domingo, 14 de junho de 2015

34º Capitulo: “Sinceramente, Marco, eu nunca esperei que tivesses essa atitude.”

- Não me respondes? – Milicent não conseguia responder à pergunta que Marco tinha feito. Para além de ter sido apanhada de surpresa, era uma pergunta que nunca pensou ouvir vinda dele.
- Sinceramente...não faço ideia o que responder. Essa pergunta não tem qualquer sentido.
- É uma pergunta como qualquer outra, Milicent. E todas as perguntas têm uma resposta, tu hás-de ter alguma coisa a dizer...
- E se eu não quiser falar sobre isso? E se me estiver a fazer uma confusão enorme essa tua pergunta? Estás a pensar o quê? Matar-te por causa de uma porcaria de uma lesão? –
Milicent confrontava Marco com todas as perguntas que tinha na sua cabeça – Queres mesmo que eu te digo o que penso? Que estás completamente afectado, que essa lesão te está a deixar mal psicologicamente e que precisas de ajuda. Tu precisas de ajuda!
- Achas mesmo que é só com ajuda que vai lá? Eu não consigo andar, nem sequer por o pé no chão que está dormente e tenho medo de forçar. Eu praticamente não posso fazer nada, não me posso mexer, não posso andar. Fazes ideia do quão horrível isso é?
- Não, eu não faço ideia se é horrível, se é frustrante, se é isto ou aquilo. Mas uma coisa eu sei: pensar como seria estar morto, que morrer seria a melhor opção é a coisa mais estúpida que já disseste na tua vida, quase que aposto –
Milicent ajeitou-se na cama, olhando-o com atenção – sinceramente, Marco, eu nunca esperei que tivesses essa atitude. Tu tens um filho, ou isso não conta? É assim tão insignificante o facto de o teres a ele, de teres uma família, dois olhos, um nariz, boca, pernas, braços...um coração a bater e uma vida pela frente? Tu só estás com esse problema no pé...e é mais do que normal, depois de tirares o gesso, que o teu pé ainda não esteja bem – Marco baixou o olhar, entrelaçando as suas mãos uma na outra. Milicent ficou sem saber se continuaria ou esperaria por algo da parte dele.
- Eu só sinto que não estou aqui a fazer nada – Milicent foi surpreendida pelo corpo de Marco tombar na sua direcção. O rapaz deixou a sua cabeça sobre o peito da namorada, rodeando a cintura dela com os seus braços – o que é que eu aqui estou a fazer? Ajuda-me...por favor.
- Não sei se serei a melhor pessoa para te ajudar. Porque aquilo que eu te digo não é simpático, eu tenho noção disso. Eu estou a ser super frontal contigo, posso chegar a magoar-te e eu não quero isso. Eu só sei que, neste momento, não podes continuar assim. Porquê morrer? Diz-me, porquê?

- Eu não me quero matar...
- Então porquê aquela pergunta, Marco? Queres que eu passe a ter medo cada vez que estás sozinho? Que passe a ter medo do que estás a pensar? –
Milicent deixou o seu queixo encostar-se à cabeça de Marco levando as suas mãos até às costas do namorado – o Marten precisa do pai, eu preciso do meu namorado, a tua família precisa de ti como o Marco deles. Todos precisamos de ti como o Marco Reus, aquele homem que inspira jovens atletas. Isso é só um pé aleijado, caramba! Assim, só por acaso, já falaste com o fisioterapeuta?
- Já...
- E o que é que ele te disse?
- Que agora tenho de lá ir todos os dias para fazer fisioterapia até ganhar sensibilidade no pé. Depois disso...é capaz de ficar tudo melhor. Mas que tratamentos a sério só para a semana.
- Tu és tão estúpido, tens noção disso? –
Marco afastou-se de Milicent, ficando sentado na cama. Olhava-a e acabou por se rir – E estás a rir-te? Eu não acho piada nenhuma, Marco. É que não acho mesmo! Tu vens com aquela pergunta, estás aí parece que vais deixar de jogar futebol e, ao final, és capaz de voltar a andar muito tem breve. Como é que isso pode ter piada?
- Não ralhes comigo...
- Ai não ralho? Eu só tenho vontade de te bater! Tens noção do susto que me deu a tua pergunta? Imaginar a minha vida sem ti, sem a tua presença é...eu nem consigo falar disso –
Milicent levantou-se, indo aconchegar Marten no seu berço – talvez seja melhor acabarmos este assunto por hoje. Estou cansada, mal dormi a noite passada e tu não me deixas entender melhor o que se passa.
- Eu já te expliquei... –
Milicent beijou a testa de Marten, indo deitar-se – Não vamos falar mais? – Marco deitou-se também, ao lado de Milicent que, ao sentir que ele o tinha feito, virou-se para o namorado.
- Fala tu. Acho que és tu que precisas de falar...
- Mili, eu nunca tive uma lesão tão grave como esta. Que me fizesse parar por tanto tempo e que me fizesse perder uma das maiores competições que qualquer jogador ambiciona jogar...eu acho que todas estas minhas mudanças de humor são normais.
- É capaz...mas torna-se um bocadinho difícil para quem está deste lado entender-te.
- Acho que começo a perceber isso...mas eu não quero que tenhas mais uma preocupação. Eu não quero ser um fardo para ninguém, não quero dar trabalho. És tu quem se levanta quando o Marten precisa de algo durante a noite, és tu que andas de um lado para o outro...só porque eu não consigo andar. Isso deixa-me com raiva, faz-me sentir inútil.
- Mas não és. És tu que o adormece, que lhe dá o biberão, és tu que tratas de todas as contas da casa...e eu começo a sentir que também devíamos fazer qualquer coisa em relação a isso. Eu não posso viver às tuas custas...
- Não, Milicent, não vamos falar sobre isso agora. Nem nunca.
- Eu praticamente não contribuo financeiramente cá em casa! Não acho que seja justo.
- Foste tu que compraste tudo para o Marten e és tu quem compra toda a comida cá de casa. Quando começares a trabalhar, aí sim podemos falar sobre isto. Agora estamos bem assim.
- Nessa altura eu retomo este assunto. Mas, Marco, tu não queres mesmo um psicólogo? Era capaz de te ajudar...
- Acho que não me iria sentir muito à vontade com um psicólogo...
- E...com o Mario?
- O Mario? Mas ele está longe, está lá.
- Eu sei disso, é obvio que sei disso. Mas, não sei, se falasses com ele talvez conseguisses expressar-te melhor e sem teres medo de me preocupar –
Milicent levou uma das duas mãos à cara de Marco, aproximando-se dele – acho que não quererias falar comigo para não me preocupar. O Mario seria uma boa opção. Conhece-te bem e iria ajudar.
- Tens falado com ele sobre isto?
- A noite passada falamos...eu, ele e a Marlene. Eles estavam no skype e falamos. Tanto um como outro me avisou que o dia de hoje ia ser complicado...talvez um deles te consiga ajudar. Porque...eu acho que não consigo, Marco.
- Eu também não colocaria esse peso nos teus ombros –
tanto um como outro não falou nos minutos que se seguiram. Milicent não sabia o que dizer e Marco, por um lado, também não sabia o que dizer e, por outro, queria que ela descansasse.




- Marco como é? Queres ir ou ficas com o menino?
- Eu fico, não te importas?
- Não...mas tens a certeza?
- Tenho –
Milicent iria levar Marlene ao aeroporto. A amiga tinha decidido viajar para o Brasil para surpreender Mario – e não te preocupes que está tudo bem – Milicent olhou-o, aproximando-se de Marco.
- Demoro mais ou menos uma hora. Quando eu voltar, é bom que estejas preparado para o que eu planeei para a nossa tarde – Milicent beijou-o agarrando na sua mala.
- O que é que planeaste?
- Surpresa! Quando eu chegar logo saberás –
saiu de casa indo na direcção do seu carro.
Foi até casa de Marlene e, depois de a ajudar a colocar as malas na bagageira, conduziu até ao aeroporto.
- O Marco não contou nada ao Mario, pois não?
- Não. Fica descansada. Eles à bocado estavam a falar mas o Marco não se desmancha.
- Como é que ele ficou depois do jogo?
- Foi complicado. Sabes o que é que ele me perguntou ontem?
- Se querias casar com ele?
- Antes fosse. Mas não, o Marco perguntou-me se eu alguma vez pensei que estar vivo não valia a pena.
- A sério?
- A sério...foi uma noite agitada a nossa. Mas, de manhã, falei com o fisioterapeuta dele e tivemos uma ideia para o tentar animar.
- Sexo? Isso animaria logo!
- Isso ainda não...as minhas mamas estão sensíveis demais. Mas exercício físico não irá faltar. Vamos dar uso aquele ginásio lá de casa.
- Ele já pode?
- Pode fazer bicicleta. O pé fica quieto e vai mexendo os músculos da perna...acho que isso é capaz de o motivar.
- E...se não resultar?
- Vamos discutir, provavelmente –
Milicent foi interrompida pelo som do telemóvel de Marlene.
- É o Mario... – atendeu a chamada, colocando-a em alta voz – estás em alta voz e estou com a Mi.
- Olá miúdas! Então e o vosso apêndice preferido? Não está com vocês?
as duas perceberam que Mario se referia a Marco.
- Está em casa a tomar conta do nosso bebé – respondeu-lhe Milicent.
- E onde é que vocês andam? durante alguns segundos nenhuma respondeu, limitaram-se a olhar uma para a outra Não me digam que estão a fugir deles?
- Achas? Estamos só a...passear –
respondeu Marlene.
- Exacto, é isso mesmo. Estamos a passear.
- Vocês estão estranhas. Mas, bom, quando é que vens cá Marlene? Eu estou a morrer de saudades tuas!
- A Mare não vai a lado nenhum que eu não deixo –
respondeu Milicent – eu preciso dela cá.
- Tu tens o Marco! Eu quero e preciso da minha namorada.
- Olha, vai sonhando querido! Vá, Mario, a sério nós gostamos muito de ti mas vamos passear.
- Só desligo se meteres uma foto no instagram, Marlene. Ou então me mandes uma íntima.
- Sim, sim ela vai mandar-te uma íntima que vai tirar em plena rua para todos os alemães verem o quão boa ela é! Adeus chato.
- Porta-te bem, Mario. Eu também tenho muitas saudades tuas –
Marlene colocou o telemóvel ao ouvido – sim, eu tomo conta deles, não te preocupes. Beijo meu amor – Marlene desligou a chamada, olhando para Milicent – achas que ele está desconfiado?
- Achas? O Mario não apanhou nada, a sério. Descansa que vais surpreendê-lo à grande!

As duas saíram do carro, dirigindo-se ao aeroporto.
- Podemos tirar uma foto? Só mesmo para ele não ficar desconfiado? 
- Ai que ela está com medo de não conseguir surpreender o namorado – Milicent pegou no telemóvel, ligando a câmara – manda beijinho - Milicent tirou a fotografia, colocando-a nas redes sociais.

Só porque o namorado dela morre de saudades...

Milicent ajudou Marlene a levar as malas para o interior do aeroporto, despedindo-se da amiga.
- Qualquer coisa que precises podes sempre ligar-me pelo skype – começou Marlene – e diz ao Marco para falar mesmo com o Mario...é capaz de ser bom.
- Achas que deva avançar com a ideia da tarde no ginásio?
- Acho. Ele pode não achar muita piada ao inicio mas pode ser bom depois.
- Obrigada...por tudo, Mare. E, agora, faz uma óptima viagem, vai mandando fotos e continuamos a falar pelo skype. Aproveita, miúda –
Milicent abraçou-a e aguardou até que Marlene entrasse pela porta de embarque para voltar a sair do aeroporto.
Conduziu de volta até casa, onde Marco a esperava sentado no sofá.
- Estou de volta – Milicent atirou a mala para cima do sofá, reparando que Marten estava deitado na alcofa com os seus bonitos e claros olhos abertos – coisa mais boa da mãe! – Milicent pegou-o ao colo, beijando-lhe a bochecha – ora bem – Milicent virou-se para Marco – olá Marco!
- O que é que se passou contigo?
- Nada. Porquê?
- Estás mais animada do que o normal...
- Do que o normal destes últimos dias. Porque eu sou animada por natureza –
Milicent aproximou-se dele, sentando-se em cima das pernas de Marco – tenho uma proposta para te fazer como tentativa de te elevar o ânimo.
- Se essa proposta fosse noutros tempos e sem teres o nosso filho nos braços...este sofá era pequeno demais tínhamos de ir para aquele –
os dois riram-se e Milicent juntou os seus lábios com os do namorado.
- Hoje de manhã falei com o teu fisioterapeuta.
- Falaste?
- Falei. Ele foi super simpático e devias ouvir alguns dos conselhos dele! Mas como ontem tivemos assim um final de dia muito estranho, eu queria mesmo que hoje fosse o recomeço ou o começo da tua recuperação.
- Não estou a entender...

- Ele disse-me que podias fazer bicicleta para os teus músculos da perna ganharem mais força. E, então, eu pensei em irmos os dois para o ginásio. Tipo agora.
- Eu não consigo. Eu não consigo, Mili –
Marco desviou o olhar de Milicent que, com uma das suas mãos, virou a cara dele para ela.
- Eu também acho que não consigo, sabes? Não sei se me vai doer imenso ou o quê mas...vamos tentar os dois, devagarinho e juntos.
- Mas ele disse que eu podia?
- Disse. Não só que podias, como devias! Seguras no maravilhoso filho que temos enquanto eu vou trocar de roupa?
- Seguro... –
Milicent levantou-se, deixando Marten no colo de Marco, levando as suas mãos à cara dele.
– Vamos fazer isto, juntos – beijou-o, subindo até ao quarto. Trocou de roupa, voltando a descer. Marco estava de pé e Marten já estava dentro da alcofa – Marco...
- Shiu, não perguntes como mas, sim, eu consegui pôr-me de pé com ele ao colo –
Milicent, numa atitude muito espontânea e irracional, avançou na direcção de Marco, abraçou-o e os dois acabaram por cair no sofá. Marco gritou e Milicent olhou-o preocupada – não, eu não me aleijei. Mas não faças isso sem me avisar.
- Desculpa...entusiasmei-me.
Os dois riram-se e Milicent acabou por sair de cima de Marco. Enquanto ela pegou na alcofa do filho, Marco agarrou nas muletas e foram em direcção do ginásio.
Milicent deixou a alcofa em cima de um sofá que lá tinham e, depois de perceber onde estava Marco, foi ter com ele.
- Vamos tirar essas muletas feias, sim? – Marco olhou-a um pouco confuso.
- Mili...o fisioterapeuta disse para eu andar com elas.
- Sim, eu sei, mas vais sentar-se aqui na bicicleta. Não precisas delas –
Milicent estendeu as mãos na direcção dele e Marco entregou-as. A rapariga encostou-as à parede, aguardando que Marco se sentasse – queres ajuda?
- Dá-me a mão –
Marco estendeu a mão na direcção de Milicent, que a agarrou. Marco não a procurou como forma de apoio para se sentar, já que as entrelaçou. Sentou-se na bicicleta, puxando-a para junto dele – como é que tu já estás assim tão magra em quatro semanas?
- Estás enganado! –
Milicent colocou a sua perna em cima da de Marco – olha aqui só celulite.
- Eu vejo uma perna linda –
Marco começou a passar com a sua mão pela perna de Milicent que, automaticamente, se começou a arrepiar – e uma pele arrepiada.
- Tens as mãos ásperas.
- A mim parece-me que estás a voltar a ganhar sensibilidade ao meu toque.
- Oh cala-te! –
Milicent voltou a colocar o pé no chão afastando-se dele – vais começar?
- Acho que pode ser –
a rapariga deixou-se ficar em frente dele, esperando os primeiros movimentos de Marco na bicicleta, que não tardaram a aparecer.
- Dói-te?
- Não –
Marco, com muita calma, ia fazendo bicicleta com os olhos postos no seu pé.
- Sentes-te bem?
- Sim. Por acaso...é bom –
Marco olhou para a namorada, sorrindo.
- Não precisas de agradecer, fofinho. Mas, não tens dores, mesmo?
- Não. Está tudo bem. Obrigada, Mili.
- Cala-te e continua aí por mais dez minutos –
Milicent dirigiu-se para a máquina que estava ao lado de Marco, ficando parada a olhá-la.
- Não a sabes ligar?
- Saber sei...só tenho medo é de não me conseguir mexer depois disto.
- Faz devagarinho.

Os primeiros segundos na máquina, para Milicent, foram uma tortura. Mexia com todos os músculos do seu corpo e certas dores do parto que já tinham passado, pareciam reaparecer.
- Isso está a correr bem... – comentou Marco.
- Está, está. Se amanhã não me mexer tens de chamar reforços para ajudar.
- Ficas tão sexy aí em cima... –
Milicent olhou-o, reparando que ele mantinha o ritmo da bicicleta.
- E tu estás muito bem aí sentadinho a mexer e tal.
- Desculpa o que se passou ontem –
Milicent sorriu-lhe olhando para a frente – não sei bem o que me deu na cabeça, nem porque é que te fiz aquela pergunta. E...acho que vou seguir o teu conselho.
- Qual?
- De falar com o Mario...ele já se ofereceu e tudo. Por isso, desculpa, Mili.
- Já passou Marco. Vamos pensar e começar do zero...eu já disse que só te quero ajudar a recuperar.
- E eu só te agradeço por isso.
 
Os dois continuaram a fazer exercício e Marco acabou por se declarar à namorada nas redes sociais.

A melhor inspiração que poderia ter neste momento. Amo-te.


- Marco, deixa ficar o gelo! Faz-te bem!
- Mili, só podem ser 10 minutos, vá já chega.
- És um chato –
Milicent ia a levantar-se da cama, quando ele a puxa para cima do seu corpo. A rapariga deixou-se ficar deitada ao lado dele, sentindo os lábios de Marco pelo seu pescoço – estás com ideias, tu?
- Podíamos terminar este dia zero da melhor maneira possível...
- Só com uma condição... –
Marco levou as suas mãos ao interior da camisola de Milicent, continuando a beijar-lhe o pescoço – se eu te pedir que pares, tu tens de parar mesmo.
- Temos acordo –
Milicent virou-se para Marco, com intenção de se colocar em cima dele.
Não o fez já que Marten começou a chorar. Milicent encostou-se a Marco, começando a rir-se.
- Parece que há um menino ciumento...
- Logo agora que até...estava com vontade! Vai lá tu, vá –
Marco riu-se indo colocar a chucha a Marten que estava deitado no berço do seu lado.



Marlene demorou quase vinte e quatro horas a chegar ao Brasil. Sentiu logo a diferença de climas entre os dois países e, também, a ansiedade apoderar-se dela. Ansiava estar com Mario, puder abraçá-lo e beijá-lo. Ansiava sentir apenas a presença dele e o calor do seu corpo.
De táxi, foi até ao hotel onde ele se encontrava. Sabia que iria ser difícil conseguir chegar até ele, mas iria manter a esperança de que o iria conseguir fazer. E, até nem se revelou uma tarefa muito difícil.
Quando chegou ao hotel, a equipa da seleção alemã chegava naquele momento também. Viu todos os jogadores passarem mas não conseguia ver Mario. Temeu que algo lhe tivesse acontecido...
- Vejam lá se não é a minha namorada! – Marlene assustou-se com a voz de Mario junto do seu ouvido. Sentiu o toque do namorado na sua cintura, relaxando por completo nos braços de Mario – eu não acredito que aqui estás...
- Acredita que é verdade. E a culpa foi tua!
- Minha? –
Mario virou Marlene para si, puxou-a para uma zona mais escondida do hotel e, aí, beijaram-se sem qualquer problema ou impedimento.
- Marcaste um golo... – Marlene quebrou o beijo, olhando-o – e eu tinha acabado de dizer aos nossos queridos amigos que, se tu marcasses, vinha para vá.
- E aqui estás tu.
- Aqui estou eu. E preciso urgentemente de ir à casa de banho!
- Vamos lá para cima.

- Eu posso?
- Eu deixo, por isso podes –
Marlene riu-se e os dois subiram até ao andar do quarto de Mario – Como é que está o Marco? Não tenho falado com ele, nem a Mi.
- Quando eu apanhei o avião eles iam fazer uma sessão de ginásio –
respondeu Marlene saindo da casa de banho.
- Ginásio? Mas ele não pode...
- Pode, só bicicleta para o músculo da perna não ficar preguiçoso.
- Ah, pois, sim. Isso é verdade.
- Mario...eu, bem, esta vinda para aqui até acaba por ser o melhor para mim. Eu preciso de falar com alguém sobre uma coisa que aconteceu mas...eu não queria estar a falar com eles, não é?
- O que é que se passou?
- Foi com a minha mãe...

Marlene sentou-se na cama, puxando Mario para junto dela. Aquela viagem não tinha apenas o propósito de estar com ele, ou matar as saudades. Ela precisava de desabafar, de se afastar de casa...de ter um tempo longe de Dortmund. Em muito pouco tempo, para além de ver a melhor amiga com uma vida completamente diferente, Marlene via, também, as coisas em casa de uma outra forma.


Olá meninas!
Aqui vos deixo mais um capítulo. Já o escrevi à algum tempo que, ao reler para publicar, confesso que já nem me lembrava de algumas coisas. Na próxima quarta-feira tenho um exame e, esperando que corra tudo bem, irei ficar livre para puder escrever e publicar com mais regularidade.
Fico à espera dos vossos comentários.
Um grande beijinho.
Ana Patrícia.

5 comentários:

  1. Olá :)
    Dá-me pena o Marco estar assim e pensar assim :/
    Ele que se alegre pq tem ao seu lado um filho, uma namorada q o amam e q o ajudam em tudo ;)
    Próximo bjs

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  2. Ola!!
    Adorei!!!!
    Aquela pergunta do Marco foi assustadora! Mas a Mili teve uma grande ideia! E agora ele ja ta mais animado!
    Espero que ele volte a andar depressa para ficar tudo otimo!!
    Agora fiquei foi curiosa com esta história da Marlene!
    Próximo!!!
    Beijinho,
    Sofia

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  3. Ola!!
    Adorei!!!!
    Aquela pergunta do Marco foi assustadora! Mas a Mili teve uma grande ideia! E agora ele ja ta mais animado!
    Espero que ele volte a andar depressa para ficar tudo otimo!!
    Agora fiquei foi curiosa com esta história da Marlene!
    Próximo!!!
    Beijinho,
    Sofia

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  4. Muito bom! Adorei!
    Que fofo, os três juntos no ginásio... *-*
    As coisas estão a começar a encarreirarem-se (acho que escrevi bem :/) e isso é ótimo...
    Quero mais, por favor, e rapidinho ;)
    Beijinhos,
    Rita B.

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