quinta-feira, 2 de outubro de 2014

14º Capitulo: “Eu tenho de falar com o Marco.”

Dois dias tinham passado desde a chegada de Milicent a Munique...e nada de sinais de Marco. Milicent começava a perder a vontade de pensar nele, de pensar em estar com ele. Marco estava a magoa-la, mesmo que não soubesse disso.
- Hoje vem cá jantar um colega, importam-se? – Perguntou Mario sentando-se ao lado de Marlene.
- É solteiro?
- Milicent!
- Que foi Mario? Preciso de um ombro amigo.
- Tens o meu! - respondeu-lhe Marlene.
- Mas quero um homem!
- Tens o Marco!
- Mario...esse? Não o vejo à quase um mês! A última vez que ele esteve em Berlim foi à quase um mês! Amanhã vai começar Agosto, ele vai começar a pré época lá não sei onde e pensas que já me ligou? - Milicent fez uma pausa, mas foi incapaz de continuar. Levantou-se, indo até ao "seu" quarto.
- Eu tenho de falar com o Marco.
- Para que?
- Ele está a esquecer-se dela só porque anda lá como amigo.
- Estás com ciúmes, Mario Götze?
- Não Marlene...não estou. Mas se ele tem namorada e sabe destas mudanças da Milicent não devia andar lá com o outro.
- Liga-lhe...
Mario pegou no telemóvel iniciando a chamada. Poucos segundos depois, tinha Marco do outro lado da linha.
- Oh meu grande otário!
- Que é que se passa?
- Ainda perguntas o que se passa? Tens namorada e andas com o Marcel para que?
- Ele é meu amigo, oh!
- E ela é tua namorada! Porque é que não lhe atendes as chamadas nem telefonas?
- Mario...
- Não é Mario, nem meio Mario. É Milicent! É ela que...porra, precisa de ti.
- Mas ela está bem?
- Liga-lhe!
- Ela não atende...
- É para veres a merda se fizeste!
- Vou apanhar o avião para Dortmund e depois resolvo as coisas.
- Devias era apanhar um para Munique, seu parvo!
Mario desligou a chamada reparando que Marlene o olhava.
- Foste um bocado bruto com ele.
- Ele tem de ouvir as verdades.

- Eu vou lá! - Milicent avisou Mario e Marlene, que estavam na cozinha, que ia abrir a porta.
Foi até à porta, abrindo-a. Do outro lado...os colegas do Mario são tão altos...e fortes...e tatuados.
- Boa noite - disse ele - deve ser a namorada do Mario.
- Não, não. Essa está na cozinha com ele. Eu sou a Milicent - Milicent aproximou-se do rapaz dando-lhe dois beijos - sou amiga da namorada do Mario.
- Mais descansado...eu sou o Mario...Mandzukić.
- Entra.
- Obrigado - Milicent deu passagem a Mario, fechando a porta, de seguida. Quando voltou a olhar para a sala, já estavam Marlene e Mario presentes. Os três cumprimentaram-se e Milicent aproximou-se deles.
- Mi, tens uma chamada em espera para ti – avisou Marlene.
- Quem é?
- Vai lá - disse Mario com uma voz mais esquisita.
Milicent foi até à cozinha pegando no telefone.
- Sim?
- A única maneira de falar contigo era assim?
- Quem fala? - Milicent sabia perfeitamente quem era...era ele.
- Milicent...
- Deve ser engano...boa noite - Milicent desligou a chamada, indo até à sala.
- Já estás de volta? – Perguntou Mario espantado.
- Era engano.
- Mi...
- Obrigada pelo que estão a fazer, mas eu não consigo falar com ele!
- Vocês são complicados...
- Somos nós Mario, e é melhor avançarmos!
Milicent sentou-se ao lado de Mandzukić, tentando abstrair-se de Marco.
Marlene e Mario voltaram a ir à cozinha, deixando Milicent com o rapaz.
- Estás bem? - perguntou ele um pouco a medo.
- Sim...
- Problemas com o namorado?
- É...
- Hum...queres falar? Sei que sou completamente estranho para ti, mas às vezes faz bem.
- Não sei...talvez depois de jantar?
- Como queiras!
- Então e tu és ali amigo do Mario...?
- Pois é...conhecemo-nos à pouco tempo - Mario (Götze) tinha-se mudado para Munique esta época mas já tinha conseguido criar alguma cumplicidade com os seus novos companheiros de equipa - mas acho que o tenho ajudado a ambientar-se.
- Ele é muito chato não é?
- Não...acho que não. E tu, já o conheces à muito tempo?
- Há uns dois meses...e ele é chato.
- És, então, amiga da namorada dele...foi por isso que se conheceram?
- Não...bom...o meu possível namorado é amigo dele.
- Então mas não tinhas namorado? Estou confuso...
- Eu tinha...agora não sei se tenho. Deve estar a voltar lá da Suíça com o seu apêndice - Mandzukić olhava confuso para Milicent - namoro com o Marco...o Reus. Só que ele foi para Zurique com um amigo antes de estar comigo, sabendo que eu ia mudar-me de Dortmund para aqui.
- Bem...um valente parvo esse... - Milicent não esperava aquela atitude por parte de Mandzukić, mas percebia que ele estava a constatar um facto. São surpreendidos pela entrada, inesperada, de Mario.
- E tu queres fazer-te ao que é dele?
- Mario?! - Milicent estava um pouco, se não bastante, chocada com o que Mario tinha acabado de perguntar - Que é que estás para aí a dizer?
- Nada...o jantar está pronto - Milicent e Mandzukić levantaram-se e, enquanto que o rapaz avançou, Milicent acompanhou os passos de Mario.
- Mario...porquê aquilo?
- Porque, tanto o Mandzukić, como tu se estão a esquecer do Marco. Ele é o meu melhor amigo e eu não posso deixar que tu avances já para outro.
- Até me ofendes! - Milicent parou de andar, colocando-se à frente de Mario - Eu amo muito o Marco...mas não consigo suportar nem sequer entender o facto de ele preferir ter andado pela Suíça do que...estar comigo.
- Eu não o quero defender...nem fiques a pensar isso. O Marcel não é boa companhia para o Marco...quando eles dois estão juntos, o Marco quer andar a beber mais, a divertir-se mais...fica um Marco diferente. Mas...não o podes culpar a ele.
- Então culpo quem?
- O Marcel. O Marco...
- Mario...vamos jantar que é melhor. E eu não me vou fazer a ninguém porque eu estou comprometida com ele.
Os dois foram até à sala de jantar onde encontraram Marlene e Mandzukić.

Dois dias depois:
Milicent estava sozinha em casa. Eram nove da noite e estava a ver televisão. Marlene e Mario tinham saído para um jantar romântico (sendo que nenhum deles o admitiu). Estava tão sossegada que o som da campainha a assustou. Depressa se levantou, indo abrir a porta.
Para seu espanto (e era muito) era Marco quem estava do outro lado da porta. Que é que TU estás aqui a fazer e tão...sexy?!
- Olá... - a voz de Marco era preocupada...e triste.
- O Mario não está.
- É contigo que quero e preciso de falar.
- Lembraste-te...entra - Milicent deixou que Marco entrasse, fechando a porta de seguida.
- Como é que estás?
- Ainda perguntas? Como é que tens a lata de me perguntar como é que estou?
- Desculpa...
- Não achas que és um bocadinho crescido para saber que as desculpas são para se evitar?
- Milicent...eu estava com o Marcel, na Suíça...
- E escolheste ficar com ele, em vez de mim. Está certo, ele até está à mais tempo na tua vida.
- Tu ficaste assim tão chateada?
- Não é chateada...mas que me desiludiste...nós estamos juntos à quase dois meses...fizeste-me tua namorada para que? Para te esqueceres de mim a seguir?
- Eu não me esqueci de ti... - Marco aproximou-se de Milicent, que recuou - Mili - há quanto tempo um Mili não a fazia tremer dos pés à cabeça... - Se te fiz minha namorada é porque te amo.
- Então porque é que eu sinto que só porque tiveste tempo é que te lembraste que eu estava aqui?
- Isso não é verdade...
- Marco! Marco, tu estiveste com o Marcel, a divertirem-se e disseste-me que, quando pudesses, vinhas cá! Tu preferiste ele em vez de mim. Estas mudanças afectaram-me...de Dortmund fui para Berlim, depois tu vieste para a minha vida, agora Munique...
- E eu tentei estar sempre do teu lado...eu prometi que ia ficar do teu lado, eu amo-te mas estava a precisar de estar longe.
- Eu acho que precisamos os dois estar longe...um do outro.
- Por causa disto...tu queres acabar?
- Não seu estúpido! Amo-te demasiado para pensar em acabar contigo, mas precisamos de um tempo...um tempo para nós. Eu posso estar a parecer ciumenta, mas eu preciso de esquecer que preferiste...o outro.
- Eu não acredito...tu estás mesmo é com ciúmes, Mili...mas não os tens de ter, princesa - Mili e princesa na mesma frase é que não!
- Mas tenho Marco...eu tenho! Eu queria-te comigo, precisava dos teus miminhos e tu não estavas cá! Eu preciso de esquecer, acha-me infantil, mas eu preciso de esquecer.
- Posso só dizer-te umas coisas?
- Não...eu vou chorar, eu estou cheia de vontade de te beijar, cheia de vontade de te abraçar e se tu disseres mais alguma coisa eu vou ceder. Eu preciso de tempo, Marco...por favor.
Marco nada mais disse...ele percebia que tinha estragado as coisas. Percebia que a tinha magoado. Avançou na direção dela, dando-lhe um curto beijo na testa.
- Eu amo-te - os dois olharam-se intensamente...mas nada mais aconteceu. Marco saiu e Milicent ajoelhou-se no chão, chorando sem um fim à vista.

- Milicent? - Marlene chamava por Milicent. Ela e Mario já tinham chegado e não encontravam Milicent em casa.
- Eu acho que ela não está em casa...
- Onde é que ela terá ido?
- Não sei... - Mario sentou-se no sofá, vendo um papel escrito em cima da mesa de centro. Pegou nele, percebendo que era de Milicent - Um recado da Milicent.
- Lê - Marlene sentou-se ao lado de Mario, encostando a sua cabeça no ombro dele.
- Meus fofos, com o rebuliço que será a vossa noite nem devem ler isto - Mario fez uma pausa para se rir fazendo com que Marlene se risse também - mas se por acaso estiverem a ler: espero que o vosso jantar tenha corrido bem e que aproveitem ainda mais a noite!
- Ela deve pensar que somos tarados! – interrompeu Marlene.
- Ainda não experimentamos...porque depois de experimentares...
- Respeitinho! Continua lá isso vá!
- O Marco veio cá...ah pois, lembrou-se que eu existo! Adiante...as coisas foram faladas e eu precisei de apanhar ar. Fui dar uma volta. Não se preocupem comigo, estou com o Mandzukić. Beijinhos e comam-se! - Mario colocou o bilhete de lado, agarrando a mão de Marlene - A tua amiga é ciumenta.
- Se me fizesses o mesmo, eu reagia da mesma forma...
- Mas eles acabam por coisas assim?
- De certeza que eles não acabaram...Mario? - Marlene, num movimento rápido, sentou-se em cima das pernas de Mario - Vamos experimentar as coisas?
- Afinal a Milicent tem razão ao achar que somos tarados!


Olá meninas!
Aqui têm mais um capitulo. Espero que tenham gostado e que deixem os vossos comentários. A história começa a ganhar um novo rumo e gostava imenso de saber as vossas opiniões.
Obrigada por estarem desse lado.
Beijinhos.
Ana Patrícia. 

4 comentários:

  1. Olá

    Adorei *_*


    Beijinhos


    Catarina

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  2. Olá!
    Eu nem sei o que escrever. Confusa, estou extremamente confusa!
    Isto deu aqui uma reviravolta...
    Primeiro, eu, no lugar da Mili, não agiria ou pelo menos tentaria não agir como ele. Sim, tentar porque eu devo ser das pessoas com pior feitio de toda a Europa central!
    Não é porque são namorados que são propriedade exclusiva um do outro. Também não gostaria que o meu namorado se passasse por eu ter tirado uns dias para as minhas amigas. Nisto sou muito liberal. Pares de cornos, isso é que não!! E foi isso que eu pensei quando o Mario falou que o marco ficava estúpido na companhia do imbecil. Sim, imbecil! Não quer dizer que por sermos liberais com os nossos namorados que gostemos dos amiguinhos deles. Mas já têm a vantagem de não serem "amiguinhas" portanto já nem tudo é mau!
    E pronto se eu achei o cap confuso do deves estar a pensar "mas que moral é que esta gaja tem para falar? Este comment não tem pés nem cabeça". É, eu sei, tens razão. E desculpa a construção de frase bem nortenha: "gaja".
    E pronto silencio-me que é melhor! No próximo cap comento algo mais coerente, está prometido!

    Ana Santos

    P.S. Fiquei com um raciocínio cortado a meio do comentário. Quando digo que pensei em cornos quando soube das más companhias do marco. O meu ponto é: bebe demais e arrisca-se a acordar com companhia indesejada! Faltava clarificar isto ;-)

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  3. Sinto-me meio perdida, eu quero o casalinho junto...
    Fico a espera de mais
    Beijinhos
    Nana

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  4. Olá :)
    Bem que capitulo :O
    Marco lá na suiça com o outro?...eu cheguei a pensar que com tanta bebida...ainda acordavam na mesma cama kkkk :P
    Mili com o Mandzukic?...epah!...ia gostar de ver, nem que seja para provocar ciúmes ao Marco :P
    Agora espero que os outros dois se tenham comido e bem kkkk :P
    Próximo sff bjs

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