- Camile… - viu a senhora dirigir-se na
direção dela, recebendo um forte abraço da mãe do seu ex-namorado. Camile
apertava-a com uma força tal, que Milicent soube que algo não deveria estar bem
– que se passa? – levou as suas mãos às costas de Camile, aconchegando-a
naquele abraço.
Marco, depressa
saiu do carro aproximando-se delas. Milicent fez-lhe sinal que deveriam entrar
e, assim que o namorado abriu o portão de casa, começou a caminhar lado a lado
com a mãe de Loresn.
- Que se passa,
Camile?
- É o meu
filho…
- Ele fez-lhe
alguma coisa? – pelo choro continuo de Camile desde o momento em que a tinha
abraçado, Milicent só pensou que Loresn pudesse ter feito alguma coisa à
própria mãe – o Loresn magoou-a, Camile?
- Não… -
Milicent abriu a porta de casa, encaminhando-se até à sala com Camile – ele não
aparecia em casa há dois dias – confessou Camile, sentada ao lado de Milicent e
olhando-a sempre com as lágrimas a escorrerem-lhe pela cara. Milicent via que
no rosto daquela senhora havia muito sofrimento, havia muita tristeza – há dois
dias que não tinha noticias dele e…Milicent ele morreu – Milicent, por breves
segundos, sentiu as lágrimas querem sair-lhe pelos olhos de imediato. Sentiu-se
triste, entendendo que, por mais coisas más que tenha vivido com Loresn, não
conseguia esquecer tudo de bom que tinha vivido com ele – a policia veio hoje a
minha casa, com os pertences dele…encontraram-no junto de um bar e desconfiam
que tenha sido alguma coisa relacionada com as drogas – Milicent puxou Camile
para si, abraçando-a.
- Eu…eu sinto
muito, Camile – naquele momento, Marco aparece na sala ficando a olhar para a
sua Milicent. Assim como ela o olhava e, sem serem precisas quaisquer palavras,
de imediato percebeu que o seu namorado tinha ouvido o que Milicent tinha
acabado de ouvir. Fez-lhe sinal que iria para o andar de cima com Marten e,
quando não estava mais sob o alcance do olhar de Milicent, a rapariga olhou
para Camile – eu sei que nada o poderá trazer de volta…mas, se precisar de
alguma coisa poderá contar comigo.
- Obrigada,
querida. Eu quis vir dizer-te isto pessoalmente…apesar de tudo o que ele te fez
passar, eu sei que te preocupavas com ele. Que sempre foste uma grande namorada
e não o deixaste quando mais precisou de ti…não queria incomodar, mas achei que
o deverias saber.
- Claro, claro.
E fez muito bem. O seu filho…ele foi o primeiro namorado a sério que tive
e…obrigada por ter vindo.
- E vou andando
– Camile levantou-se, olhando para Milicent – tenho de começar a tratar do
funeral.
- Camile –
Milicent levantou-se, agarrando a mão esquerda da senhora – tem alguém que a
ajude?
- Tenho, não te
preocupes – Camile levou a sua mão direita à cara de Milicent.
- Avise-me
assim que souber onde e a que horas é o funeral, sim?
- Fica
descansada…mas eu compreendo se não quiseres ir, minha querida.
- Eu vou.
- Obrigada –
Camile voltou a intensificar o seu choro, abraçando de novo Milicent – obrigada
por tudo o quanto fizeste por ele.
- De nada,
Camile – ficaram, ainda, largos minutos nos braços uma da outra. Milicent
compreendia que aquela senhora precisasse de um abraço mais demorado. E, sendo
ela mãe, não imaginaria como seria estar no lugar de Camile.
- Eu vou
andando – as duas olharam-se e Milicent acabou por lhe limpar as lágrimas que
escorriam pela face de Camile – mais uma vez, obrigada.
- Não me
agradeça, Camile. Quer que a leve a casa?
- Não, não.
Deixa. Eu tenho a minha irmã a poucos metros daqui e vou ter com ela.
- Se precisar
eu levo-a.
- Deixa,
querida. Fica aqui com a tua família – Milicent acompanhou-a até ao portão
despedindo-se, aí, da senhora.
Sentia-se
estranha. Quase como se alguma da luz que havia dentro dela estivesse apagada.
Quase como se, por alguma razão, estivesse a sentir uma dor silenciosa dentro
de si que a consumia.
Assim que entrou
em casa, dirigiu-se ao andar de cima e foi até ao quarto de Marten. O menino
continuava a dormir, agora no seu berço, enquanto Marco colocava algumas coisas
dentro da mala. Aproximou-se do namorado, percorrendo as costas dele com a sua
mão.
- Precisas de
ajuda?
- Não…só falta
pôr aqui isto e já está – Marco fechou a mala, olhando para a namorada. Era
visível que ela não estava bem…escusava de lhe fazer essa pergunta, saberia que
ela não lhe iria conseguir mentir – podes chorar, Mili – ela olhou-o, recebendo
um beijo na testa de seguida. Marco abraçou-a, sentindo a namorada a agarrá-lo
de seguida – não faz mal chorar, pequenina.
Milicent,
interiormente, agradecia aquelas palavras de Marco. Mas não conseguia chorar.
Isso não significaria que não se sentisse triste, nem que não estaria a
sofrer…mas não o conseguia fazer.
- Temos de ir
para o hospital…
- Não queres
esperar mais um bocadinho?
- Não –
Milicent olhou-o – eu quero ir para lá…
- Tudo bem –
Marco juntou os seus lábios aos dela, sentido as mãos de Milicent irem até ao
seu pescoço. A rapariga acabou por quebrar o beijo para o abraçar a seguir.
- Obrigada.
- Nada disso –
por alguns segundos, Milicent fechou os olhos respirando bem fundo. Sentiu o
perfume de Marco entrar em si e a sensação de sempre estava ali, a sensação de
ter o seu coração a encher à medida que o seu corpo relaxava por completo.
Afastou-se de
Marco, olhando para o seu filho.
- Já telefonei
à minha mãe. Ela já estava com saudades de ficar com ele.
- Ai, obrigada
Marco – Milicent quase que o dizia com alivio na voz.
Saíram de casa
em direção da casa dos pais de Marco, falando muito pouco. Na verdade, as
únicas palavras que se ouviram durante toda a viagem foram aquelas que Marco
trocara com Mario para saber qual o ponto de situação no hospital.
Deixaram Marten
com os avós e, depois de breves minutos junto de Manuela e Thomas, seguiram
viagem para o hospital.
- Vou ligar ao
Mario – Milicent pegou no seu telemóvel, iniciando uma chamada para Mario –
será que ela já avançou alguma coisa na dilatação?
- Muito
provavelmente…
- O Mario não
atende – assim que disse aquilo, do outro lado da linha começou a ouvir alguns
barulhos – Mario?
- Espera aí! – ouviu-o gritar e Marco
rir-se.
- Ouviste?
- Sim!
- Estou aqui. A Marlene vai para o bloco de
partos – anunciou Mario, deixando Milicent meio sem reação – estás aí?
- Estou, estou.
Mas…vai já, Mario?
- Sim. Eu estava a vestir uma bata azul que me
fica horrivelmente mal! – Milicent riu-se, sentindo a mão de Marco procurar
a sua.
- Tenho a
certeza que te fica a matar…Mario, toma conta deles e agarra-os bem! Aos dois,
por favor!
- Até parece que eu não sei segurar um bebé ou
a mão da Marlene!
- Mas…agarra-os
bem, vá lá.
- Estás estranha! Mas sim, eu agarro-os bem. E
vocês despachem-se.
- Sim, sim. Nós
estamos quase a chegar.
- E eu tenho de ir.
- Boa sorte –
Milicent desligou a chamada, colocando o telemóvel dentro da sua mala – ela vai
entrar no bloco de partos.
- Estamos,
então, a muito pouco tempo de conhecer o nosso sobrinho! – Marco estava animado
e Milicent sentiu isso, acabando mesmo por sorrir. O namorado acabou por
acelerar para chegar mesmo mais depressa ao hospital.
- Eu estou a
passar-me!
- Nota-se, Mili…não
é por nada – a partir da primeira meia hora desde que tinham chegado ao
hospital que Milicent não conseguia ficar quieta. Ora se punha a andar até ao
fundo do corredor, ora se sentava. Chegou a comer, mascar pastilhas e, até,
desenhar num pedaço de papel que tinha na mala.
- Já passaram
três horas, Marco!
- Babe – Marco
levantou-se, passando os seus braços por cima dos ombros da namorada ao mesmo
tempo que ela levou as suas mãos ao peito do namorado – lá porque o nosso
Marten só demorou uma horinha, há bebés que demoram imensas horas!
- Eu sei, eu
sei…mas eu estou ansiosa.
- E estás
triste – Marco juntou a sua testa com a da namorada, mantendo o seu olhar preso
ao dela – eu não preciso de te perguntar se estás bem porque, desde que
soubeste o que a Camile te disse, eu sei que não estás. E, se tu precisares,
por favor fala comigo. Lá porque ele é o teu ex-namorado…eu espero mesmo que
saibas que podes falar comigo sobre ele.
- Há tantos
dias que dou por mim a pensar naquela noite que nos conhecemos, sabes? – Marco
sorriu, roubando-lhe um curto beijo.
- Deseja alguma coisa? - perguntou
Milicent assim que Marco se debruçou sobre o balcão.
- Voltar atrás no tempo.
- Isso não servimos aqui.
- Se servissem podias dizer-me onde te
encontrar, assim não me comprometia com quem vou casar.
- Isso é tão certo como eu ser a
Angelina Jolie.
- Estavas à espera de encontrar aqui o
Brad Pitt? - aquilo estava a irritá-la! Aquela voz sexy mas absolutamente
irritante, aqueles olhos lindos mas profundamente atiradiços!
- Se ele me aparecesse aqui hoje
testava-o.
- Podes sempre testar-me a mim.
- Era preciso que mudasse completamente
de atitude. Além do mais... - Milicent inclinou-se sobre o balcão ficando perto
dele - vais casar daqui a dois dias.
- Casamento não me impede de curtir.
- Trata-te! Faz lá a tua mulher muito
feliz e façam muitos bebés. Se não queres beber nada eu vou continuar o meu
trabalho.
- Podes levar uma rodada de shots de
mel e vodka à mesa?
- Bem podíamos
ir a essa mesma discoteca um dia destes. E pedir uns shots de mel e vodka.
- Acho que o
mel só se inclui numa única bebida para mim: chá. Eu não pensei ser possível
ficar assim – acabou por confessar Milicent, acabando por se afastar
ligeiramente de Marco – tudo o que eu vivi com ele foi tão intenso que eu
julguei nunca vir a conhecer ninguém que me desse tanto quanto ele me deu –
Milicent agarrou a mão de Marco, depositando-a na sua barriga – tudo o que nós
temos é muito mais do que eu alguma vez pensei vir a ter, Marco. Sobretudo
depois de as coisas terem acabado daquela maneira. Não trocava nada do que
tenho por nada que me pudessem oferecer porque esta…esta é a minha vida. E eu
sou tão feliz com ela. Quando a Camile me disse que ele morreu… - Milicent
virou costas, levando as suas mãos à cara – por poucos segundos eu não quis
acreditar. Eu quis que ele estivesse vivo, eu quis que ele fosse tocar à nossa
campainha para pedir ajuda de novo… - o choro tinha-se apoderado de Milicent.
Todos aqueles sentimentos estranhos que a começavam a invadir deixavam-na
sobressaltada. Se, por um lado se sentia angustiada, triste e com um peso
enorme no seu peito, por outro lado sabia que era o fechar de um ciclo que lhe
fazia mal, de um ciclo que se fechava e a aliviava em certo ponto.
- Ei, ei –
Marco agarrou-a por trás, encostando a sua cara no pescoço da namorada –
chora…chora tudo o que tiveres que chorar neste momento.
- Eu sinto-me
mal, Marco. Eu sinto que um pedaço do meu passado foi completamente arrancado
de mim! Por mais porcaria que ele pudesse ter feito, o Loresn foi o meu
primeiro namorado…ele foi praticamente o primeiro em tudo! E eu sinto-me mal
por falar contigo assim, sobre isto porque…
- Shh – Marco
beijou-lhe o pescoço, aconchegando-a nos seus braços – sou o teu namorado
agora, o pai do teu filho e, se um dia quiseres, serei teu marido e pai de mais
uns quantos filhos teus. Tu vais poder partilhar tudo o que quiseres comigo,
tudo o que te faça sentir bem e, sobretudo, tudo o que não te deixe bem –
Milicent agarrou as mãos do namorado, virando-se para ele – tu és o melhor que
me aconteceu e eu quero que contes comigo para qualquer coisa.
- Obrigada…
- Nada disso,
meu amor.
- Vens
comigo…ao funeral dele?
- Claro.
- Acho que não
conseguiria ir sozinha…
- Eu vou
contigo.
- Ele…ele não
merecia um fim assim – Milicent não resistiu e acabou por deixar a sua cabeça
cair sobre o peito de Marco e simplesmente chorar. Fazia-o como se lhe tivessem
tirado mesmo um pedaço de si, ao ponto de Marco achar que nunca a teria visto
assim.
- Tens de te
acalmar, Mili – acabou por dizer – queres…que peça a alguém para te ajudar?
- Não…
- Então, anda
sentar ali – os dois foram sentar-se e Milicent acabou por deitar a sua cabeça
sobre o ombro de Marco – chora o que precisares. E fala comigo…
- Acho que só
preciso mesmo de me acalmar e…conhecer o Erik.
- Isso ajudará,
quase de certeza, a que te acalmes um pouco.
- Hey – era
Mario. Depressa os dois se levantaram e Milicent apressou-se a limpar a cara –
porque é que tenho a sensação que vocês não estão bem?
- Longa
história… - acabou por ser Marco a responder.
- Então mas
venham lá conhecer o miúdo – Mario não conseguia esconder aquele sorriso e
tinha mais do que razões para não o esconder. Depois de entrelaçar a sua mão
com a de Marco, os dois começaram a caminhar ligeiramente atrás de Mario.
Percorreram o
corredor todo até que chegaram ao quarto onde Marlene estava antes de ter ido
para o bloco de partos.
- Trouxe os
reforços – disse Mario, assim que abriu a porta e viu a namorada.
Milicent e
Marco puderam constatar que o sorriso de Marlene em muito se assemelhava ao de
Mario. E interrogaram-se: teriam eles um sorriso tão bonito quanto o deles no
dia em que nasceu Marten?
- Como é que
estás, miúda? – Marco foi o primeiro dos dois a conseguir dizer algo.
- Pronta para
ir para casa! – Milicent riu-se. Conhecendo Marlene como conhecia, estava a
brincar com Marco – ouve lá, oh rissol…não achas que estou com dores, mega
inchada mas muito mais feliz do que isso tudo?
- Fogo,
acabaste de ser mãe e, mesmo assim, é sempre a mim que atinges. Eu acho
impressionante – Mario riu-se, enquanto Milicent se começou a aproximar do
pequeno berço ao lado da cama de Marlene – e depois dizem que eu é que sou o
antipático – Marco sentou-se ao fundo da cama, olhando para Milicent.
- Porque é que
eu a estou a achar estranha? – Marlene acabou por ficar mais séria, fazendo
aquela pergunta a Marco.
- Eu também já
notei isso – comentou Mario – mas é uma longa história, não é? – Marco assentiu
que sim com a cabeça, acabando por colocar o seu indicador em frente dos lábios
como que a pedir que eles não continuassem com aquele assunto.
Milicent nada
dizia. Era quase como se não os quisesse ouvir…se calhar queria, mas não sobre
aquele assunto que eles estariam a mencionar. Milicent queria, naquele momento,
concentrar-se em Erik. O pequeno bebé que estava ali deitado à sua frente. O
pequeno bebé que nunca pensou vir a existir já que a amiga sempre lhe disse que
não iria ser mãe tão cedo. O seu primeiro sobrinho. E o seu primeiro afilhado.
- Eu posso
pegá-lo? – não retirou os seus olhos do pequeno Erik, ouvindo apenas um claro na voz de Marlene. Com cuidado
retirou-o do berço, ajeitando-o nos seus braços. Sentou-se com ele ao colo,
mexendo sempre nas suas pequenas mãos.
Milicent
voltava a chorar, desta vez com uma ligeira diferença. Não chorava com
tristeza. Chorava por ver o seu pequeno Erik nos seus braços.
- Erik… -
aproximou a sua cara da dele, dando-lhe um pequeno beijo na testa – a tia nunca
te vai faltar, meu menino – falou baixinho, quase que a falar para si mesma mas
a transmitir aquilo que sentia àquele seu bebé. Sentia que, de certa forma,
também era seu.
- O que é que
se passa com ela? – perguntou Marlene, quando reparou que Milicent tinha
adormecido no pequeno cadeirão com Erik nos braços. Já tinham passado imensas
horas, aliás já tinham mudado de dia.
Milicent não
conseguiu sair daquele quarto nem por nada. Também não conseguiu falar com
Marlene sobre Loresn, deixando a conversa centrar-se no bebé. Mario e Marco
tinham ido a casa deste último dormir, enquanto elas ficaram no hospital.
- O Loresn
morreu – respondeu Marco, sob o olhar atento de Marlene e Mario.
- Não posso… -
era visível a surpresa no rosto de Marlene – ontem?
- Sim. Quando
lá fomos a casa, a mãe dele estava à nossa espera.
- Bem…e ela
está assim? – Marco olhou para o amigo depois de lhe fazer aquela pergunta.
- O Loresn foi
importante na vida da Mi – respondeu Marlene – eu nem imagino como é que ela se
está a sentir.
- Acho que nem
ela sabe, Mare. A Mili ontem chorou imenso, pediu-me desculpa por estar assim
por causa de um ex…mas também me parece aliviada ao mesmo tempo.
- Coitadinha da
minha menina – Marlene não escondeu a lágrima que lhe caiu pelo rosto no
momento a seguir – vocês não conheceram o Loresn…ele fez-lhe tanto mal, mas
conseguiu ser o primeiro a fazê-la sentir-se bem com ela mesma, a sentir-se
amada…eles eram novos demais mas viveram coisas tão intensas – Marlene reparou
que Marco baixara a cabeça ao ouvir aquilo tudo – Marco, desculpa – depressa
alcançou a mão dele, vendo-o abanar a cabeça.
- Não faz mal.
Ela já falou comigo sobre tudo isso…eu acho que só a quero ajudar, nada de
ficar com ciúmes ou coisa parecida.
- Nós vamos
estar por aqui, sempre que precisares – Mario levou a sua mão ao ombro do amigo
e Marco levou a sua mão disponível até à dele – a Mare mais tempo do que eu…mas
estou à distância de um telefonema.
- Obrigado. Aos
dois – começaram a ouvir pequenos barulhos de Erik. Estaria na hora de voltar a
comer – parece que alguém está com horários muito fixos! – todos acabaram por
sorrir e Marco aproximou-se de Milicent – vocês têm noção que, quando esta
situação toda acontece com o Marten, ela fica furiosa se lhe tiro o filho?
- Parece que
vais continuar a ser tu o alvo da fúria dela – Marco olhou para Mario que
estava sentado na cama ao pé de Marlene – eu não me atrevo a tirar daí o meu
filho depois do que disseste!
- Olha,
obrigadinha! – Marco olhou para Erik e para Milicent – oh meu Deus…ele é
pequeno demais!
- Já devias
estar habituado, não? – perguntou-lhe Marlene.
- Hum, hum… -
na verdade, Marco estava habituado mas tinha medo. Erik era mais pequeno do que
aquilo que está habituado. Mas, com cuidado, lá o conseguiu retirar dos braços
da namorada para depois o entregar a Marlene.
Por breves
momentos saiu do quarto, deixando-os mais à vontade. Pouco tempo passou para
ouvir a porta do quarto fechar-se atrás de si.
- Bom dia… -
assim que se virou, pôde ver uma Milicent meio ensonada – já me disseram que
disseste que eu fico furiosa quando tiram um bebé dos meus braços… - depressa
levou as suas mãos à cintura do namorado, encostando a sua cabeça no peito
dele.
- Acho que não
é mentira nenhuma…
- Pode dizer-se
que sim. Achas que podemos ir a casa?
- Claro. Tomas
um banho e trocas de roupa…
- E depois
vamos buscar o nosso bebé? – Milicent olhou-o, vendo-o assinalar que sim com a
cabeça – obrigada. Por teres sido apenas o meu melhor amigo desde ontem. Mais
do que qualquer coisa.
- Acordaste com
um síndrome de lamechice?
- Não.
Apenas…melhor.
Olá meninas!
Aqui vos deixo mais um capítulo que espero que gostem! Fico a aguardar pelos vossos comentários sobre o que estão a achar do rumo da história.
Beijinhos!
Ana Patrícia.
Olá :)
ResponderEliminarAí!...mortes não please :/
Coitado do ex da Mili, apesar de todo não merecia morrer :(
Nunca pensei que ela fica-se bastante afectada, mas afinal foi o seu primeiro namorado (se não me engano)
Finalmente o Erik já nasceu :D
Obrigado por este capitulo e quero o próximo sff ;)
Beijos :*