Dois dias tinham passado desde a chegada de Milicent a
Munique...e nada de sinais de Marco. Milicent começava a perder a vontade de
pensar nele, de pensar em estar com ele. Marco estava a magoa-la, mesmo que não
soubesse disso.
- Hoje vem cá
jantar um colega, importam-se? – Perguntou Mario sentando-se ao lado de Marlene.
- É solteiro?
- Milicent!
- Que foi Mario?
Preciso de um ombro amigo.
- Tens o meu! - respondeu-lhe Marlene.
- Mas quero um
homem!
- Tens o Marco!
- Mario...esse? Não
o vejo à quase um mês! A última vez que ele esteve em Berlim foi à quase um
mês! Amanhã vai começar Agosto, ele vai começar a pré época lá não sei onde e
pensas que já me ligou? - Milicent fez uma pausa, mas foi incapaz de continuar. Levantou-se, indo
até ao "seu" quarto.
- Eu tenho de falar
com o Marco.
- Para que?
- Ele está a
esquecer-se dela só porque anda lá como amigo.
- Estás com ciúmes,
Mario Götze?
- Não Marlene...não
estou. Mas se ele tem namorada e sabe destas mudanças da Milicent não devia
andar lá com o outro.
- Liga-lhe...
Mario pegou no telemóvel iniciando a chamada. Poucos
segundos depois, tinha Marco do outro lado da linha.
- Oh meu grande
otário!
- Que é que se passa?
- Ainda perguntas o
que se passa? Tens namorada e andas com o Marcel para que?
- Ele é meu amigo, oh!
- E ela é tua
namorada! Porque é que não lhe atendes as chamadas nem telefonas?
- Mario...
- Não é Mario, nem
meio Mario. É Milicent! É ela que...porra, precisa de ti.
- Mas ela está bem?
- Liga-lhe!
- Ela não atende...
- É para veres a
merda se fizeste!
- Vou apanhar o avião para Dortmund e depois resolvo as
coisas.
- Devias era
apanhar um para Munique, seu parvo!
Mario desligou a chamada reparando que Marlene o olhava.
- Foste um bocado
bruto com ele.
- Ele tem de ouvir
as verdades.
- Eu vou lá! - Milicent avisou Mario e Marlene,
que estavam na cozinha, que ia abrir a porta.
Foi até à porta, abrindo-a. Do outro lado...os colegas do Mario são tão altos...e
fortes...e tatuados.
- Boa noite - disse ele - deve ser a namorada do Mario.
- Não, não. Essa
está na cozinha com ele. Eu sou a Milicent - Milicent aproximou-se do rapaz dando-lhe dois
beijos - sou amiga da namorada do Mario.
- Mais
descansado...eu sou o Mario...Mandzukić.
- Entra.
- Obrigado - Milicent deu passagem a Mario,
fechando a porta, de seguida. Quando voltou a olhar para a sala, já estavam
Marlene e Mario presentes. Os três cumprimentaram-se e Milicent aproximou-se
deles.
- Mi, tens uma
chamada em espera para ti – avisou Marlene.
- Quem é?
- Vai lá - disse Mario com uma voz mais
esquisita.
Milicent foi até à cozinha pegando no telefone.
- Sim?
- A única maneira de falar contigo era assim?
- Quem fala? - Milicent sabia perfeitamente quem
era...era ele.
- Milicent...
- Deve ser
engano...boa noite - Milicent desligou a chamada, indo até à sala.
- Já estás de
volta? –
Perguntou Mario espantado.
- Era engano.
- Mi...
- Obrigada pelo que
estão a fazer, mas eu não consigo falar com ele!
- Vocês são
complicados...
- Somos nós Mario,
e é melhor avançarmos!
Milicent sentou-se ao lado de Mandzukić, tentando
abstrair-se de Marco.
Marlene e Mario voltaram a ir à cozinha, deixando
Milicent com o rapaz.
- Estás bem? - perguntou ele um pouco a medo.
- Sim...
- Problemas com o
namorado?
- É...
- Hum...queres falar?
Sei que sou completamente estranho para ti, mas às vezes faz bem.
- Não sei...talvez
depois de jantar?
- Como queiras!
- Então e tu és ali
amigo do Mario...?
- Pois
é...conhecemo-nos à pouco tempo - Mario (Götze) tinha-se mudado para Munique esta época
mas já tinha conseguido criar alguma cumplicidade com os seus novos
companheiros de equipa - mas acho que o tenho
ajudado a ambientar-se.
- Ele é muito chato
não é?
- Não...acho que
não. E tu, já o conheces à muito tempo?
- Há uns dois
meses...e ele é chato.
- És, então, amiga
da namorada dele...foi por isso que se conheceram?
- Não...bom...o meu
possível namorado é amigo dele.
- Então mas não
tinhas namorado? Estou confuso...
- Eu tinha...agora
não sei se tenho. Deve estar a voltar lá da Suíça com o seu apêndice - Mandzukić olhava confuso para
Milicent - namoro com o Marco...o Reus.
Só que ele foi para Zurique com um amigo antes de estar comigo, sabendo que eu
ia mudar-me de Dortmund para aqui.
- Bem...um valente
parvo esse... -
Milicent não esperava aquela atitude por parte de Mandzukić, mas percebia que
ele estava a constatar um facto. São surpreendidos pela entrada, inesperada, de
Mario.
- E tu queres
fazer-te ao que é dele?
- Mario?! - Milicent estava um pouco, se não
bastante, chocada com o que Mario tinha acabado de perguntar - Que é que estás para aí a dizer?
- Nada...o jantar
está pronto -
Milicent e Mandzukić levantaram-se e, enquanto que o rapaz avançou, Milicent
acompanhou os passos de Mario.
- Mario...porquê
aquilo?
- Porque, tanto o
Mandzukić, como tu se estão a esquecer do Marco. Ele é o meu melhor amigo e eu
não posso deixar que tu avances já para outro.
- Até me ofendes! - Milicent parou de andar,
colocando-se à frente de Mario - Eu amo
muito o Marco...mas não consigo suportar nem sequer entender o facto de ele
preferir ter andado pela Suíça do que...estar comigo.
- Eu não o quero
defender...nem fiques a pensar isso. O Marcel não é boa companhia para o
Marco...quando eles dois estão juntos, o Marco quer andar a beber mais, a
divertir-se mais...fica um Marco diferente. Mas...não o podes culpar a ele.
- Então culpo quem?
- O Marcel. O
Marco...
- Mario...vamos
jantar que é melhor. E eu não me vou fazer a ninguém porque eu estou
comprometida com ele.
Os dois foram até à sala de jantar onde encontraram
Marlene e Mandzukić.
Dois dias depois:
Milicent estava sozinha em casa. Eram nove da noite e
estava a ver televisão. Marlene e Mario tinham saído para um jantar romântico (sendo
que nenhum deles o admitiu). Estava tão sossegada que o som da campainha a
assustou. Depressa se levantou, indo abrir a porta.
Para seu espanto (e era muito) era Marco quem estava do
outro lado da porta. Que é que TU estás
aqui a fazer e tão...sexy?!
- Olá... - a voz de Marco era
preocupada...e triste.
- O Mario não está.
- É contigo que
quero e preciso de falar.
-
Lembraste-te...entra - Milicent deixou que Marco entrasse, fechando a porta de seguida.
- Como é que estás?
- Ainda perguntas?
Como é que tens a lata de me perguntar como é que estou?
- Desculpa...
- Não achas que és
um bocadinho crescido para saber que as desculpas são para se evitar?
- Milicent...eu
estava com o Marcel, na Suíça...
- E escolheste
ficar com ele, em vez de mim. Está certo, ele até está à mais tempo na tua
vida.
- Tu ficaste assim
tão chateada?
- Não é
chateada...mas que me desiludiste...nós estamos juntos à quase dois
meses...fizeste-me tua namorada para que? Para te esqueceres de mim a seguir?
- Eu não me esqueci
de ti... - Marco
aproximou-se de Milicent, que recuou -
Mili - há quanto tempo um Mili não a fazia tremer dos pés à cabeça... - Se te fiz minha namorada é porque te amo.
- Então porque é
que eu sinto que só porque tiveste tempo é que te lembraste que eu estava aqui?
- Isso não é
verdade...
- Marco! Marco, tu
estiveste com o Marcel, a divertirem-se e disseste-me que, quando pudesses,
vinhas cá! Tu preferiste ele em vez de mim. Estas mudanças afectaram-me...de
Dortmund fui para Berlim, depois tu vieste para a minha vida, agora Munique...
- E eu tentei estar
sempre do teu lado...eu prometi que ia ficar do teu lado, eu amo-te mas estava
a precisar de estar longe.
- Eu acho que
precisamos os dois estar longe...um do outro.
- Por causa
disto...tu queres acabar?
- Não seu estúpido!
Amo-te demasiado para pensar em acabar contigo, mas precisamos de um tempo...um
tempo para nós. Eu posso estar a parecer ciumenta, mas eu preciso de esquecer
que preferiste...o outro.
- Eu não
acredito...tu estás mesmo é com ciúmes, Mili...mas não os tens de ter, princesa
- Mili e princesa na mesma frase é que não!
- Mas tenho
Marco...eu tenho! Eu queria-te comigo, precisava dos teus miminhos e tu não
estavas cá! Eu preciso de esquecer, acha-me infantil, mas eu preciso de
esquecer.
- Posso só dizer-te
umas coisas?
- Não...eu vou
chorar, eu estou cheia de vontade de te beijar, cheia de vontade de te abraçar
e se tu disseres mais alguma coisa eu vou ceder. Eu preciso de tempo,
Marco...por favor.
Marco nada mais disse...ele percebia que tinha estragado
as coisas. Percebia que a tinha magoado. Avançou na direção dela, dando-lhe um
curto beijo na testa.
- Eu amo-te - os dois olharam-se
intensamente...mas nada mais aconteceu. Marco saiu e Milicent ajoelhou-se no
chão, chorando sem um fim à vista.
- Milicent? - Marlene chamava por Milicent.
Ela e Mario já tinham chegado e não encontravam Milicent em casa.
- Eu acho que ela
não está em casa...
- Onde é que ela
terá ido?
- Não sei... - Mario sentou-se no sofá, vendo
um papel escrito em cima da mesa de centro. Pegou nele, percebendo que era de
Milicent - Um recado da Milicent.
- Lê - Marlene sentou-se ao lado de
Mario, encostando a sua cabeça no ombro dele.
- Meus fofos, com o rebuliço que será a vossa
noite nem devem ler isto - Mario fez uma pausa para se rir fazendo com que Marlene
se risse também - mas se por acaso estiverem a ler: espero que o vosso jantar tenha
corrido bem e que aproveitem ainda mais a noite!
- Ela deve pensar
que somos tarados! – interrompeu Marlene.
- Ainda não
experimentamos...porque depois de experimentares...
- Respeitinho!
Continua lá isso vá!
- O Marco veio cá...ah pois, lembrou-se que eu
existo! Adiante...as coisas foram faladas e eu precisei de apanhar ar. Fui dar
uma volta. Não se preocupem comigo, estou com o Mandzukić. Beijinhos e
comam-se! -
Mario colocou o bilhete de lado, agarrando a mão de Marlene - A tua amiga é ciumenta.
- Se me fizesses o
mesmo, eu reagia da mesma forma...
- Mas eles acabam
por coisas assim?
- De certeza que
eles não acabaram...Mario? - Marlene, num movimento rápido, sentou-se em cima das
pernas de Mario - Vamos experimentar as
coisas?
- Afinal a Milicent
tem razão ao achar que somos tarados!
Olá meninas!
Aqui têm mais um capitulo. Espero que tenham gostado e que deixem os vossos comentários. A história começa a ganhar um novo rumo e gostava imenso de saber as vossas opiniões.
Obrigada por estarem desse lado.
Beijinhos.
Ana Patrícia.
Olá
ResponderEliminarAdorei *_*
Beijinhos
Catarina
Olá!
ResponderEliminarEu nem sei o que escrever. Confusa, estou extremamente confusa!
Isto deu aqui uma reviravolta...
Primeiro, eu, no lugar da Mili, não agiria ou pelo menos tentaria não agir como ele. Sim, tentar porque eu devo ser das pessoas com pior feitio de toda a Europa central!
Não é porque são namorados que são propriedade exclusiva um do outro. Também não gostaria que o meu namorado se passasse por eu ter tirado uns dias para as minhas amigas. Nisto sou muito liberal. Pares de cornos, isso é que não!! E foi isso que eu pensei quando o Mario falou que o marco ficava estúpido na companhia do imbecil. Sim, imbecil! Não quer dizer que por sermos liberais com os nossos namorados que gostemos dos amiguinhos deles. Mas já têm a vantagem de não serem "amiguinhas" portanto já nem tudo é mau!
E pronto se eu achei o cap confuso do deves estar a pensar "mas que moral é que esta gaja tem para falar? Este comment não tem pés nem cabeça". É, eu sei, tens razão. E desculpa a construção de frase bem nortenha: "gaja".
E pronto silencio-me que é melhor! No próximo cap comento algo mais coerente, está prometido!
Ana Santos
P.S. Fiquei com um raciocínio cortado a meio do comentário. Quando digo que pensei em cornos quando soube das más companhias do marco. O meu ponto é: bebe demais e arrisca-se a acordar com companhia indesejada! Faltava clarificar isto ;-)
Sinto-me meio perdida, eu quero o casalinho junto...
ResponderEliminarFico a espera de mais
Beijinhos
Nana
Olá :)
ResponderEliminarBem que capitulo :O
Marco lá na suiça com o outro?...eu cheguei a pensar que com tanta bebida...ainda acordavam na mesma cama kkkk :P
Mili com o Mandzukic?...epah!...ia gostar de ver, nem que seja para provocar ciúmes ao Marco :P
Agora espero que os outros dois se tenham comido e bem kkkk :P
Próximo sff bjs