a sério que tive e…obrigada por ter vindo.
- E vou andando – Camile levantou-se, olhando para Milicent – tenho de começar a tratar do funeral.
- Camile – Milicent levantou-se, agarrando a mão esquerda da senhora – tem alguém que a ajude?
- Tenho, não te preocupes – Camile levou a sua mão direita à cara de Milicent.
- Avise-me assim que souber onde e a que horas é o funeral, sim?
- Fica descansada…mas eu compreendo se não quiseres ir, minha querida.
- Eu vou.
- Obrigada – Camile voltou a intensificar o seu choro, abraçando de novo Milicent – obrigada por tudo o quanto fizeste por ele.
- De nada, Camile – ficaram, ainda, largos minutos nos braços uma da outra. Milicent compreendia que aquela senhora precisasse de um abraço mais demorado. E, sendo ela mãe, não imaginaria como seria estar no lugar de Camile.
- Eu vou andando – as duas olharam-se e Milicent acabou por lhe limpar as lágrimas que escorriam pela face de Camile – mais uma vez, obrigada.
- Não me agradeça, Camile. Quer que a leve a casa?
- Não, não. Deixa. Eu tenho a minha irmã a poucos metros daqui e vou ter com ela.
- Se precisar eu levo-a.
- Deixa, querida. Fica aqui com a tua família – Milicent acompanhou-a até ao portão despedindo-se, aí, da senhora.
Sentia-se estranha. Quase como se alguma da luz que havia dentro dela estivesse apagada. Quase como se, por alguma razão, estivesse a sentir uma dor silenciosa dentro de si que a consumia.
Assim que entrou em casa, dirigiu-se ao andar de cima e foi até ao quarto de Marten. O menino continuava a dormir, agora no seu berço, enquanto Marco colocava algumas coisas dentro da mala. Aproximou-se do namorado, percorrendo as costas dele com a sua mão.
- Precisas de ajuda?
- Não…só falta pôr aqui isto e já está – Marco fechou a mala, olhando para a namorada. Era visível que ela não estava bem…escusava de lhe fazer essa pergunta, saberia que ela não lhe iria conseguir mentir – podes chorar, Mili – ela olhou-o, recebendo um beijo na testa de seguida. Marco abraçou-a, sentindo a namorada a agarrá-lo de seguida – não faz mal chorar, pequenina.
Milicent, interiormente, agradecia aquelas palavras de Marco. Mas não conseguia chorar. Isso não significaria que não se sentisse triste, nem que não estaria a sofrer…mas não o conseguia fazer.
- Temos de ir para o hospital…
- Não queres esperar mais um bocadinho?
- Não – Milicent olhou-o – eu quero ir para lá…
- Tudo bem – Marco juntou os seus lábios aos dela, sentido as mãos de Milicent irem até ao seu pescoço. A rapariga acabou por quebrar o beijo para o abraçar a seguir.
- Obrigada.
- Nada disso – por alguns segundos, Milicent fechou os olhos respirando bem fundo. Sentiu o perfume de Marco entrar em si e a sensação de sempre estava ali, a sensação de ter o seu coração a encher à medida que o seu corpo relaxava por completo.
Afastou-se de Marco, olhando para o seu filho.
- Já telefonei à minha mãe. Ela já estava com saudades de ficar com ele.
- Ai, obrigada Marco – Milicent quase que o dizia com alivio na voz.
Saíram de casa em direção da casa dos pais de Marco, falando muito pouco. Na verdade, as únicas palavras que se ouviram durante toda a viagem foram aquelas que Marco trocara com Mario para saber qual o ponto de situação no hospital.
Deixaram Marten com os avós e, depois de breves minutos junto de Manuela e Thomas, seguiram viagem para o hospital.
- Vou ligar ao Mario – Milicent pegou no seu telemóvel, iniciando uma chamada para Mario – será que ela já avançou alguma coisa na dilatação?
- Muito provavelmente…
- O Mario não atende – assim que disse aquilo, do outro lado da linha começou a ouvir alguns barulhos – Mario?
- Espera aí! ouviu-o gritar e Marco rir-se.
- Ouviste?
- Sim!
- Estou aqui. A Marlene vai para o bloco de partos anunciou Mario, deixando Milicent meio sem reação estás aí?
- Estou, estou. Mas…vai já, Mario?
- Sim. Eu estava a vestir uma bata azul que me fica horrivelmente mal! – Milicent riu-se, sentindo a mão de Marco procurar a sua.
- Tenho a certeza que te fica a matar…Mario, toma conta deles e agarra-os bem! Aos dois, por favor!
- Até parece que eu não sei segurar um bebé ou a mão da Marlene!
- Mas…agarra-os bem, vá lá.
- Estás estranha! Mas sim, eu agarro-os bem. E vocês despachem-se.
- Sim, sim. Nós estamos quase a chegar.
- E eu tenho de ir.
- Boa sorte – Milicent desligou a chamada, colocando o telemóvel dentro da sua mala – ela vai entrar no bloco de partos.
- Estamos, então, a muito pouco tempo de conhecer o nosso sobrinho! – Marco estava animado e Milicent sentiu isso, acabando mesmo por sorrir. O namorado acabou por acelerar para chegar mesmo mais depressa ao hospital.

- Eu estou a passar-me!
- Nota-se, Mili…não é por nada – a partir da primeira meia hora desde que tinham chegado ao hospital que Milicent não conseguia ficar quieta. Ora se punha a andar até ao fundo do corredor, ora se sentava. Chegou a comer, mascar pastilhas e, até, desenhar num pedaço de papel que tinha na mala.
- Já passaram três horas, Marco!
- Babe – Marco levantou-se, passando os seus braços por cima dos ombros da namorada ao mesmo tempo que ela levou as suas mãos ao peito do namorado – lá porque o nosso Marten só demorou uma horinha, há bebés que demoram imensas horas!
- Eu sei, eu sei…mas eu estou ansiosa.
- E estás triste – Marco juntou a sua testa com a da namorada, mantendo o seu olhar preso ao dela – eu não preciso de te perguntar se estás bem porque, desde que soubeste o que a Camile te disse, eu sei que não estás. E, se tu precisares, por favor fala comigo. Lá porque ele é o teu ex-namorado…eu espero mesmo que saibas que podes falar comigo sobre ele.
- Há tantos dias que dou por mim a pensar naquela noite que nos conhecemos, sabes? – Marco sorriu, roubando-lhe um curto beijo.

- Deseja alguma coisa? - perguntou Milicent assim que Marco se debruçou sobre o balcão.
- Voltar atrás no tempo.
- Isso não servimos aqui.
- Se servissem podias dizer-me onde te encontrar, assim não me comprometia com quem vou casar.
- Isso é tão certo como eu ser a Angelina Jolie.
- Estavas à espera de encontrar aqui o Brad Pitt? - aquilo estava a irritá-la! Aquela voz sexy mas absolutamente irritante, aqueles olhos lindos mas profundamente atiradiços!
- Se ele me aparecesse aqui hoje testava-o.
- Podes sempre testar-me a mim.
- Era preciso que mudasse completamente de atitude. Além do mais... - Milicent inclinou-se sobre o balcão ficando perto dele - vais casar daqui a dois dias.
- Casamento não me impede de curtir.
- Trata-te! Faz lá a tua mulher muito feliz e façam muitos bebés. Se não queres beber nada eu vou continuar o meu trabalho.
- Podes levar uma rodada de shots de mel e vodka à mesa?

- Bem podíamos ir a essa mesma discoteca um dia destes. E pedir uns shots de mel e vodka.
- Acho que o mel só se inclui numa única bebida para mim: chá. Eu não pensei ser possível ficar assim – acabou por confessar Milicent, acabando por se afastar ligeiramente de Marco – tudo o que eu vivi com ele foi tão intenso que eu julguei nunca vir a conhecer ninguém que me desse tanto quanto ele me deu – Milicent agarrou a mão de Marco, depositando-a na sua barriga – tudo o que nós temos é muito mais do que eu alguma vez pensei vir a ter, Marco. Sobretudo depois de as coisas terem acabado daquela maneira. Não trocava nada do que tenho por nada que me pudessem oferecer porque esta…esta é a minha vida. E eu sou tão feliz com ela. Quando a Camile me disse que ele morreu… - Milicent virou costas, levando as suas mãos à cara – por poucos segundos eu não quis acreditar. Eu quis que ele estivesse vivo, eu quis que ele fosse tocar à nossa campainha para pedir ajuda de novo… - o choro tinha-se apoderado de Milicent. Todos aqueles sentimentos estranhos que a começavam a invadir deixavam-na sobressaltada. Se, por um lado se sentia angustiada, triste e com um peso enorme no seu peito, por outro lado sabia que era o fechar de um ciclo que lhe fazia mal, de um ciclo que se fechava e a aliviava em certo ponto.
- Ei, ei – Marco agarrou-a por trás, encostando a sua cara no pescoço da namorada – chora…chora tudo o que tiveres que chorar neste momento.
- Eu sinto-me mal, Marco. Eu sinto que um pedaço do meu passado foi completamente arrancado de mim! Por mais porcaria que ele pudesse ter feito, o Loresn foi o meu primeiro namorado…ele foi praticamente o primeiro em tudo! E eu sinto-me mal por falar contigo assim, sobre isto porque…
- Shh – Marco beijou-lhe o pescoço, aconchegando-a nos seus braços – sou o teu namorado agora, o pai do teu filho e, se um dia quiseres, serei teu marido e pai de mais uns quantos filhos teus. Tu vais poder partilhar tudo o que quiseres comigo, tudo o que te faça sentir bem e, sobretudo, tudo o que não te deixe bem – Milicent agarrou as mãos do namorado, virando-se para ele – tu és o melhor que me aconteceu e eu quero que contes comigo para qualquer coisa.
- Obrigada…
- Nada disso, meu amor.
- Vens comigo…ao funeral dele?
- Claro.
- Acho que não conseguiria ir sozinha…
- Eu vou contigo.
- Ele…ele não merecia um fim assim – Milicent não resistiu e acabou por deixar a sua cabeça cair sobre o peito de Marco e simplesmente chorar. Fazia-o como se lhe tivessem tirado mesmo um pedaço de si, ao ponto de Marco achar que nunca a teria visto assim.
- Tens de te acalmar, Mili – acabou por dizer – queres…que peça a alguém para te ajudar?
- Não…
- Então, anda sentar ali – os dois foram sentar-se e Milicent acabou por deitar a sua cabeça sobre o ombro de Marco – chora o que precisares. E fala comigo…
- Acho que só preciso mesmo de me acalmar e…conhecer o Erik.
- Isso ajudará, quase de certeza, a que te acalmes um pouco.
- Hey – era Mario. Depressa os dois se levantaram e Milicent apressou-se a limpar a cara – porque é que tenho a sensação que vocês não estão bem?
- Longa história… - acabou por ser Marco a responder.
- Então mas venham lá conhecer o miúdo – Mario não conseguia esconder aquele sorriso e tinha mais do que razões para não o esconder. Depois de entrelaçar a sua mão com a de Marco, os dois começaram a caminhar ligeiramente atrás de Mario.
Percorreram o corredor todo até que chegaram ao quarto onde Marlene estava antes de ter ido para o bloco de partos.
- Trouxe os reforços – disse Mario, assim que abriu a porta e viu a namorada.
Milicent e Marco puderam constatar que o sorriso de Marlene em muito se assemelhava ao de Mario. E interrogaram-se: teriam eles um sorriso tão bonito quanto o deles no dia em que nasceu Marten?
- Como é que estás, miúda? – Marco foi o primeiro dos dois a conseguir dizer algo.
- Pronta para ir para casa! – Milicent riu-se. Conhecendo Marlene como conhecia, estava a brincar com Marco – ouve lá, oh rissol…não achas que estou com dores, mega inchada mas muito mais feliz do que isso tudo?
- Fogo, acabaste de ser mãe e, mesmo assim, é sempre a mim que atinges. Eu acho impressionante – Mario riu-se, enquanto Milicent se começou a aproximar do pequeno berço ao lado da cama de Marlene – e depois dizem que eu é que sou o antipático – Marco sentou-se ao fundo da cama, olhando para Milicent.
- Porque é que eu a estou a achar estranha? – Marlene acabou por ficar mais séria, fazendo aquela pergunta a Marco.
- Eu também já notei isso – comentou Mario – mas é uma longa história, não é? – Marco assentiu que sim com a cabeça, acabando por colocar o seu indicador em frente dos lábios como que a pedir que eles não continuassem com aquele assunto.
Milicent nada dizia. Era quase como se não os quisesse ouvir…se calhar queria, mas não sobre aquele assunto que eles estariam a mencionar. Milicent queria, naquele momento, concentrar-se em Erik. O pequeno bebé que estava ali deitado à sua frente. O pequeno bebé que nunca pensou vir a existir já que a amiga sempre lhe disse que não iria ser mãe tão cedo. O seu primeiro sobrinho. E o seu primeiro afilhado.
- Eu posso pegá-lo? – não retirou os seus olhos do pequeno Erik, ouvindo apenas um claro na voz de Marlene. Com cuidado retirou-o do berço, ajeitando-o nos seus braços. Sentou-se com ele ao colo, mexendo sempre nas suas pequenas mãos.
Milicent voltava a chorar, desta vez com uma ligeira diferença. Não chorava com tristeza. Chorava por ver o seu pequeno Erik nos seus braços.
- Erik… - aproximou a sua cara da dele, dando-lhe um pequeno beijo na testa – a tia nunca te vai faltar, meu menino – falou baixinho, quase que a falar para si mesma mas a transmitir aquilo que sentia àquele seu bebé. Sentia que, de certa forma, também era seu.


- O que é que se passa com ela? – perguntou Marlene, quando reparou que Milicent tinha adormecido no pequeno cadeirão com Erik nos braços. Já tinham passado imensas horas, aliás já tinham mudado de dia.
Milicent não conseguiu sair daquele quarto nem por nada. Também não conseguiu falar com Marlene sobre Loresn, deixando a conversa centrar-se no bebé. Mario e Marco tinham ido a casa deste último dormir, enquanto elas ficaram no hospital.
- O Loresn morreu – respondeu Marco, sob o olhar atento de Marlene e Mario.
- Não posso… - era visível a surpresa no rosto de Marlene – ontem?
- Sim. Quando lá fomos a casa, a mãe dele estava à nossa espera.
- Bem…e ela está assim? – Marco olhou para o amigo depois de lhe fazer aquela pergunta.
- O Loresn foi importante na vida da Mi – respondeu Marlene – eu nem imagino como é que ela se está a sentir.
- Acho que nem ela sabe, Mare. A Mili ontem chorou imenso, pediu-me desculpa por estar assim por causa de um ex…mas também me parece aliviada ao mesmo tempo.
- Coitadinha da minha menina – Marlene não escondeu a lágrima que lhe caiu pelo rosto no momento a seguir – vocês não conheceram o Loresn…ele fez-lhe tanto mal, mas conseguiu ser o primeiro a fazê-la sentir-se bem com ela mesma, a sentir-se amada…eles eram novos demais mas viveram coisas tão intensas – Marlene reparou que Marco baixara a cabeça ao ouvir aquilo tudo – Marco, desculpa – depressa alcançou a mão dele, vendo-o abanar a cabeça.
- Não faz mal. Ela já falou comigo sobre tudo isso…eu acho que só a quero ajudar, nada de ficar com ciúmes ou coisa parecida.
- Nós vamos estar por aqui, sempre que precisares – Mario levou a sua mão ao ombro do amigo e Marco levou a sua mão disponível até à dele – a Mare mais tempo do que eu…mas estou à distância de um telefonema.
- Obrigado. Aos dois – começaram a ouvir pequenos barulhos de Erik. Estaria na hora de voltar a comer – parece que alguém está com horários muito fixos! – todos acabaram por sorrir e Marco aproximou-se de Milicent – vocês têm noção que, quando esta situação toda acontece com o Marten, ela fica furiosa se lhe tiro o filho?
- Parece que vais continuar a ser tu o alvo da fúria dela – Marco olhou para Mario que estava sentado na cama ao pé de Marlene – eu não me atrevo a tirar daí o meu filho depois do que disseste!
- Olha, obrigadinha! – Marco olhou para Erik e para Milicent – oh meu Deus…ele é pequeno demais!
- Já devias estar habituado, não? – perguntou-lhe Marlene.
- Hum, hum… - na verdade, Marco estava habituado mas tinha medo. Erik era mais pequeno do que aquilo que está habituado. Mas, com cuidado, lá o conseguiu retirar dos braços da namorada para depois o entregar a Marlene.
Por breves momentos saiu do quarto, deixando-os mais à vontade. Pouco tempo passou para ouvir a porta do quarto fechar-se atrás de si.
- Bom dia… - assim que se virou, pôde ver uma Milicent meio ensonada – já me disseram que disseste que eu fico furiosa quando tiram um bebé dos meus braços… - depressa levou as suas mãos à cintura do namorado, encostando a sua cabeça no peito dele.
- Acho que não é mentira nenhuma…
- Pode dizer-se que sim. Achas que podemos ir a casa?
- Claro. Tomas um banho e trocas de roupa…
- E depois vamos buscar o nosso bebé? – Milicent olhou-o, vendo-o assinalar que sim com a cabeça – obrigada. Por teres sido apenas o meu melhor amigo desde ontem. Mais do que qualquer coisa.
- Acordaste com um síndrome de lamechice?

- Não. Apenas…melhor. 


Olá meninas! 
Aqui vos deixo mais um capítulo que espero que gostem! Fico a aguardar pelos vossos comentários sobre o que estão a achar do rumo da história. 
Beijinhos! 
Ana Patrícia. 

1 comentário:

  1. Olá :)
    Aí!...mortes não please :/
    Coitado do ex da Mili, apesar de todo não merecia morrer :(
    Nunca pensei que ela fica-se bastante afectada, mas afinal foi o seu primeiro namorado (se não me engano)
    Finalmente o Erik já nasceu :D
    Obrigado por este capitulo e quero o próximo sff ;)
    Beijos :*

    ResponderEliminar